MENTES E CORAÇÕES

“...e não deem lugar ao diabo.” Efésios 4:27 (NVI).

Com Cristo como nosso guia e o Espírito Santo como nosso auxiliador, podemos enfrentar qualquer desafio. A transformação que ambos operam em nós é um testemunho vivo do amor e da graça divina. Em nossa jornada espiritual, exercitamos continuamente a unidade, a santidade e a perseverança. Somos grandemente desafiados, e em todos os enfrentamentos, a vitória só é possível por meio de Jesus e da ação gloriosa do Espírito Santo em nós. “Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Romanos 8:31 (NVI).

Antes de sermos tocados e transformados pela graça de Jesus, estávamos mortos em nossos delitos e pecados. No passado, satisfazíamos a vontade da nossa carne, seguíamos os seus desejos e pensamentos, éramos por natureza dignos da ira de Deus, mas agora Deus, que é rico em misericórdia, nos deu vida junto com Cristo. Ele nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar como Ele nos lugares celestiais, porque agora estamos em Cristo Jesus.  (Efésios 2:1-6).

Não pertencemos mais a este mundo. Adquirimos uma nova identidade e o nosso objetivo mudou: agora queremos alcançar a unidade da fé no conhecimento do Filho de Deus e atingir a maturidade e atingir a medida da plenitude de Cristo. (Efésios 4:13). Agora vivemos para refletir o caráter de Jesus, servindo a Cristo. Este é um desafio que só podemos superar com o Espírito Santo habitando em nós. "Não sabeis que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" 1 Coríntios 3:16 (NVI).

Há uma advertência clara no versículo que serve de base para o nosso texto: “não deis lugar ao diabo”. Por atitudes impensadas ou sentimentos indesejados, podemos abrir uma porta em nosso coração para a operação do mal. Isso é muito perigoso e fácil de acontecer. Ainda neste mundo, não estamos imunes ao pecado, mesmo tendo nossas vidas transformadas e salvas pelo poder do sangue de Jesus. “Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus.” Efésios 1:7 (NVI).

A responsabilidade permanece. Nossa mente precisa estar preparada e em constante vigilância, pronta para a ação. Precisamos ser sóbrios e colocar toda a nossa esperança na graça que nos será dada quando Jesus Cristo for revelado. Como filhos obedientes do Deus vivo, não podemos nos deixar amoldar pelos maus desejos de outrora, quando vivíamos na ignorância. Mas, assim como é santo Aquele que nos chamou, sejamos também santos em tudo o que fizermos. (1 Pedro 1:13-15).

Damos lugar ao diabo quando agimos inadequadamente, proferimos palavras que desonram a Deus ou permitimos que sentimentos que não refletem o caráter de Cristo penetrem em nossas mentes e corações. Como sal da terra e luz do mundo nosso proceder e falar necessariamente devem impactar o mundo ao nosso redor. Precisamos ser exemplo irretocáveis, pois assim como o sal e a luz, somos notados e observados, e nosso modo de viver é exigido por Deus e pelos homens. “Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês". Mateus 5:48 (NVI).

Nosso testemunho deve ser visível ao mundo, gerando reações de amor ou ódio, mas nunca de indiferença. Devemos lembrar que carregamos um fardo, um jugo e uma cruz, e o mundo espera ver Cristo refletido em nossas vidas. “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus". Mateus 5:16 (NVI).

Em um dia especial formos libertos do império das trevas e transportados para a maravilhosa luz do nosso Salvador Jesus. Já não estamos mais mortos espiritualmente, nem somos escravos do pecado. Cristo nos deu vida; vida em abundância. Somos novas criaturas e portadores de uma enorme responsabilidade como cidadãos dos céus. Temos um encargo: nosso testemunho pessoal.

Nosso coração é um porta-joias que guarda uma pérola de grande valor: Jesus. Nossa mente é um terreno santo: possuímos a mente de Cristo. Com discernimento e sabedoria, vamos escolher o que guardamos em nosso coração e deixar que apenas o que verdadeiramente edifica ocupe nossas mentes.

Que a graça e a paz estejam com vocês, da parte daquele que é, que era e que há de vir.               

Pr. Décio Fonseca

 

CONSELHOS ATUAIS

“Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração.” - Romanos 12:12 (NVI).

Alegria, paciência e perseverança são virtudes essenciais para a vida cristã. A alegria na esperança nos dá força para enfrentar os desafios diários, lembrando-nos das promessas de Deus e do futuro glorioso que nos aguarda. Ser paciente na tribulação nos ajuda a suportar as dificuldades com fé e confiança, sabendo que Deus está trabalhando em nossas vidas, mesmo nos momentos mais difíceis. Já a perseverança na oração é fundamental para manter nossa conexão com Deus. Através da oração, encontramos orientação, conforto e força para continuar nossa jornada. A oração nos permite entregar nossas preocupações a Deus, confiando que Ele cuida de nós e tem um plano perfeito para nossas vidas.

Vamos aprofundar mais esse assunto, entendendo que a alegria e a paciência são frutos do Espírito, enquanto a perseverança é uma virtude que se desenvolve através da paciência e da fé.

A alegria na esperança nos permite olhar além das dificuldades e focar nas promessas de Deus, sabendo que Ele está trabalhando em nosso favor. Essa alegria não depende das circunstâncias, mas da certeza de que Deus tem um plano perfeito para nossas vidas. Ela nos motiva a perseverar, lembrando-nos que cada desafio é temporário e que Deus está conosco em cada passo. A esperança nos dá coragem para continuar confiando que, no tempo certo, veremos as promessas de Deus se realizarem. Além disso, ela transforma nosso caráter, fortalece nossa fé e nos ajuda a manter uma atitude positiva, espalhando essa alegria para os outros e testemunhando a fidelidade de Deus.  “Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel.” Hebreus 10:23 (NVI).

A paciência na tribulação nos ajuda a suportar as provações com fé e confiança em Deus. Quando enfrentamos dificuldades, é natural sentir-se desanimado, mas a paciência nos permite esperar pelo tempo de Deus, sabendo que Ele está no controle e que tudo tem um propósito. Ela nos fortalece e nos ensina a depender mais de Deus, reconhecendo nossas limitações e o poder infinito de Deus. A paciência nos ajuda a manter a calma, mesmo em circunstâncias difíceis, demonstrando nossa confiança em Deus e Sua sabedoria. Além disso, a paciência nos molda e nos prepara para o futuro, tornando-nos mais fortes e resilientes, e nos permite crescer espiritualmente, desenvolvendo um caráter mais parecido com o de Cristo. “E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos.”  Gálatas 6:9 (NVI).

Finalmente, a perseverança na oração.

A oração é nossa linha direta com Deus, essencial para manter a fé e fortalecer nosso relacionamento com Ele. Perseverar na oração é buscar a presença de Deus, mesmo quando as respostas demoram ou enfrentamos dificuldades. A oração nos dá paz e conforto, lembrando-nos de que não estamos sozinhos. Ela nos ajuda a entregar nossas preocupações a Deus, confiando que Ele está ouvindo e agindo em nosso favor.  “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.” Mateus 7:7 (ARA).

Através da oração, encontramos orientação e sabedoria para enfrentar desafios. A perseverança na oração nos transforma, moldando nosso caráter e fortalecendo nossa fé. Ela nos ensina a depender mais de Deus, reconhecendo que Ele é a fonte de todo poder. Ao perseverarmos na oração, cultivamos uma vida espiritual mais profunda, refletindo a glória de Deus em tudo o que fazemos. “Orai sem cessar.” 1 Tessalonicenses 5:17 (ARA).

Esses conselhos de Paulo nos lembram que a vida cristã é uma jornada de fé, onde a esperança nos sustenta, a paciência nos fortalece e a oração nos guia. Ao seguirmos esses princípios, encontramos a paz e a coragem necessárias para enfrentar qualquer desafio, confiando que Deus está sempre ao nosso lado.

Ao vivermos de acordo com esses ensinamentos, não apenas encontramos força e consolo para nós mesmos, mas também nos tornamos testemunhas vivas do amor e da fidelidade de Deus. Nossa vida se torna um reflexo da graça divina, inspirando outros a buscar essa mesma paz e confiança em Deus. “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus." Mateus 5:16 (NVI).

Que possamos, então, abraçar esses conselhos com todo o nosso coração, permitindo que a esperança, a paciência e a oração moldem nossas vidas e nos conduzam a uma caminhada mais profunda e significativa com Deus.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

 

 

CRIAÇÃO HARMONIOSA

“Ele existia antes de todas as coisas e mantém tudo em harmonia.”  Colossenses 1:17 (NVT).

