O DEUS ÚNICO
"Eu sou o Senhor, e não há nenhum outro; além de
mim não há Deus. Eu o fortalecerei, ainda que você não tenha me admitido"
(Isaías 45:5, NVI).
A Bíblia parte do princípio da existência de Deus sem
oferecer argumentos filosóficos ou científicos para prová-la, pois Ele Se
revela diretamente em Suas páginas. Diferente do pensamento humano, que busca
evidências racionais, a Escritura afirma a realidade de Deus como um fato
absoluto. Somente os insensatos e rebeldes ousam negar Sua existência, como
declara o salmista: "Diz o tolo em seu coração: 'Deus não
existe" (Salmo 14:1, NVI). Essa negação não é uma questão
meramente intelectual, mas um reflexo da corrupção do coração humano.
Desde os tempos antigos, Deus Se revelou como o único e
verdadeiro Senhor, diferenciando-Se dos falsos deuses das nações. Enquanto as
culturas vizinhas adoravam múltiplas divindades, o Senhor afirmou: "Ouve,
ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor" (Deuteronômio
6:4, NVI). Essa verdade deveria ser um testemunho ao mundo, mostrando Seu
domínio absoluto sobre a criação e a história. Ele declara: "Eu sou
o único, eu mesmo. Não há outro Deus além de mim" (Deuteronômio
32:39, NVI).
A idolatria não era apenas um equívoco arrastado pela
cultura, mas uma rejeição deliberada da revelação de Deus. Enquanto os ídolos
eram meras criações humanas, incapazes de agir ou responder, o Senhor é o Deus
vivo e verdadeiro: "Mas o Senhor é o Deus verdadeiro; ele é o Deus
vivo, o Rei eterno" (Jeremias 10:10, NVI). Paulo adverte que a
idolatria não se trata apenas de superstição, mas de envolvimento com forças
malignas: "Não quero que vocês tenham comunhão com os demônios"
(1 Coríntios 10:20, NVI). Dessa forma, a adoração a ídolos não apenas
afastava as pessoas de Deus, mas as conduzia ao engano e à perdição.
A Bíblia apresenta Deus como Aquele que existe por Si mesmo,
sem princípio nem fim. Esse conceito de autoexistência é revelado quando o
Senhor declara a Moisés: "Eu Sou o que Sou" (Êxodo
3:14, NVI), destacando Sua eternidade e imutabilidade. O salmista reafirma: "Antes
que os montes nascessem e que formasses a terra e o mundo, de eternidade a
eternidade, tu és Deus" (Salmo 90:2, NVI). Diferente de tudo o que
foi criado, Ele não está sujeito ao tempo nem a limitações, sendo a fonte de
toda a realidade e sustentando todas as coisas com Seu poder.
No Novo Testamento, essa mesma verdade é reafirmada e
aprofundada, especialmente em relação a Cristo. João inicia seu Evangelho
descrevendo a eternidade e a divindade de Jesus: "No princípio era o
Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio
com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi
feito se fez" (João 1:1-3, NVI). Essa passagem não apenas reforça
a existência de Deus, mas revela que Cristo, como o Verbo eterno, participou
ativamente da criação.
Além disso, a própria criação dá testemunho da existência de
Deus. Paulo ensina que os atributos invisíveis do Senhor podem ser percebidos
na ordem e na beleza do universo: "Pois desde a criação do mundo os
atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido
vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de modo que
tais pessoas são indesculpáveis" (Romanos 1:20, NVI). Essa
evidência da criação elimina qualquer desculpa para a incredulidade. O apóstolo
também declara que toda a vida depende de Deus: "Pois nele vivemos,
nos movemos e existimos" (Atos 17:28, NVI). Sem a presença
e o sustento divino, nada poderia continuar a existir.
Cristo, como Deus encarnado, também é descrito como eterno e
soberano. Colossenses 1:15 apresenta Jesus como "a imagem do Deus
invisível, o primogênito de toda a criação", destacando Sua
preexistência e autoridade sobre todas as coisas. No Apocalipse, Ele Se revela
como "o Alfa e o Ômega, aquele que é, que era e que há de vir"
(Apocalipse 1:8, NVI), reafirmando Sua eternidade. O autor de Hebreus
acrescenta: "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre"
(Hebreus 13:8, NVI). Essas passagens mostram que a natureza divina de Cristo é
inseparável da eternidade de Deus.
A revelação de Deus como eterno e autoexistente se conecta
diretamente ao Seu papel como Criador e Sustentador do universo. Ele não apenas
trouxe todas as coisas à existência, mas continua governando e preservando Sua
criação. Como está escrito: "Antes de nascerem os montes e de
criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus"
(Salmo 90:2, NVI). Saber que Deus é eterno e soberano nos dá confiança para
depositar nossa fé Nele e viver para Sua glória.
Diante dessa realidade, a única resposta adequada é a
adoração e a entrega total ao Senhor. O apóstolo Paulo expressa essa verdade ao
declarar: "Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele
seja a glória para sempre! Amém" (Romanos 11:36, NVI).
Reconhecer a existência e a supremacia de Deus nos convida a
abandonar toda idolatria e confiar plenamente Naquele que é, que era e que há
de vir. Ele é o único Deus verdadeiro, digno de toda honra, louvor e submissão.
Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça
e paz.
Pr. Décio Fonseca
09_dom_fev_25
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