O CONHECIMENTO DE DEUS

“Jesus respondeu: — Há tanto tempo estou com vocês, Filipe, e você ainda não me conhece? Quem vê a mim vê o Pai. Como é que você diz: ‘Mostre-nos o Pai’?” João 14:9 NAA

A busca por Deus pode ser uma jornada solitária ou compartilhada, mas é sempre uma busca por algo maior, algo que transcende nossa existência terrena. Em momentos de busca por Deus, muitos anseiam por respostas, por um toque divino que traga alívio e direção. Nessas horas, encontramos pessoas em oração, meditando, lendo textos da Palavra de Deus ou simplesmente olhando para o céu em busca de algum significado.

Com efeito, se não fosse pela permissão de Deus, jamais poderíamos conhecê-Lo; somente Ele pode revelar-se a nós. Por mais que algumas pessoas possam negar os milagres e a ressurreição, reduzindo Jesus ao nível de sua própria compreensão, a verdade é que a imaginação humana é limitada. Certo é que não podemos, por nossos próprios esforços, alcançar Deus. No entanto, nós temos o grande privilégio de conhecer o Jesus cuja face reflete a própria glória divina.

Deus, em Sua infinita graça, sempre desejou se revelar a nós, oferecendo-nos um projeto de salvação. A história bíblica é repleta de momentos em que Deus se manifestou aos homens e mulheres de maneiras diversas: através de profetas, sonhos, milagres e, finalmente, na pessoa de Jesus Cristo. Cada revelação tinha um propósito: mostrar Seu amor, Sua justiça e Seu plano de redenção. E, mesmo hoje, Deus continua a se revelar. Às vezes, é na quietude de um momento de oração, na beleza da natureza ou na compreensão profunda de Sua Palavra que percebemos Sua presença. Ele está sempre buscando relacionamento conosco, convidando-nos a participar de Seu projeto de salvação. “Por meio de tudo que ele fez desde a criação do mundo, podem perceber claramente seus atributos invisíveis: seu poder eterno e sua natureza divina. Portanto, não têm desculpa alguma.” Romanos 1:20 NVT

A experiência que temos de conhecer um Jesus revelado está além daqueles que são estranhos a ela, pois o relacionamento de Cristo com a igreja transcende a compreensão humana. Já não há mais o véu que separa o visível do invisível, o tangível do eterno.  Este conhecimento vai além das palavras e das fórmulas religiosas. É uma experiência íntima, pessoal e transformadora. A igreja conhece Jesus não apenas como uma figura histórica, mas como o Filho do Deus vivo. “Ao que Jesus perguntou: — E vocês, quem dizem que eu sou? respondendo, Simão Pedro disse: — O senhor é o Cristo, o Filho do Deus vivo." Mateus 16:15-16 NAA. O véu que antes separava o visível do invisível foi rasgado. Agora, podemos nos aproximar do Pai, sem barreiras. O tangível e o eterno se entrelaçam. Não é apenas uma crença; é um encontro. É como se o próprio Criador nos chamasse pelo nome, nos convidando a fazer parte de Sua história.

O profeta Isaías, em sua sabedoria, zombou daqueles que tentaram criar imagens de seus deuses. Afinal, como poderia um simples pedaço de madeira ou metal representar o Criador do céu e da terra? Essa tentativa de esculpir uma imagem divina, na verdade, revela a limitação da mente humana. “A quem vocês podem comparar Deus? Que imagem usarão para representá-lo?” Isaías 40:18 NVT. Os deuses da mitologia grega e romana, por outro lado, eram frequentemente retratados como seres temperamentais, egoístas e até mesmo traiçoeiros. Essas representações refletiam as fraquezas e imperfeições humanas, não a verdadeira natureza de um Deus criador de todas as coisas.  A mensagem subjacente é clara: Deus não pode ser reduzido a uma estátua ou imagem.

A grandeza de Deus e seus mistérios ultrapassam os limites da nossa compreensão humana. Ele é o Criador do universo, o Sustentador de todas as coisas e o Amor que vai além de qualquer representação material. Quando pensamos em Deus, estamos contemplando algo que transcende o visível e o tangível. É como tentar conter o oceano em um copo d’água. A beleza está em saber que, mesmo sem compreender plenamente, podemos nos relacionar com esse Deus infinito e amoroso.

O Espírito Santo nos guia para conhecer Jesus, e quando olhamos para Jesus, vemos o próprio coração do Pai. É como se a Trindade divina se revelasse em um lindo mistério de amor e comunhão. Quando contemplamos Jesus, vemos Sua compaixão, Sua graça, Sua justiça e Seu sacrifício. Ele é o elo perfeito entre o eterno e o humano. E, ao mesmo tempo, Ele nos aponta para o Pai, mostrando-nos o amor insondável que nos envolve desde o princípio dos tempos.

Que possamos nos relacionar com esse Deus infinito e amoroso, porque essa é a Sua vontade. “Já não chamo vocês de servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz; mas tenho chamado vocês de amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes dei a conhecer.” João 15:15 NAA

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

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