Você já parou para pensar na harmonia que há na criação de Deus? Cada detalhe, desde as vastas galáxias até as minúsculas células. Tudo revela a sabedoria e o poder do Criador. A natureza opera em um equilíbrio perfeito, onde cada elemento tem seu propósito e lugar. As estações mudam com precisão, os ciclos de vida se renovam, e a beleza se manifesta em cada flor, cada pôr do sol. Essa harmonia nos convida a refletir sobre o cuidado e o amor de Deus por nós. Ele não apenas criou o universo com perfeição, mas também nos chamou para sermos parte de Sua obra-prima.

O versículo base propõe duas claras afirmações: que todas as coisas foram criadas pelo Pai Celestial e que Ele as controla todas.

O livro de Gênesis nos fala de como Deus criou todas as coisas. No princípio, Deus criou os céus e a terra (Gênesis 1:1). Ele trouxe ordem ao caos, separando a luz das trevas, as águas do céu das águas da terra, e criando a terra seca, plantas, animais e, finalmente, o ser humano à Sua imagem e semelhança (Gênesis 1:1-31). Essa narrativa não apenas demonstra o poder e a soberania de Deus, mas também revela Seu cuidado e propósito para toda a criação. Cada elemento foi criado com um plano específico, e tudo foi declarado bom por Deus.

O salmista, no Salmo 19, descreve de forma extraordinária a criação, mencionando que Deus preparou uma morada para o sol no céu. Este céu proclama a glória de Deus, e o firmamento demonstra a habilidade divina nesse momento tão especial. Cada dia, o sol percorre seu caminho, iluminando e aquecendo a terra, simbolizando a constância e a fidelidade de Deus. A criação, em sua beleza e complexidade, é um testemunho contínuo do poder e da sabedoria do Criador. Assim como o sol cumpre sua função, somos chamados a viver de acordo com o plano de Deus para nossas vidas, refletindo Sua glória em tudo o que fazemos. “Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos.” Efésios 2:10 (NVI).

O mesmo Deus que tem o controle harmônico do universo é Aquele que pode e quer harmonizar nossas vidas se assim permitirmos. Seu amor por nós é prova inegável que nos conduz a esse entendimento. Quando nos rendemos ao Seu cuidado, Ele alinha nossos corações com Sua vontade, trazendo paz em meio às tempestades e direção em tempos de incerteza.

Deus nos chama a confiar Nele plenamente, sabendo que Ele é capaz de transformar nossas vidas de maneiras que jamais poderíamos imaginar. Ao buscarmos Sua presença e seguirmos Seus caminhos, experimentamos a verdadeira harmonia e plenitude que só Ele pode proporcionar.  “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas.” Provérbios 3:5-6 (NVI).

Quando entregamos nossas preocupações e desafios ao Senhor, encontramos paz e direção. Deus, em Sua infinita sabedoria, sabe exatamente o que precisamos e quando precisamos. Ele pode transformar o caos em ordem, a tristeza em alegria e a incerteza em confiança. “Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá.” Salmos 37:5 (NVI)

Assim trabalha o Senhor a nosso favor, alinhando nossos sonhos e relacionamentos. Às vezes, precisamos sintonizar nossos corações com Sua vontade, confiando que Ele sabe o que é melhor para nós. Que possamos permitir que o Pai harmonize nossas vidas, como uma bela sinfonia que ressoa através do tempo.

Ao nos entregarmos à Sua orientação, descobrimos que cada desafio e cada alegria têm um propósito maior. Deus nos molda e nos guia, transformando nossas fraquezas em forças e nossas dúvidas em fé. Ele nos chama a viver em comunhão com Ele, buscando Sua presença diariamente.

Que possamos abrir nossos corações e mentes para a obra que Deus deseja realizar em nós, permitindo que Sua paz e amor fluam através de nossas vidas. Assim, refletiremos a glória de Deus em tudo o que fizermos, vivendo de acordo com Seu plano perfeito e experimentando a plenitude que só Ele pode proporcionar.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

 

 

MUDANÇAS NECESSÁRIAS

“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é.” 1 João 3:2 (NVI).

A maioria das pessoas tem aversão a mudanças. Quando somos forçados a sair da nossa zona de conforto e enfrentar o desconhecido, é natural sentir medo e resistir. No entanto, é justamente nesses momentos de desconforto que ocorrem os maiores crescimentos pessoais. A mudança nos desafia a nos adaptar, a aprender novas habilidades e a descobrir forças que nem sabíamos que tínhamos. Embora o processo possa ser difícil, os resultados frequentemente nos levam a uma vida mais rica e plena.

O maior efeito da salvação em Cristo Jesus é a profunda mudança de nossa natureza. Antes, éramos escravos do pecado, vivendo de acordo com os desejos da carne e afastados de Deus. Mas, ao sermos alcançados pela graça de Jesus, somos regenerados e transformados em novas criaturas. “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” 2 Coríntios 5:17 (NVI). Essa mudança não é apenas externa, mas profunda e interna. O poder do Espírito Santo renova nossa mente e coração para que possamos viver uma vida nova em Cristo. A partir de então, passamos a buscar a santidade, a praticar o perdão e a amar ao próximo como a nós mesmos.

A mudança é radical. Pela fé, somos completamente diferentes de quem éramos ao nascer. Essa transformação nos permite viver de acordo com os princípios de Cristo, refletindo sua luz e amor em nossas ações diárias. A graça que recebemos nos capacita a superar nossas fraquezas e a buscar uma vida de santidade e justiça. Nos tornamos participantes da natureza de Cristo Jesus, recebendo o novo nascimento (João 1:12,13) e nessa mudança, somos regenerados. “Não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo.” Tito 3:5 (NVI).

Essa transformação é tão grandiosa que até o mundo espiritual nos reconhece como filhos de Deus (Hebreus 1:14). De fato, somos feitos filhos, e recebemos o poder de sermos chamados assim. Com essa nova identidade, somos chamados a viver de maneira digna do chamado que recebemos, refletindo a natureza divina em nossas ações e palavras. A presença do Espírito Santo em nossas vidas nos guia e fortalece, permitindo-nos crescer em fé e amor. Assim, podemos testemunhar ao mundo a graça e a misericórdia de Deus, sendo luz em meio às trevas. “Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus.” João 1:12 (NVI).

Por meio de Cristo, nossa natureza foi mudada: a morte já não tem poder sobre nós, e o céu nos recebe como cidadãos do Reino de Deus. Já estamos assentados nos lugares celestiais (Efésios 2:6). Essa nova posição em Cristo nos concede uma perspectiva eterna, onde nossas vidas são guiadas pela esperança e pela promessa da vida eterna. Vivemos agora com a certeza de que somos herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo (Romanos 8:17), chamados para uma vida de propósito e serviço. Cada dia é uma oportunidade de manifestar o amor de Deus e de caminhar em sua vontade, sabendo que nossa verdadeira cidadania está no céu.  “A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente um Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” Filipenses 3:20 (NVI).

Essa transformação operada pelo Espírito em nós traz inúmeros benefícios: somos adotados por Deus, que nos chama de filhos; nossos nomes são escritos nos céus, e o Espírito Santo passa a habitar em nós.

Essa mudança capacitadora nos concede autoridade, em nome de Jesus, para pisar serpentes e escorpiões, curar enfermos e operar milagres (Marcos 16:17-18). Somos comissionados e tratados como embaixadores do Reino para a pregação do Evangelho, e passamos a fazer parte de um corpo maravilhoso, que é a igreja fiel do Senhor Jesus. “Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo.” 1 Coríntios 12:27 (NVI).

Como não desejar que essa extraordinária transformação se opere em nós? Mesmo que enumerássemos todas as bênçãos decorrentes dessa mudança, não conseguiríamos descrever plenamente o que nos tornamos.

Ao final, na eternidade, receberemos um corpo glorificado, imune à morte, e veremos Jesus como Ele é! Glória a Deus!

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

 

QUANTO VALE UMA ALMA PARA DEUS ?

“Mas o Senhor lhe disse: "Você tem pena dessa planta, embora não a tenha podado nem a tenha feito crescer. Ela nasceu numa noite e numa noite morreu.” Jonas 4:10 (NVI).

Algumas pessoas valorizam mais as coisas do que outras pessoas. Elas se perdem em um mar de posses materiais, acreditando que a felicidade reside no acúmulo de bens. No entanto, esquecem que os momentos mais preciosos da vida são aqueles compartilhados com quem amamos. As coisas podem trazer conforto temporário, mas são os relacionamentos que nos proporcionam alegria duradoura e sentido para a vida. Valorizar as pessoas ao nosso redor é essencial para construir uma vida plena e significativa.

