DEPENDÊNCIA DIVINA: UMA JORNADA DE FÉ E CONFIANÇA
“Se Ele não poupou nem mesmo seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, acaso não nos dará todas as outras coisas?” Romanos 8:32 NVT
A dependência é um conceito complexo que envolve uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Nós dependemos uns dos outros em muitos aspectos da vida. Isso é conhecido como interdependência.
O sociólogo Zygmunt Bauman destacou essa interdependência em seu trabalho. Ele afirmou: "Vivemos num mundo globalizado. Isso significa que todos nós, conscientemente ou não, dependemos uns dos outros. O que quer que façamos ou nos abstenhamos de fazer afeta as vidas das pessoas que vivem em lugares que nunca iremos visitar".
Quer estejamos cientes ou não de nossa dependência em relação aos outros, a realidade é que essa complexidade, que não está sob o nosso controle, pode nos conduzir a situações de estresse e ansiedade, resultando em enfermidades tanto físicas quanto psicológicas.
Embora a palavra "dependência" possa muitas vezes carregar uma conotação negativa, é importante ressaltar que nem todas as formas de dependência são prejudiciais. Existe uma dependência que é cem por cento benéfica e essencial para o nosso bem-estar espiritual: a nossa dependência diária do Pai Celestial. “Dá-nos hoje o pão para este dia,” Mateus 6:11 NVT
Durante a jornada pelo deserto, desde a saída do Egito até a chegada à terra prometida, o povo, sob a orientação de Moisés, vivenciou uma dependência diária do milagre divino, sustentando-se com o maná que caía do céu. “Os israelitas comeram maná durante quarenta anos, até chegarem à terra onde se estabeleceriam. Comeram maná até chegarem à fronteira da terra de Canaã.” Êxodo 16:35 NVT
A fé e a confiança estão profundamente entrelaçadas com essa dependência. Confiar no Pai Celestial significa depositar Nele nossa confiança em todas as circunstâncias, buscar a Sua vontade em cada decisão que tomamos e entregar a Ele todas as nossas preocupações e medos. Isso implica reconhecer que, embora possamos esboçar planos para o nosso futuro, é Deus quem guia nossos passos. Significa não se preocupar excessivamente com o futuro, mas sim ter a certeza de que Deus está no controle. “Observem os pássaros. Eles não plantam nem colhem, nem guardam alimento em celeiros, pois seu Pai celestial os alimenta. Acaso vocês não são muito mais valiosos que os pássaros? Mateus 6:26 NVT
Assim como o maná, um alimento milagroso que desceu do céu para nutrir o povo de Israel durante sua jornada pelo deserto, Jesus Cristo desceu dos céus para ser o nosso sustento espiritual. Esta comparação é profundamente significativa e rica em simbolismo.
O maná, um presente divino para o povo de Israel, proporcionava-lhes sustento físico durante um período repleto de provações e adversidades. Analogamente, Jesus Cristo é um dom de Deus para a humanidade, oferecendo-nos nutrição espiritual em nossa caminhada pela vida. Em Jesus, nosso provedor, podemos encontrar tudo de que necessitamos.
A afirmação contida em Romanos 8:32 é uma poderosa expressão de fé e confiança na providência divina. Ela se baseia na crença de que, se Deus estava disposto a fazer o sacrifício supremo de entregar Seu próprio Filho por nós, certamente Ele não nos negará as coisas que precisamos para viver e prosperar.
Se Deus nos presenteou com o Seu bem mais valioso - Seu único Filho - certamente Ele nos proverá de tudo o que precisamos. Isso não implica necessariamente que obteremos tudo o que desejamos, mas sim que Deus suprirá o que é essencial para o nosso bem-estar e desenvolvimento espiritual.
Portanto, a afirmação do apóstolo Paulo é um lembrete poderoso da generosidade de Deus e um convite para que evitemos a ansiedade, aprendendo a depender de Deus e a depositar nossa confiança Nele em todos os aspectos de nossas vidas.
Graça e paz da parte de nosso Senhor Jesus Cristo.
Pr. Decio Fonseca
Romanos 14:7 Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si.
ResponderExcluirExatamente companheiro. Entendo que nossa vida e morte pertencem a Deus. Não vivemos para nós mesmos, mas para Deus, e quando morremos, voltamos para Deus. Portanto, nossas vidas devem ser vividas de maneira a honrar a Deus, servindo aos outros e amando nosso próximo, seguindo, desta forma, a orientação do Senhor Jesus no segundo maior dos mandamentos: “o segundo é semelhante a ele: 'Ame o seu próximo como a si mesmo'.”
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