DA DÚVIDA À REVELAÇÃO DIVINA
“Certamente Deus é bom para Israel, para os que têm coração puro.” Salmos 73:1 NVT
Amados irmãos e irmãs em Cristo, vocês já se questionaram por que algumas pessoas gozam de saúde física e emocional enquanto outras não? Por que os ímpios parecem prosperar enquanto enfrentamos desafios financeiros? Ou ainda, por que Deus, em Sua infinita justiça, permite que o justo sofra e seja afligido enquanto o ímpio parece prosperar? Tranquilizem seus corações, pois tais indagações são comuns em nossa jornada espiritual. Vamos, então, examinar a postura de Asafe diante deste complexo dilema. Uma crise pessoal que fica claramente evidenciada no capítulo 73 do livro dos Salmos.
Asafe era levita e um dos líderes da música no templo, na época de Davi. Ele se deparou com esse dilema ao abordar a seguinte matéria: vida tranquila dos perversos versus dor e aflição do justo.
No capítulo 73 do livro dos Salmos, ele faz as seguintes indagações retóricas: "Foi a toa que mantive o coração puro? Foi em vão que agi de modo íntegro?" Ele formula essas perguntas não esperando uma resposta, mas sim para enfatizar um ponto, provocar uma reflexão ou, talvez, destacar uma ideia ou opinião.
A luta do salmista assemelha-se à de Jó: Por que Deus sendo um Deus justo em suas decisões permitiria a prosperidade do ímpio em detrimento da aflição daquele que é justo? Há um conflito interior vivenciado pelo escritor, marcado por diversos questionamentos. Todavia, ele inicia o capítulo declarando que "Deus é bom para com aqueles que têm o coração puro," afirmação que, certamente, advém de sua experiência com os cuidados de seu Deus. Spurgeon diz que por mais desorientado e confuso que estejamos, nunca devemos permitir que nosso pensamento com relação ao nosso Deus seja denegrido nem que a nossa fé seja abalada. (Spurgeon, Charles H. Os tesouros de Davi, vol 2. Rio de Janeiro.)
Ao abrir seu coração, Asafe compartilha sua angústia, confessando que quase tropeçou e esteve à beira de um abismo devido a este questionamento que o importunava(v.2). Ele sentiu inveja dos orgulhosos, sentiu-se tentado e, ao observar os arrogantes, permitiu que a dúvida sobre o que Deus poderia fazer por ele se infiltrasse em seu coração. Indagava: Como poderia ser isso merecido? Aqueles escarnecedores a quem ele observava eram ricos e poderosos, populares e, aparentemente, felizes, enquanto os justos sofriam e eram afligidos. Ele inclusive menciona que tentou compreender por que tais pessoas prosperavam, mas para ele essa tarefa era extremamente desafiadora. (v.16)
Não seríamos sinceros se empregássemos, nesse momento, qualquer critério de avaliação com a intenção de julgar a postura crítica do salmista ao comparar sua existência à vida de pessoas ímpias, pois, inevitavelmente, tal pensamento já ocupou nossas mentes em algum instante de nossa caminhada. Entendemos, contudo, que ele avaliou a vida apenas pelas aparências externas, por isso, sentir-se injustiçado era uma reação natural para ele.
De maneira notável, como se seus olhos se abrissem e sua mente fosse iluminada por uma luz intensa, Asafe começou, a partir do verso 17, enxergar a realidade de uma forma completamente nova.
A névoa da dúvida e da confusão se dissipou, dando lugar a uma clareza cristalina quando ele encontrou a resposta que tanto buscava em um lugar muito especial: "Então entrei no teu santuário, ò Deus, e por fim entendi o destino deles" Salmos 73:17. NVT. Não que ele tenha esquecido de toda a situação, mas a luz do propósito divino começou a agir, trazendo clareza e compreensão. Aquela foi uma revelação pura e irrefutável, emanada da eternidade, diretamente do santuário de Deus, destinada a pacificar um coração angustiado.
Quando ele se desvincula do ambiente terreno e entra no tempo de Deus, percebe que a dificuldade residia nele mesmo. Ele chega à compreensão de que a prosperidade dos ímpios era efêmera, semelhante a um castelo de areia à beira-mar, destinado a ser arrastado pela maré do tempo. Por outro lado, a riqueza dos justos, embora nem sempre evidente aos olhos do mundo, era eterna e inabalável. Foi-lhe revelado pelo Espírito que, mesmo em sua pobreza e adversidade, ele possuía a única coisa que realmente importava, algo do qual os perversos não desfrutavam: a presença de Deus em sua vida.(v. 23)
Em comparação com tudo o que as outras pessoas consideradas ímpias possuíam, estar com Deus, ser por Ele orientado, guiado e amado, era o tesouro inestimável que ele detinha. Nas palavras de Purkiser: "A prosperidade dos ímpios era um sonho, a presença de Deus uma realidade" (Purkiser, W. T. "O Livro dos Salmos". P. 233).
Assim como o Espírito Santo de Deus guiou Asafe a esse entendimento, o mesmo Espírito tem nos conduzido, hoje, por essa mesma trajetória. Mesmo diante dos conflitos perturbadores que às vezes invadem nossas mentes, sabemos que a verdadeira riqueza não se encontra na abundância de bens materiais, mas na presença constante e no amor incondicional de Deus; que embora os justos possam sofrer e ser afligidos neste mundo, eles são e sempre serão amados e cuidados por Deus. E mesmo que minha saúde acabe e meu espírito fraqueje o meu Deus continuará sendo a força de meu coração e a minha possessão para sempre. (v. 26)
Com essa nova perspectiva podemos encontrar, assim como o salmista encontrou, a paz e a resposta que buscamos. Nossas experiências nos conduziram a depositar nossa confiança em Deus, mesmo nos momentos mais desafiadores, e a encontrar alegria e contentamento na Sua presença. E assim, iluminados pela luz da verdade, prossigamos em nossa jornada, fortalecidos em nossa fé e renovados em nosso espírito, para então proclamarmos alto e bom som: “Como é bom estar perto de Deus! Fiz do Senhor Soberano meu refúgio e anunciarei a todos tuas maravilhas” Salmos 73:28 NVT
Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.
Pr. Decio Fonseca
Eu confio em ti Senhor mesmo quando tudo não vai bem
ResponderExcluirE a esperança fugir eu olharei só pra ti
Acalma o meu coração, segura minha mão
E me faz um vencedor, sim me faz um vencedor
Porque nunca se ouviu e nunca se viu
Um Deus além de ti
E eu aprendi a confiar no Deus provedor que não falhará
Rocha inabalável, meu abrigo e bom pastor
Socorro bem presente mesmo na tristeza e dor
Eu confio em ti Senhor
Eu confio em ti Senhor
Jesus
Eu confio em ti Senhor
Meu caminho ponho em teu altar
Tua voz eu quero ouvir
Tua presença sim quero sentir
Ensina-me a caminhar e a ti honrar Senhor
E me faz um vencedor
Sim me faz um vencedor
Porque nunca se ouviu e nunca se viu
Um Deus além de ti
E eu aprendi a confiar no Deus provedor que não falhará
Acalma meu coração
Segura minha mão
E me faz um vencedor
Sim me faz um vencedor
Abrigo seguro Jesus
Amém meu irmão
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