Jonas foi um profeta comissionado por Deus para realizar uma importante tarefa: pregar aos ninivitas uma mensagem de arrependimento. No entanto, ele preferiu fugir a obedecer ao mandado de Deus. Em vez de seguir para Nínive, a cidade para onde foi enviado, Jonas embarcou em um navio com destino a Társis, tentando escapar da missão divina. “Mas Jonas fugiu da presença do Senhor, dirigindo-se para Társis. Desceu à cidade de Jope, onde encontrou um navio que se destinava àquele porto. Depois de pagar a passagem, embarcou para Társis, para fugir do Senhor.” Jonas 1:3 (NVI).

Por providência divina, uma grande tempestade surgiu no mar, colocando em risco a vida de todos a bordo. Os marinheiros, apavorados, descobriram que Jonas era o responsável pela tempestade e, seguindo suas instruções, o lançaram ao mar. Jonas foi então engolido por um grande peixe, onde permaneceu por três dias e três noites. (Jonas 1:4-17).

Durante esse tempo, ele refletiu sobre sua desobediência e orou a Deus, pedindo perdão. Eventualmente, o peixe o vomitou em terra firme, e Jonas, agora arrependido, decidiu cumprir a missão que lhe fora dada, indo pregar em Nínive, levando a mensagem de arrependimento aos seus habitantes (Jonas 3).

Depois de cumprir com sua missão Jonas senta-se num lugar a leste da cidade, constrói um abrigo e aguarda para ver o que aconteceria com a cidade. Ali o Senhor fez crescer uma planta sobre Jonas, para dar sombra à sua cabeça e livrá-lo do calor, e Jonas ficou muito alegre. Mas na madrugada do dia seguinte, Deus mandou uma lagarta atacar a planta de modo que ela secou. (Jonas 4:5-7).

Ao nascer do sol, Deus trouxe um vento oriental muito quente, e o sol bateu na cabeça de Jonas, a ponto de ele quase desmaiar. Com isso ele desejou morrer, e disse: "Para mim é melhor morrer que viver desse modo". Mas Deus disse a Jonas: "Você acha certo ficar tão irado por causa da planta? " Respondeu ele: "Sim, acho certo ficar tão irado a ponto de querer morrer." Jonas 4: 8-9 (NVT).

Mas o Senhor disse a Jonas: “Você tem pena dessa planta, embora não a tenha podado nem a tenha feito crescer. Ela nasceu numa noite e numa noite morreu. Contudo, Nínive tem mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem nem distinguir a mão direita da esquerda, além de muitos rebanhos. Não deveria eu ter pena dessa grande cidade?" Jonas 4:10-11 (NVT).

Jonas, o profeta fujão foi confrontado por Deus. Ele precisava aprender uma valiosa lição sobre compaixão e misericórdia. Jonas precisava entender que a misericórdia de Deus se estende a todos, independentemente de suas ações passadas, e que o arrependimento e a mudança de coração são sempre possíveis. “Mas tu, Senhor, és Deus compassivo e misericordioso, muito paciente, rico em amor e em fidelidade.” Salmos 86:15 (NVI).

Para Deus, cada alma tem um valor inestimável. A Bíblia nos ensina que Deus criou cada pessoa à Sua imagem e semelhança (Gênesis 1:27), o que já nos dá uma ideia do quanto Ele valoriza cada um de nós. Além disso, o sacrifício de Jesus na cruz é a maior prova do amor e do valor que Deus atribui a cada alma. Em João 3:16, lemos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

Deus não deseja que ninguém se perca, mas que todos venham ao arrependimento (2 Pedro 3:9). Ele nos chama a amar e valorizar as pessoas ao nosso redor, assim como Ele nos ama. A parábola da ovelha perdida (Lucas 15:4-7) ilustra bem essa verdade: o pastor deixa as noventa e nove ovelhas para buscar a que se perdeu, mostrando que cada alma é preciosa aos olhos de Deus.

Aprendemos com essa lição que o valor de uma alma para o Senhor é incalculável. Ele nos ama com um amor eterno e deseja que todos nós experimentemos a plenitude de Sua graça e misericórdia.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

CORAÇÃO: LUGAR SEGURO

“Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti.” Salmos 119:11 (NVI).

Papai tinha o costume de guardar muitas coisas que nós considerávamos inúteis e desnecessárias. Ele não era exatamente um acumulador, mas via valor em itens como um parafuso ou uma arruela achados na rua, e os guardava acreditando que um dia poderiam ser úteis. Eu herdei dele esse hábito e, hoje, percebo como essa visão prática pode ser valiosa. Cada pequeno objeto guardado carrega uma promessa de utilidade futura, uma lembrança de que até as coisas mais simples podem ter seu momento de importância.

A Bíblia nos oferece um rico ensino sobre a importância de guardar aquilo que é verdadeiramente valioso e merece nossa atenção, pois esses tesouros espirituais têm um papel vital em nossa jornada espiritual.

O salmista nos apresenta um lugar seguro e inviolável para guardar algo de grande valor: o coração. É nesse espaço íntimo e sagrado que podemos proteger e nutrir os ensinamentos divinos, permitindo que eles floresçam e guiem nossas ações. Ao conservar a Palavra de Deus em nossos corações, criamos um refúgio espiritual que nos fortalece contra as adversidades e nos mantém firmes na fé. Esse ato de guardar no coração é um testemunho de nossa devoção e um reconhecimento da importância eterna desse tesouro espiritual. “Meu filho, não se esqueça da minha lei, mas guarde no coração os meus mandamentos, pois eles prolongarão a sua vida por muitos anos e lhe darão prosperidade e paz.” Provérbios 3:1-2 (NVI).

O que deve ser guardado em nossos corações, segundo o salmista? Que tesouro de grande valor nos é tão caro que merece todo zelo e proteção?

O salmista nos ensina que a Palavra de Deus é esse tesouro inestimável. Guardar a Palavra no coração é um ato de profunda reverência e sabedoria, pois dela procedem as fontes da vida. É através dessa íntima comunhão com Deus que encontramos força, orientação e verdadeira alegria, mesmo em meio às adversidades. “Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida.” Provérbio 4:23 (NVI).

Depois de mostrar um lugar seguro e revelar o tesouro que lá deve ser guardado, o salmista aponta para o objetivo deste cuidado: “para não pecar contra ti.”

Guardar a Palavra de Deus no coração não é apenas um ato de proteção, mas também uma estratégia espiritual para nos mantermos firmes na fé e longe do pecado. Esse cuidado constante nos ajuda a viver de acordo com os ensinamentos divinos, fortalecendo nossa relação com Deus e nos guiando em um caminho de retidão e santidade. Assim, o coração se torna um santuário onde a sabedoria divina reside, iluminando nossas escolhas e ações diárias.

O pecado tem efeitos devastadores na vida das pessoas. Ele nos priva da presença de Deus, que é o maior bem. Embora sofrimento, enfermidade e morte não possam afastar o homem de Deus, o pecado nos separa de Sua presença e da eternidade prometida. As consequências destrutivas incluem além da separação de Deus, a perda da comunhão com o Criador e a corrupção da natureza humana. “Vejam! O braço do Senhor não está tão curto que não possa salvar, e o seu ouvido tão surdo que não possa ouvir. Mas as suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele, e por isso ele não os ouvirá.” Isaías 59:1-2 (NVI).

O pecado escraviza as pessoas, afetando a alma, o corpo, as faculdades mentais e as vontades. Ele rompe a relação do homem com Deus e perturba sua conexão com a natureza, o próximo e consigo mesmo. Isso resulta em sofrimento, aflições, doenças e, eventualmente, a morte espiritual. O pecado corrompe a essência humana, trazendo desarmonia e destruição em todas as esferas da vida, conduzindo as pessoas à morte eterna. “Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” Romanos 6:23 (NVI).

A Palavra de Deus, guardada em nossos corações, nos preserva da malignidade do pecado, iluminando nosso caminho com sabedoria e discernimento. Ao internalizarmos esses ensinamentos, somos espiritualmente fortalecidos, encontrando proteção e orientação em cada passo. Assim, a Palavra de Deus nos afasta do pecado e nos aproxima de uma vida de retidão e comunhão com o Pai.

Jesus veio para nos dar vida em abundância, libertando-nos do pecado e instruindo-nos a guardar Sua palavra em nossos corações. Essa vida abundante não se limita às bênçãos materiais, mas inclui uma plenitude espiritual de paz, alegria e amor. Guardar a Palavra de Deus é um ato de devoção que nos fortalece e guia, iluminando nosso caminho e mantendo-nos firmes na fé.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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FORÇA E PODER

“A riqueza e a honra vêm de ti; tu dominas sobre todas as coisas. Nas tuas mãos estão a força e o poder para exaltar e dar força a todos.”  1 Crônicas 29:12 (NVI).                 

