O CORAÇÃO DE UMA
MÃE
“Era por este menino que eu orava, e o Senhor Deus me
concedeu o pedido que eu fiz. (1 Samuel 1:27 – NAA)
Hoje é um dia especial. É Dia das Mães, e queremos
homenageá-las com carinho. Todos nós fomos gerados um dia e, por mais que o tempo
passe, mantemos um lugar especial em nosso coração por aquelas que nos deram a
vida. Algumas mães já partiram para o Senhor, outras ainda estão entre nós, mas
o amor, o cuidado e a gratidão permanecem vivos em nossa memória.
A Bíblia está cheia de exemplos de mães que marcaram sua
geração. Algumas oraram em silêncio. Outras batalharam com palavras firmes.
Algumas choraram escondidas. Outras sonharam alto. Mas todas, de alguma forma,
revelaram a graça, a força e a fé que só uma mãe tem. A maternidade é mais do
que uma função biológica — é um ministério que envolve entrega, renúncia, fé e
amor.
Lembramos de Ana, uma mulher estéril e humilhada, que
decidiu transformar sua dor em oração. Ela se derramou diante de Deus e
consagrou seu filho antes mesmo de tê-lo em seus braços. Quando recebeu a
resposta, entregou Samuel ao Senhor com o coração cheio de gratidão. Ela mesma
disse: “Era por este menino que eu orava, e o Senhor Deus me concedeu o
pedido que eu fiz.” (1 Samuel 1:27 – NAA). Quantas mães hoje vivem como
Ana, dobrando os joelhos pelos filhos antes mesmo que eles saibam o caminho da
fé.
Maria, mãe de Jesus, também nos ensina muito. Ela foi
escolhida para gerar o Salvador e viveu momentos de grande dor e também de
profunda adoração. A Bíblia diz que, mesmo sem entender tudo o que estava
acontecendo, ela “guardava todas estas coisas e sobre elas refletia em
seu coração.” (Lucas 2:19 – NVI). Muitas mães seguem o mesmo exemplo:
silenciosas, discretas, mas com o coração cheio de memórias, promessas e
orações pelos filhos.
A mulher cananeia é outro exemplo marcante. Ela rompeu
barreiras sociais e religiosas em busca da cura da filha. Foi ignorada,
rejeitada, mas não desistiu. Sua fé persistente foi elogiada por Jesus: “Mulher,
grande é a sua fé! Seja conforme você deseja.” (Mateus 15:28 – NVI).
Assim são muitas mães hoje — intercedendo sem cessar, enfrentando desafios e
acreditando que a resposta virá, mesmo quando tudo parece contrário.
Há também a mãe dos filhos de Zebedeu, que se aproximou de
Jesus e, com coragem, fez um pedido ousado: que seus filhos se assentassem ao
lado d’Ele no reino. Ainda que seu pedido não estivesse alinhado com o plano de
Deus, seu gesto revela algo que conhecemos bem — mães sonham grande para seus
filhos. Querem vê-los bem, protegidos, realizados. E esse amor sonhador também
é digno de honra.
Se formos olhar com atenção, encontraremos na Bíblia dezenas
de mulheres que se posicionaram diante de Deus em favor dos seus filhos.
Mulheres que agiram, choraram, intercederam e creram. Quando olhamos para
nossas próprias mães, vemos nelas traços dessas personagens bíblicas. Há Anas, Marias,
mulheres cananeias e mães sonhadoras bem pertinho de nós.
Vejo isso dentro da minha própria casa — e sei que muitos de
vocês também veem. Mães que sofrem caladas, que preferem o silêncio para não
pesar os ombros dos filhos. Mães que abrem mão de sonhos e carreiras para
estarem presentes na criação dos filhos, com o desejo sincero de vê-los
servindo ao Senhor.
A essas mães, nossa homenagem. Que neste dia especial,
bênçãos sejam derramadas sobre suas cabeças. Que o Senhor renove suas forças,
enxugue suas lágrimas e recompense sua dedicação.
Ser mãe é viver com o coração fora do peito. É amar sem
medida, orar sem cessar e se doar sem reservas. E por tudo isso, vocês são
dignas de honra, gratidão e amor.
Parabéns a todas vocês, mães! Pelo amor incansável,
pela fé silenciosa, pelas batalhas travadas no secreto. Que Deus continue
sustentando suas mãos, aquecendo seus corações e honrando cada semente de amor
plantada na vida de seus filhos. Hoje celebramos vocês com alegria, respeito e
gratidão.
"O coração de uma mãe é o altar onde fé, amor e
sacrifício se encontram diante de Deus em favor dos filhos."
Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça
e paz.
Pr. Décio Fonseca
11/mai/25
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