As maiores potências mundiais, como os Estados Unidos, China e Rússia, possuem forças militares significativas e uma influência considerável sobre os assuntos globais. Essa combinação de força bélica e poder político-econômico lhes permite moldar políticas internacionais, influenciar economias e, em muitos casos, determinar o curso de eventos globais. Essas nações investem pesadamente em tecnologia militar, inteligência e diplomacia para manter e expandir sua influência. Mas até que ponto essa combinação de força e poder pode ser comparada à força e o poder que estão na mão de Deus?

Um dos atributos incomunicáveis de Deus é a onipotência, o que significa que somente Ele tem controle absoluto sobre todas as coisas, e essa qualidade não é compartilhada com ninguém. A onipotência de Deus se manifesta de forma singular na criação, quando, pelo poder de Sua Palavra, Ele realiza o impossível, criando tudo a partir do nada. "Ah! Soberano Senhor, tu fizeste os céus e a terra pelo teu grande poder e por teu braço estendido. Nada é difícil demais para ti.” Jeremias 32:17 (NVI). Seu domínio é absoluto, possuindo em Si mesmo todo o poder.

Deus é forte. Quando falamos sobre a força de Deus, estamos nos referindo a algo que transcende nossa compreensão humana. A força de Deus é tão grande que, se Ele está ao nosso lado, nada nem ninguém pode nos derrotar. Ele é nosso defensor, protetor e juiz. Nada pode nos separar do amor de Cristo, nem mesmo as dificuldades e perigos que enfrentamos nesta vida. Essa é uma verdade que podemos carregar conosco em todas as circunstâncias. “Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” Romanos 8:38-39 (NVI).

Deus compartilha conosco Sua força. Em meio às lutas, podemos declarar, assim como Paulo: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13). Essa força que nos sustenta tem uma fonte que não procede de nós mesmos, mas de Deus, que nos cerca com Seu poder, capacitando-nos a enfrentar as circunstâncias, por mais avassaladoras que sejam. No entanto, é preciso ter em mente que o “tudo posso” não significa que podemos fazer qualquer coisa ou tomar decisões de forma independente e sem restrições, escolhendo o curso de ação que considerarmos mais apropriado com base em nossa liberdade. O “tudo posso” está intimamente ligado à vontade soberana de Deus. Podemos todas as coisas em Cristo Jesus, e não à parte dEle, pois é Ele quem nos fortalece.

Há um imperativo na determinação do Espírito Santo para nos fortalecermos no Senhor e na força do Seu poder (Efésios 6:10). Essa ordem tem a finalidade de nos preparar para a batalha que enfrentamos diariamente. Precisamos estar revestidos de toda a armadura de Deus, para que possamos resistir às astutas ciladas do diabo. Sabemos bem que nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra os principados, potestades, príncipes das trevas deste século e hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais (Efésios 6:11-13). A ordem é: ficar firmes.

Sabemos que todas as coisas estão sob o controle absoluto do nosso Pai Celestial e que nada acontece sem a Sua expressa permissão. A força e o poder de Deus têm uma energia ilimitada, que nos proporciona tranquilidade e segurança para vivermos com essa certeza.

O poder de Deus tem muitas formas e aspectos diferentes. Ele não se limita a uma única manifestação ou tipo de ação. Deus não apenas possui a força para agir, mas também a autoridade para exercer essa força. “Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós.” Efésios 3:20 (NVI). Seu poder é ilimitado e Ele atua de diversas maneiras em nossas vidas.

Sabendo que servimos a um Deus de força e poder, não permitamos que a fraqueza e a dúvida sobre a capacidade de Deus em realizar coisas extraordinárias em nosso favor nos dominem. Vamos superar toda dúvida e insegurança, que trazem dor e tristeza à nossa alma. Deixemos que a alegria do Senhor, que é a nossa força, nos encha de energia para seguirmos em frente em nossa jornada espiritual (Neemias 8:10).

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

PACIÊNCIA DE JÓ

“Aceitaremos da mão de Deus apenas as coisas boas e nunca o mal? Em tudo isso, Jó não pecou com seus lábios.” Jó 2:10 (NVT).

Conhecemos as experiências de Jó narradas em um livro da Bíblia que leva seu nome. Jó era um homem justo e próspero que enfrentou uma série de tragédias devastadoras: perdeu sua família, sua saúde e todos os seus bens. Mesmo assim, permaneceu firme em sua fé e confiança em Deus. Não é à toa que a expressão “paciência de Jó” se tornou um dito popular, designando um controle de espírito tão grande que nada é capaz de abalar.

Em nosso cotidiano, colhemos experiências que, somadas, têm o poder de moldar nossa história. Essas vivências nos conduzem ao amadurecimento e, mesmo nas tribulações sabemos que o sofrimento momentâneo produz perseverança, a perseverança gera experiência e a experiência traz esperança (Romanos 5:3-4). Somos maduros o suficiente para compreendermos que há um propósito em todas as coisas e que as nossas lutas não perduram indefinidamente. “...o choro pode persistir uma noite, mas de manhã irrompe a alegria.” Salmos 30:5b (NVI).

As provas pelas quais Jó passou nos oferecem ensinamentos preciosos, um dos quais é que a vida não é feita apenas de momentos agradáveis. Deus age especialmente nos momentos difíceis, trabalhando em nosso favor e moldando-nos segundo Sua soberana vontade, com o propósito de fortalecer nossa fé e nos preparar para batalhas maiores. Assim como o aço é fortalecido pelo calor intenso, as pessoas também se tornam mais fortes e resilientes ao enfrentarem adversidades. Deus deseja nos tornar pessoas maduras e conscientes.  Nisso vocês exultam, ainda que agora, por um pouco de tempo, devam ser entristecidos por todo tipo de provação. Assim acontece para que fique comprovado que a fé que vocês têm, muito mais valiosa do que o ouro que perece, mesmo que refinado pelo fogo, é genuína e resultará em louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo for revelado.” 1 Pedro 1:6-7 (NVI).

O que aconteceu com Jó não se deu por acaso ou por um descuido de Deus, sendo ele um exemplo de virtude aos olhos do próprio Criador: um homem justo, íntegro e temente a Deus; que se mantém afastado do mal. (Jó 1:8). As primeiras linhas do livro revelam que ele era um homem abençoado por Deus

No decorrer da narrativa tudo nos leva a crer que, apesar de sua retidão de caráter e evidente religiosidade, Jó não conhecia a Deus da maneira que Ele desejava ser conhecido. Em todo o seu irretocável proceder, fica claro que Jó mantinha um relacionamento puramente superficial com Deus. Encontramos embasamento para tal afirmação em Jó 42:5, onde ele declara: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem.”

Certamente, ao longo do sofrido caminho percorrido por Jó, Deus tinha um plano maior para sua vida. Jó precisava conhecer o Deus de poder, imutável e soberano em todas as Suas decisões, de forma mais profunda e íntima. Por isso, Deus o conduziu através de provações, levando-o a uma experiência extraordinária e transformadora.

No tempo de Deus, que é o “kairós”, e não no tempo de Jó, que era o “cronos”, a sorte de Jó foi mudada, justamente no momento em que ele orava por seus amigos. Seus olhos espirituais se abriram, e ele finalmente viu a Deus como Ele realmente é. Agora, Jó conhecia um Deus presente: um Amigo zeloso que não falha. “Depois que Jó orou por seus amigos, o Senhor o tornou novamente próspero e lhe deu em dobro tudo o que tinha antes.” Jó 42:10 (NVI).

Deus nos guia e instrui com amor, preferindo que nos aproximemos dEle por meio de Sua orientação e cuidado amoroso, em vez de apenas pela dor ou sofrimento. No entanto, esse mesmo Deus que nos atrai com amor eterno também usa as provações para nos transmitir aprendizados valiosos e nos aproximar dEle. “Eu o instruirei e o ensinarei no caminho que você deve seguir; eu o aconselharei e cuidarei de você.” Salmos 32:8 (NVI).

Situações aflitivas nos causam profundo desgaste físico e emocional, representando um grande desafio para os servos de Deus. O sentimento de solidão que nos envolve nesses momentos é desanimador, e pior ainda é ter amigos que, como os de Jó, não ajudam, tornando a situação ainda mais angustiante.

No entanto, é reconfortante saber que as experiências dolorosas existem para nos moldar e nos permitem dizer: “Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles” (2 Coríntios 4:16-17, NVI).

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

RAZÃO PARA SE ALEGRAR

“Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!” Filipenses 4:4 (NAA).

A carta que Paulo escreveu para os irmãos em Filipos exemplifica como a alegria pode se manifestar em meio ao sofrimento, anulando a dor de tal forma que seu conteúdo exala alegria em cada palavra. Paulo estava na prisão quando escreveu essa carta, e ainda assim, suas palavras transbordam de gratidão e confiança. A carta aos filipenses nos lembra que a alegria não é apenas um sentimento, mas uma escolha consciente. Mesmo nas dificuldades, podemos encontrar razões para nos alegrar, confiando em Deus e vivendo com propósito, pois sabemos que Deus está no controle.

Essa alegria nos impulsiona a apresentar nossos amados no altar do Senhor em oração. Alegria que se manifesta através das orações e súplicas do apóstolo. “Em todas as minhas orações em favor de vocês, sempre oro com alegria.” Filipenses 1:4 (NVI).

A alegria de saber que o evangelho está sendo anunciado é algo incomparável. Nada alegra mais o servo de Deus do que ver a mensagem transformadora do Evangelho quebrando corações endurecidos, renovando vidas e enchendo o reino de Deus de almas sedentas pelo conhecimento da Palavra revelada. “Mas, que importa? O importante é que, de qualquer forma, seja por motivos falsos ou verdadeiros, Cristo está sendo pregado, e por isso me alegro. De fato, continuarei a alegrar-me.” Filipenses 1:18 (NVI).

A fé, além de nos tornar mais fortes, nos capacita a suportar quaisquer adversidades que nos sobrevenham, fazendo brotar de nosso interior um manancial de alegria. “Convencido disso, sei que vou permanecer e continuar com todos vocês, para o seu progresso e alegria na fé.” Filipenses 1:25 (NVI).

Quando o Espírito Santo atua no meio da Igreja, ele nos conecta em um só propósito, mesmo que tenhamos diferentes origens, culturas ou perspectivas. Compartilhamos do mesmo amor, pois temos um só Espírito que nos faz pensar de maneira alinhada; amar com generosidade e manter uma atitude de humildade e serviço. Isso realmente alegra nossos corações e fortalece nossa fé. “Completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude.” Filipenses 2:2 (NVI).

Paulo tinha como privilégio o sofrer por Cristo. Sua alegria em meio às provas encorajava a igreja que, naquela época, era brutalmente perseguida. Esta alegria em padecer pelo evangelho deve também nos estimular, despertando-nos para a importância de permanecermos firmes na fé, independentemente das adversidades. Assim como Paulo, podemos encontrar força e alegria em nossa missão de compartilhar o amor de Cristo, sabendo que nosso sofrimento não é em vão, mas serve para glorificar a Deus e fortalecer a comunidade de fé. “Entretanto, mesmo que eu seja oferecido como libação sobre o sacrifício e serviço da fé que vocês têm, fico contente e me alegro com todos vocês.” Filipenses 2:17 (NAA).

Esta semana, participei de um casamento em uma de nossas igrejas. Que felicidade indescritível foi reencontrar irmãos que há tanto tempo não víamos. O reencontro com aqueles que amamos enche nossos corações de uma alegria imensa e renovada, trazendo à tona memórias queridas e fortalecendo os laços que o tempo jamais conseguiu enfraquecer.  Por isso, tanto mais me apresso em mandá-lo, para que, vendo-o novamente, vocês fiquem alegres e eu tenha menos tristeza.” Filipenses 2:28 (NAA).

Paulo foi alvo de generosidade por parte dos irmãos de Filipos. Quando recebemos um ato de bondade, sentimos uma profunda gratidão e felicidade. A generosidade não só atende às nossas necessidades, mas também fortalece os laços de amor e amizade entre as pessoas. Tal manifestação nos lembra que não estamos sozinhos e que sempre há alguém disposto a estender a mão. Gestos de altruísmo têm o poder de transformar dias difíceis em momentos de esperança e alegria, inspirando-nos a sermos generosos com os outros. “Fiquei muito alegre no Senhor porque, agora, uma vez mais, renasceu o cuidado que vocês têm por mim. Na verdade, vocês já tinham esse cuidado antes, só que lhes faltava oportunidade.” Filipenses 4:10 (NAA).

Com base em nossa interpretação do texto, fica claro que a verdadeira fonte de alegria não reside apenas nas coisas externas, mas na nossa íntima comunhão com Deus e com os outros. O apóstolo compartilhou conosco muitas manifestações da alegria no Senhor, mesmo em meio à aflição. Portanto, vivamos cada momento de nossa jornada espiritual de forma consciente, certos de que Deus está no controle e que Sua alegria é a nossa força.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

MORADA SEGURA

“Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-poderoso.” Salmos 91:1 (NVI).

Viver com segurança tornou-se uma preocupação crescente em diversas regiões do mundo. Enfrentamos diversos obstáculos, incluindo o aumento da criminalidade, a falta de infraestrutura adequada e a desigualdade econômica, que pode agravar ainda mais a criminalidade, entre outros problemas. Para enfrentar esses desafios tentamos investir em soluções integradas que envolvam tecnologia, políticas públicas e a participação ativa da comunidade. Entretanto, encontrar a solução perfeita para proteger nossas famílias pode parecer uma tarefa difícil.

O salmista, no Salmo 91, aponta para o poderoso livramento de Deus em tempos de perigo, quando o adversário nos envolve de forma agressiva e opressiva em uma batalha diária. Momentos em que nos firmamos nas promessas de Deus elencadas nas linhas desse alegre poema. "Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio." Salmos 91:2 (NVI).

Wesley destacou a confiança e a proteção divina que o salmo oferece aos fiéis. Ele interpretou o salmo como uma promessa de segurança para aqueles que confiam plenamente em Deus, enfatizando que a fé e a proximidade com Deus são fundamentais para experimentar essa proteção. Também comentou sobre a importância de habitar “no esconderijo do Altíssimo” e descansar “à sombra do Onipotente”, vendo essas expressões como metáforas para uma vida de intimidade e confiança em Deus. Ele acreditava que essa relação próxima com Deus proporcionava não apenas proteção física, mas também paz espiritual e emocional.

Embora não conheçamos ao certo o autor nem a data exata em que este salmo foi escrito, uma coisa podemos afirmar com segurança: há uma profunda conexão entre o que o texto propõe apresentar e o refúgio e fortaleza que encontramos em Jesus. Assim como o Salmo aponta para um refúgio seguro, Jesus é o nosso verdadeiro Refúgio. Nele encontramos abrigo contra as tempestades da vida, paz para nossas almas inquietas e força para enfrentar os desafios. Ele é nossa Fortaleza inabalável, nosso Redentor e Protetor. “nenhum mal o atingirá, desgraça alguma chegará à sua tenda.” Salmos 91:10 (NVI).

O conceito de Deus como refúgio e fortaleza encontra eco em Jesus Cristo, que é apresentado no Novo Testamento como o Salvador e Protetor de sua Igreja amada. Em Mateus 11:28, Jesus convida todos os que estão cansados e sobrecarregados a virem a Ele para encontrar descanso, refletindo a promessa de proteção e conforto encontrada no Salmo 91.

Quando tentado no deserto Cristo ouve da boca do próprio adversário a citação de parte desse salmo (Mateus 4:5-6) onde até mesmo satanás destaca a relevância do salmo na compreensão da proteção divina, fato que foi refutado por Jesus pelo uso indevido da Escritura por Satanás, reafirmando a necessidade de confiança genuína em Deus, sem colocá-lo à prova. “Jesus respondeu: — Também está escrito: ‘Não ponha à prova o Senhor, seu Deus.’" Mateus 4:7 (NAA).

É realmente interessante observar que o salmista destaca uma proteção especial para aqueles que permanecem na casa do Senhor, em contraste com aqueles que apenas passam por lá. A palavra hebraica para “habitar” sugere mais do que simples presença; ela implica permanência e estabilidade. Assim, o salmista nos lembra que a verdadeira segurança está em permanecer no lugar de Deus, não apenas visitá-lo ocasionalmente.  

O esconderijo do altíssimo é um lugar secreto de Seu tabernáculo, onde segredos do coração de Deus são revelados àqueles que ali habitam. “Pois no dia da adversidade ele me guardará protegido em sua habitação; no seu tabernáculo me esconderá e me porá em segurança sobre um rochedo.” Salmos 27:5 (NVI)

Segundo Charles H. Spurgeon, nenhum refúgio se compara à proteção da sombra do Senhor. Assim como os animais do campo buscam refúgio, nós também devemos correr para o Senhor em tempos de perigo. Ele não apenas nos oferece abrigo, mas também é uma muralha alta e firme de proteção. Quando nossas defesas falham, Deus permanece como nosso refúgio seguro. (Fonte: “Os Tesouros de Davi”, vol. 2, p. 570).  “Nenhum mal lhe sucederá, praga nenhuma chegará à sua tenda.” Salmos 91:10 (NVI)

Amados irmãos, busquemos a morada segura que nosso Deus oferece àqueles que confiam Nele. Deus é nosso amparo, fortaleza e pronto auxílio. Em Jesus, encontramos abrigo contra as tempestades da vida. A intimidade com Deus não apenas nos protege fisicamente, mas também traz paz espiritual e emocional. Assim como o salmista aponta para um refúgio seguro, Jesus é nosso único e verdadeiro Refúgio e Protetor.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

OMBRO AMIGO

“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu ordeno. Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu tornei conhecido a vocês.” João 15:13-15 (NVI).

A expressão “ombro amigo” simboliza apoio, confiança e cumplicidade. Refere-se a alguém presente nos momentos difíceis, em quem podemos confiar para compartilhar alegrias e tristezas. Esse “ombro amigo” oferece consolo e apoio, funcionando como um refúgio seguro para nossas preocupações.  Às vezes, a vida nos coloca em situações em que precisamos desabafar, compartilhar nossos sentimentos ou simplesmente ter alguém que nos escute sem críticas. Todos precisamos de um “ombro amigo” em algum momento, mas nem sempre é fácil encontrar alguém disposto a ouvir sem julgamentos.

Se existe um ombro amigo com que podemos contar em qualquer situação, é o de Jesus. Ele é mais do que um amigo; é nosso Salvador e nos ama incondicionalmente. Jesus nos deu vida quando estávamos mortos e nos amou primeiro. Ele foi ao Calvário por nós porque é nosso amigo. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos.” João 15:13 (NVI). Nosso melhor amigo nos revela os segredos do Pai Celestial e nos trata como amigos íntimos. Este amigo perfeito não nos chama de servos, pois o servo não sabe o que faz seu patrão. Ele nos chama de amigos, porque nos contou tudo o que ouviu do Pai. (João 15:15)

Jesus é o amigo que compartilha de nossas alegrias e tristezas, assim como fez com Marta e Maria quando elas enviaram um recado a Ele dizendo que Lázaro estava doente. Jesus amava profundamente aquela família, assim como ama nossa família. (João 11:3-5).

Segundo Eclesiastes 4:9: “É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas.” De fato, não é bom ficar sozinho; Jesus é a melhor companhia que podemos ter e, sem dúvida, o amigo perfeito. Sua presença transcende qualquer solidão que possamos sentir. Ele está sempre presente, ouvindo nossos corações, oferecendo conselhos sábios e nos amando incondicionalmente. É como se Ele estivesse sempre disponível para nos ouvir, independentemente do momento ou das circunstâncias. Quando nos sentimos sozinhos, podemos nos voltar para Ele em oração, sabendo que Ele está sempre lá para nos acolher.

Assim como Abraão, o pai da fé, foi considerado amigo de Deus por sua confiança e obediência, podemos também cultivar um relacionamento íntimo com Deus através da nossa fé e obediência. A fé de Abraão foi contada como justiça, e ele se tornou um exemplo para todos nós. Deus considerou Abraão Seu amigo, e essa amizade se estende a todos nós. Da mesma forma, quando confiamos em Deus e seguimos Seus caminhos, podemos experimentar a profundidade do Seu amor e amizade.  "Cumpriu-se assim a Escritura que diz: ‘Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça’, e ele foi chamado amigo de Deus.” Tiago 2:23 (NVI).

Certa vez, Jesus contou a história de um pastor que tinha cem ovelhas. Uma delas se perdeu, e o pastor não hesitou em deixar as noventa e nove em segurança para ir atrás da ovelha desgarrada. Quando a encontrou, ele a colocou alegremente nos ombros e voltou para casa. Desta forma, Ele busca cada um de nós com paciência e insistência. Assim como o pastor não hesitou em buscar a ovelha perdida, nosso Mestre e Salvador está sempre pronto para nos encontrar, não importa quão longe tenhamos nos afastado. Assim como aquele pastor carregou a ovelha em seus ombros, Jesus nos carrega em Seus ombros (Lucas 15:4-7).

Como amigos inseparáveis, Jesus quer que estejamos sempre juntos a Ele.  Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu já lhes teria dito. Pois vou preparar um lugar para vocês. E, quando eu for e preparar um lugar, voltarei e os receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, vocês estejam também.” João 4:2-3 (NAA).

Em resumo, a metáfora do “ombro amigo” nos lembra da importância de termos alguém em quem confiar nos momentos de alegria e tristeza; alguém que se preocupa conosco. Esse apoio é essencial para nosso bem-estar emocional, oferecendo um refúgio seguro onde podemos encontrar consolo e compreensão. Não há “ombro amigo” que possa substituir o de Jesus. Você deseja a presença constante de um amigo fiel em sua jornada? Não há “ombro amigo” que se compare ao de Jesus. “E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.” Mateus 28:20 (NVI).

Que a graça e a paz estejam com vocês, da parte daquele que é, que era e que há de vir.               

Pr. Décio Fonseca

 

COMBATENDO A SOLIDÃO

“Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: ‘Aba, Pai’". Romanos 8:15 (NVI).

A solidão não é apenas a ausência de companhia, mas também a ausência de conexão emocional e apoio. Quando alguém se sente isolado, pode ser difícil encontrar significado e propósito na vida. Esse vazio pode levar a um ciclo de pensamentos negativos e desesperança, tornando a recuperação um desafio. A sensação de abandono é tão intensa que pode ser descrita como uma experiência de quase-morte, onde a pessoa se sente desconectada do mundo ao seu redor e de si mesma.

Ao tomarmos consciência de que o pecado nos separa da gloriosa presença de Deus, a situação tende a se agravar. O pecado nos afasta de Deus e nos conduz à morte espiritual. Viver longe do Senhor é extremamente doloroso. Como está escrito em Romanos 3:23 (NVI): “Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus.”

Mas Deus, em sua infinita misericórdia, ao ver nossa situação calamitosa, nos oferece amparo e nos adota como filhos queridos. Seu amor é verdadeiramente infinito e transformador. Ele não apenas nos livra da condenação, mas também nos chama ao arrependimento, proporcionando uma oportunidade de regeneração e de nascer de novo.

Em João 10:10, Jesus declara que veio para que tenhamos vida, e vida em abundância. Isso significa que a oferta de Deus vai além do perdão dos pecados; é uma oferta de uma vida plena e significativa. Ele resgata o que estava perdido e o traz para perto de Si, cuidando, amando e protegendo como a um filho verdadeiro. Além disso, como filhos, nos tornamos herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo. Como está escrito em Romanos 8:17 (NVI): “Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória.”

A partir da nova vida em Cristo, ganhamos um novo lar, uma nova identidade, esperança e propósito. Saber que somos amados e aceitos por Deus, independentemente de nossos erros passados, nos permite viver com confiança e alegria. Em Jesus, temos uma vida abundante que nos fortalece em nossos desafios diários. Sua presença constante nos guia e sustenta em todas as circunstâncias. Como está escrito em Mateus 28:20 (NVI): “… ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.”

Alegra o nosso coração saber que fomos encontrados quando estávamos perdidos. “Estávamos mortos e Jesus nos deu vida. Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos.” Efésios 2:4-5 (NVI). Fomos perdoados sem merecer, e a graça inigualável de Jesus nos alcançou. Não conseguimos compreender tamanho amor e salvação.

O que fazer para honrá-Lo em reconhecimento a esse amor?

Devemos seguir os mandamentos e ensinamentos de Jesus, buscando viver de acordo com a vontade de Deus; cultivar uma vida de oração, mantendo uma comunicação constante com Deus, agradecendo, louvando e buscando Sua orientação; estudar a Bíblia, dedicando tempo para ler e meditar nas Escrituras, aprofundando nosso conhecimento e compreensão da Palavra de Deus; demonstrar o amor de Deus através de atos de serviço e compaixão, ajudando aqueles que estão em necessidade; envolver-se ativamente nos trabalhos da igreja, compartilhando e fortalecendo a fé com outros crentes; compartilhar o evangelho e o amor de Deus com outras pessoas, sendo uma luz no mundo e também  reconhecer e agradecer a Deus por todas as bênçãos e pela salvação que recebemos.

Essas práticas não apenas honram a Deus, mas também nos ajudam a crescer espiritualmente e a viver uma vida plena e abundante em Cristo.

Fomos adotados pelo Pai. Não há por que andarmos mais sozinhos. Nosso Deus está sempre pronto a nos receber como filhos amados e a nos conceder a vida mais feliz e bem-aventurada que ninguém jamais poderia oferecer. Como está escrito em Provérbios 23:26 (NVI): “Meu filho, dê-me o seu coração; mantenha os seus olhos em meus caminhos.”

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

SAL E LUZ

“Vocês são o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada no alto de um monte.” Mateus 5:13-14 (NAA)

A igreja é o equilíbrio deste mundo. Sem a sua presença, o mundo seria insosso. A igreja desempenha um papel único e significativo na sociedade, sendo o tempero que dá sabor à vida, o farol que ilumina o caminho e o abraço que acolhe os corações cansados. Sem a igreja, o mundo seria como um quadro incompleto, faltando cores vibrantes. A diversidade de pessoas na igreja é o que a torna ainda mais especial. Cada membro contribui com sua singularidade, suas histórias e suas lutas. Juntos, formamos uma comunidade que busca amor, esperança e propósito.

O mundo continua a caminhar porque a igreja está presente. Ela é o farol deste mundo, irradiando luz e esperança em meio às tempestades da vida. Assim como um farol guia os navegantes na escuridão, a igreja aponta para a verdade, o amor e a graça. Cada um de nós é como uma pequena lâmpada nesse farol coletivo. Quando nos unimos, emitimos um brilho tão poderoso que é capaz de iluminar todos ao nosso redor. Às vezes, essa luz pode parecer tênue, mas mesmo uma pequena chama faz a diferença.

A igreja fiel transcende rótulos e paredes físicas. Ela é a comunhão dos corações que buscam a verdade e proclamam a mensagem de salvação. É o somatório de todos os servos fiéis, independentemente de denominações ou placas. Essa visão da igreja como um corpo unido, guiado pelo Senhor Jesus, é inspiradora. Cada um de nós desempenha um papel nesse corpo, e juntos, compartilhamos a esperança e o amor que encontramos em Cristo.

No Sermão do Monte, Jesus destaca que a Igreja seria estabelecida para ser a luz do mundo e o sal da terra, cumprindo a missão de proclamar o evangelho, promover a justiça e a paz, e servir como agente de transformação na sociedade. É com esse entendimento que caminhamos hoje. Fomos chamados a ser um reflexo do amor de Cristo, oferecendo esperança e redenção a todos os povos. A finalidade da constituição da Igreja no mundo é múltipla e profunda.

Como membros dessa Igreja, entendemos que somos uma comunidade de fiéis eleitos por Deus, fazendo da Palavra de Deus nossa única regra de fé e prática. A Bíblia é a constituição do reino celestial ao qual pertencemos.

John Wesley, o fundador do movimento metodista, tinha uma visão clara sobre a constituição da Igreja na terra. Ele acreditava que a Igreja deveria ser uma comunidade de crentes que vivem de acordo com os ensinamentos de Cristo, focando na santidade pessoal e na missão social. Enfatizava a importância da santificação e da vida comunitária. Para ele, a Igreja não era apenas uma instituição hierárquica, mas uma comunhão de pessoas que se ajudam mutuamente a crescer na fé. Ele também defendia que a Igreja deveria estar ativamente envolvida em questões sociais, ajudando os pobres e necessitados, e promovendo a justiça social. Além disso, Wesley acreditava na importância dos sacramentos e da pregação como meios de graça, essenciais para a vida espiritual dos crentes. Ele via a Igreja como um corpo vivo, onde cada membro tem um papel a desempenhar na edificação mútua e na expansão do Reino de Deus na terra.

A história da Igreja é repleta de desafios, perseguições e momentos em que parecia que ela poderia ser destruída. Muitos tentaram destruí-la desde o seu nascimento, mas não conseguiram. A Igreja é indestrutível. Ela é como uma rocha sólida, firmemente estabelecida, e mesmo quando enfrenta tempestades, permanece inabalável. Composta por pessoas imperfeitas, mas guiadas pelo Espírito Santo, sua missão transcende o tempo e as circunstâncias. “Também eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Mateus 16:18 (NAA)

Se você pertence a esta Igreja, lembre-se: você é sal e luz! Assim como o sal preserva e dá sabor, e a luz dissipa a escuridão, nós, como parte da Igreja, temos a responsabilidade de impactar positivamente o mundo ao nosso redor. Vamos temperar com amor, iluminar com compaixão e lembrar que fazemos parte de algo maior.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca


 

LIBERDADE DE ESCOLHA

“Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá.” Gálatas 6:7 (NVI)

Esta semana, um colega de trabalho me perguntou se eu acreditava na lei do retorno. A “lei do retorno” é frequentemente associada à ideia de que aquilo que fazemos volta para nós de alguma forma. Alguns acreditam que, se você faz o bem, coisas boas acontecerão com você, e se você faz o mal, isso também retornará para você. É o clichê conhecido como “aqui se faz, aqui se paga”.

Certo é que não podemos esperar resultados diferentes daquilo que plantamos. Em outras palavras, se plantamos uma semente de um determinado fruto, é esse fruto que colheremos, e não outro.

Existem leis divinas imutáveis que governam nossas ações e suas consequências. Isso reflete a crença de que nossas ações, boas ou más, inevitavelmente retornam para nós conforme a sua natureza. Segundo a Bíblia, aquilo que semeamos, colhemos: boas ações resultam em bênçãos, enquanto más ações trazem consequências negativas.

Fato é que cada um é livre para fazer suas escolhas, porém devemos nos lembrar de que cada escolha traz uma consequência. Esta é outra lei: a da causa e efeito. “Hoje tomo o céu e a terra por testemunhas contra vocês, que lhes propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolham, pois, a vida, para que vivam, vocês e os seus descendentes.” Deuteronômio 30:19 (NAA).  Há um ditado popular que diz; “quem semeia vento, colhe tempestades.”

O texto básico foi extraído de um contexto onde se analisa a existência de duas semeaduras, trazendo-nos um esclarecimento: semeamos para a carne ou para o espírito. “O que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (Gálatas 6:8).

Qual o significado dessas duas semeaduras? É simples: semear para a carne significa procurar satisfazer as necessidades desta vida terrena, desconsiderando a vida futura, ou seja, supervalorizar o que é passageiro e efêmero em detrimento do que é perene. Por outro lado, semear para o espírito significa buscar valores espirituais, inalienáveis e extremamente valiosos. Tesouros guardados no cofre celestial. "Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam.” Mateus 6:19-20 (NVI)

Certamente, nossas ações resultam em consequências diretas e inevitáveis. O versículo de Lamentações 3:39, “Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados”, reforça essa ideia ao sugerir que muitas das dificuldades que enfrentamos são resultado de nossas próprias ações e escolhas. Em outras palavras, em vez de culpar fatores externos ou outras pessoas, devemos reconhecer nossa responsabilidade pessoal pelos nossos erros e suas consequências.

Essa perspectiva nos incentiva a refletir sobre nossas ações passadas e a tomar decisões mais conscientes no presente, sabendo que elas moldarão nosso futuro. É um chamado à responsabilidade pessoal e à autoavaliação contínua, lembrando-nos de que temos o poder de influenciar nossa jornada através das escolhas que fazemos hoje. “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:31-33 (ARA)

Fazemos boas escolhas quando confiamos nosso futuro a Jesus. Ele é nossa fonte de conforto e orientação. Ao enfrentarmos desafios ou incertezas, é reconfortante saber que Ele está ao nosso lado, guiando-nos e fortalecendo-nos, pronto para indicar o caminho certo a seguir. “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie no seu próprio entendimento. Reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas.” Provérbios 3:5-6 (NAA)

Nossa vida é um dom de Deus. Temos liberdade de ação, mas devemos viver com temor e tremor a Deus. Escolhas certas nos conduzem à aprovação do Senhor; entretanto, se nossas escolhas forem negligenciadas, certamente não colheremos bons frutos. “Então o Senhor lhe disse: — Por que você anda irritado? E por que essa cara fechada? Se fizer o que é certo, não é verdade que você será aceito? Mas, se não fizer o que é certo, eis que o pecado está à porta, à sua espera. O desejo dele será contra você, mas é necessário que você o domine.” Gênesis 4:6-7 (NAA)

Que ao semearmos para o espírito, nossas escolhas sejam direcionadas de modo a impactar positivamente tanto a nós quanto aos que nos cercam. Que possamos andar de maneira a sermos uma bênção, e que Deus encontre em nós motivos para nos abençoar!

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

NÃO SE DEIXE INFLUENCIAR

“Não imitem o comportamento e os costumes deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma mudança em seu modo de pensar, a fim de que experimentem a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para vocês.” Romanos 12:2 (NVT)

A influência está em toda parte, e muitas vezes somos moldados por ela, mesmo quando não percebemos. Somos seres sociais e estamos constantemente interagindo com o mundo ao nosso redor. Às vezes, até a resistência à influência é, por si só, uma forma de ser influenciado. Os ambientes em que vivemos são criados por pessoas que os moldam e, consequentemente, influenciam todos os que neles convivem. O comportamento das pessoas se adapta ao ambiente: vestuário, música, linguagem e moralidade. Mesmo alguém com caráter forte e convicções morais firmes pode, ao passar muito tempo com pessoas de comportamento imoral, começar a mudar seus próprios hábitos sem perceber.

A matriz que o mundo impõe não deve ser um lugar onde nossos pés se acomodem confortavelmente. Esse padrão é dinâmico e está em constante mudança. O conselho de Paulo é: não se conformem com o modelo que o mundo apresenta; não devemos adotar o mesmo aspecto ou aparência desse estilo moderno. Em vez disso, deixemo-nos ser transformados internamente pela renovação da nossa mente. Nas palavras de Barclay: “Não devemos ser como o camaleão que assume as cores daquilo que o cerca.”  (Barclay, William, Romanos, p. 171)

Em síntese, a fôrma do mundo nos traz uma verdade relativa, pois, em sua dinamicidade, muda constantemente. O que era errado ontem passa a ser certo hoje, e o que foi preterido ontem passa a ser aplaudido hoje. Nos ensinamentos de Jesus, uma coisa é clara: o que é sim é sim, e o que é não é não. “Quando disserem ‘sim’, seja de fato sim. Quando disserem ‘não’, seja de fato não. Qualquer coisa além disso vem do maligno” (Mateus 5:37, NVT). Quando os conceitos passam a sofrer alterações ao longo do tempo, de tal modo que, sob a ótica do mundo, o certo passa a ser errado e o errado passa a ser certo, os valores morais, éticos e espirituais de uma comunidade estão próximos de ser destruídos.

O povo de Deus, contudo, segue um modelo distinto e singular que é absoluto e imutável e jamais se altera com o passar do tempo. Este modelo, ditado por Deus, é o mesmo ontem, hoje e sempre. A fidelidade a Deus nos guia, e Ele permanece constante, independentemente das mudanças do mundo. “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre.” Hebreus 13:8 (NVT). Nosso Pai Celestial é eterno e nunca muda. Jesus pode agir de muitas formas diferentes, mas Ele não se contradiz nem muda quem Ele é. Ele é sempre consistente. Podemos confiar em Jesus todos os dias!

A renovação de nossas mentes, que ocorre em nosso interior por meio de uma operação divina, é a única defesa que nos ajudará a combater a conformidade exterior imposta pelo mundo. É um trabalho que o Espírito Santo realiza em nosso íntimo, promovendo uma mudança que acontece de dentro para fora. Nas palavras de Warren:  “Se o mundo controla nossa maneira de pensar, somos conformados, mas, se Deus controla nossa maneira de pensar, somos transformados.” (Wiersbe, Warren W. Comentário bíblico expositivo, p. 724)

Uma vez alcançados pela graça salvadora, entendemos que nosso corpo deve ser consagrado a Deus. Consequentemente, ao consagrarmos nosso corpo, nossa mente é transformada pelo poder do Espírito Santo de Deus que trabalha em nós, moldando nossos pensamentos e atitudes.

Dada a transitoriedade do modelo existente no mundo, é impossível construir algo sólido usando como fundamento coisas tão instáveis. Construir nossa identidade sobre qualquer coisa que não seja Deus certamente levará à ruína de nossas vidas. "Quem ouve minhas palavras e as pratica é tão sábio como a pessoa que constrói sua casa sobre uma rocha firme. Quando vierem as chuvas e as inundações, e os ventos castigarem a casa, ela não cairá, pois foi construída sobre rocha firme.” Mateus 7:24-25 (NVT)

Não devemos permitir que o fenômeno da conformidade mundana nos alcance; devemos estar atentos ao que acontece no mundo e ser vigilantes. Não podemos nos descaracterizar a cada nova tendência que surge, a ponto de quase não sermos mais reconhecidos como filhos de Deus. Devemos ser sociáveis, mas precisamos lutar para que nosso comportamento influencie as pessoas com o caráter de Cristo, e não permitir que sejamos influenciados a ponto de desfigurar nosso testemunho. “Jesus respondeu: ‘Não deixem que ninguém os engane.’” Mateus 24:4 (NVT).

Ser um influenciador dos princípios da Palavra de Deus é uma missão nobre e significativa. Ao viver de acordo com esses princípios, você pode impactar positivamente a vida das pessoas ao seu redor. Lembre-se de que Deus honra aqueles que permanecem fiéis a Ele e aos Seus ensinamentos. Continue firme na fé e seja uma luz para os outros!

Que a graça e a paz estejam com vocês, da parte daquele que é, que era e que há de vir.               

Pr. Décio Fonseca

 

FUGIR, IGNORAR OU ENFRENTAR?

“Pois sua ira dura apenas um instante, mas seu favor, a vida inteira! O choro pode durar toda a noite, mas a alegria vem com o amanhecer.” Salmos 30:5 (NVT)

Nada nos aflige mais do que enfrentar problemas que parecem intransponíveis aos nossos olhos; quando nossas lutas e desafios parecem grandes demais, nossas poucas forças não são páreo para eles, e a tempestade é tão forte que nosso pequeno barco parece naufragar. São momentos em que uma mente inquieta nos enfraquece ao ponto da paralisia. Situações onde não sabemos o que fazer, onde não conseguimos ver a luz no fim do túnel.

Com certeza, todos já passamos por esses momentos aflitivos. Até Jesus, ciente de Sua missão e do projeto que estava por cumprir, passou por momentos de profunda inquietação, manifestando-se da seguinte forma: “Meu Pai! Se for possível, afasta de mim este cálice. Contudo, que seja feita a tua vontade, e não a minha.” Mateus 26:39 (NVT).

Nosso conforto está na promessa de que Deus não nos sobrecarregará com provações insuportáveis. Ele sempre nos dará força para enfrentar o que vier. As tentações em nossa vida não são diferentes daquelas que outros enfrentaram. Deus é fiel e não permitirá tentações maiores do que podemos suportar. Quando formos tentados, Ele mostrará uma saída para que possamos resistir. (1 Coríntios 10:13).

Além disso, no fim, todos têm o mesmo destino, seja a pessoa justa ou perversa, boa ou má, cerimonialmente pura ou impura, religiosa ou não. Ocorre o mesmo à pessoa de bem e ao pecador; aquele que faz promessas a Deus é tratado como o que teme fazê-lo. (Eclesiastes 9:2). NVT.  Sabemos que a experiência do sofrimento é compartilhada por todos nós, e não estamos sozinhos em nossas lutas.

Mas, então, diante de situações complexas como essas, o que devemos fazer? Qual caminho devemos seguir? Seria sábio fugir da situação ou apenas ignorá-la, esperando que se resolva sozinha? Uma coisa é certa: toda situação complexa não evapora simplesmente porque não temos a solução; na verdade, é bem provável que ela cresça se não for enfrentada com sabedoria e determinação.

A Bíblia nos apresenta uma solução que sempre funciona nesses momentos; entregue seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele o ajudará. (Salmos 37:5). Em vez de fugir ou ignorar, podemos entregar nossas preocupações e decisões a Deus. Isso envolve confiar que Ele está no controle e tem um plano para toda e qualquer situação.  A confiança em Deus nos dá coragem para enfrentar desafios. Sabemos que Ele está ao nosso lado, mesmo quando não vemos uma solução imediata. Entregar aqui, não significa ausência de ação. Devemos orar e agir com sabedoria, buscando orientação e tomando decisões com base na fé.

Nosso Deus nunca nos deixará sem respostas. A melhor coisa a fazer é buscar refúgio no Senhor, em vez de confiar no homem. Quando enfrentamos desafios, confiar em Deus é nossa âncora. Ele nos guia e sustenta, mesmo quando não compreendemos completamente. O Senhor não nos abandonará. Ele jamais abandona quem nEle confia. “É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar em pessoas.” Salmos 118:8 (NVT).

Às vezes, carregamos fardos pesados e enfrentamos desafios que parecem insuperáveis. A fé nos ensina que Deus está conosco em nossas lutas, mas também sabemos que o tempo e o propósito divino nem sempre são imediatamente claros para nós. Há, porém, um convite de Jesus para que, quando nos sentirmos assim, busquemos a Ele. Se estamos cansados ou sobrecarregados, Ele se apresenta como o nosso descanso. Ele nos chama a tomar o Seu jugo e a aprender dEle, que é manso e humilde de coração, para que possamos encontrar descanso para nossas almas. O jugo de Jesus é suave e o Seu fardo é leve (Mateus 11:28-30).

Portanto, se momentos de dificuldades surgirem, é essencial lembrar que Deus está sempre ao nosso lado, oferecendo força e orientação. Confiar nEle nos dá a coragem necessária para enfrentar qualquer desafio, sabendo que nunca estamos sozinhos. Buscar refúgio no Senhor e seguir Seus ensinamentos nos proporciona paz e descanso, mesmo nas situações mais complexas. Afinal, aqueles que esperam no Senhor renovarão suas forças e encontrarão o caminho para superar qualquer obstáculo.

Que a graça e a paz estejam com vocês, da parte daquele que é, que era e que há de vir.               

Pr. Décio Fonseca

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