PLANTADOS PELO SENHOR

“Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.” Salmos 1:3 ACF

A bem-aventurança é um estado de ser que vai além da felicidade momentânea ou do prazer passageiro. Ela está relacionada a uma sensação de contentamento profundo e duradouro, que vai além das circunstâncias externas. É uma felicidade que não depende de conquistas materiais, status social ou sucesso profissional, mas sim de uma conexão interior e espiritual. A bem-aventurança é um termo que tem origem no latim “beatus” e “ventura”, que significa “bem-aventurado” ou “feliz”.  (https://www.soescola.com/glossario/bem-aventuranca-o-que-e-significado#gsc.tab=0)

Há um conceito, amplamente difundido pela Palavra de Deus, que associa a bem-aventurança ao comprometimento do cristão em cumprir os mandamentos estabelecidos pelos preceitos do Senhor, resultando na realização de todos os Seus planos e objetivos na vida deste servo. “Mas busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas.” Mateus 6:33 NAA

A alegria que nos importa não se manifesta externamente, mas buscamos e desejamos àquela que traz descanso e pleno gozo à nossa alma. Este bem maior é alcançado quando nos deleitamos na Lei do Senhor e nela meditamos dia e noite. (Salmos 1:2). Como resultado de referida busca, o salmista elenca benefícios que alcançam aqueles que são bem-aventurados.

a) “ele é como árvore plantada” - Ser bem-aventurado é ser plantado carinhosamente pelo Senhor. Diferentemente das árvores que nascem na natureza, cujas sementes são transportadas por pássaros e ventos, sem saber onde vão cair, nós somos plantados e cuidados pelo Senhor, que prepara um terreno fértil para o nosso desenvolvimento. Somos escolhidos cuidadosamente pelo Senhor que nos considera como Sua propriedade exclusiva. E assim Ele cuida, cultiva e preserva-nos da ceifa final.  “Toda planta que meu Pai celeste não plantou será arrancada. Mateus 15:13 NAA

b) “junto a ribeiros de águas” - Ser feliz é estar junto a ribeiros de águas. A provisão aqui está no plural “ribeiros”. A água é como o abraço da natureza para as plantas. Água transporta nutrientes, como mensageira fiel, entregando vitaminas e minerais às células da planta. Segundo Spurgeon mesmo que um ribeiro venha a falhar, ela terá outro para lhe prover. São estes os rios do perdão e os rios da graça, os rios da comunhão com Cristo, todos fontes de suprimento que nunca faltam. (Spurgeon, Tesouros de Davi, Vol. I, p.20)

c) “a qual dá o seu fruto no seu tempo;” – Ser bem-aventurado é viver e frutificar no tempo de Deus. É ser paciente e saber esperar no Senhor. É exercitar a fé nos dias de provação e se alegrar nos momentos de felicidade. É estar em sintonia com os ritmos naturais e temporais. É reconhecer que tudo tem seu momento certo. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” Eclesiastes 3:1 NAA

d) “as suas folhas não cairão” – essa alegria em buscar o Senhor nos transmite, energia, equilíbrio e beleza provenientes do trono da graça do nosso Deus. É não perdermos a beleza nem a nossa fecundidade. A beleza da árvore está em sua folhagem. Portanto, quando desejamos que a beleza de Cristo se manifeste em nós, estamos buscando refletir Seu amor, pureza e caráter.  Assim como as folhas protegem a planta, cobrem os galhos e os brotos, como um abraço gentil e também servem de escudo contra chuva forte, ventos e até predadores assim também o Senhor preserva nossa folhagem.

e) “e tudo quanto fizer prosperará” – quando nos deleitamos no Senhor, enxergarmos com os olhos da fé através dos quais percebemos que nossas obras prosperam mesmo quando tudo parece ir contra nós. É acreditar que, apesar das adversidades, há um propósito maior guiando nossos passos e que, com perseverança e confiança, alcançaremos a plenitude e a realização de um projeto que Deus tem estabelecido para cada um de nós.

Ser bem-aventurado é entender que mesmo na adversidade há prosperidade. Muitas vezes, é para a saúde da alma que enfrentamos a pobreza, o luto e a perseguição. Essas experiências, embora dolorosas, nos fortalecem e nos ensinam lições valiosas sobre resiliência, compaixão e humildade. Elas nos lembram que a verdadeira alegria não está apenas nas riquezas materiais, mas na capacidade de encontrar paz e crescimento espiritual em meio às dificuldades. Assim, cada desafio se torna uma oportunidade de amadurecimento e de aproximação com nosso propósito maior.

Por tudo isso, a vida dos servos e servas do Senhor é próspera; é bem-aventurada, pois entendemos que Deus faz todas as coisas cooperarem para o nosso bem. Sabemos que Aquele que nos ama de forma incondicional nos chamou de acordo com Seu propósito, para a honra e glória de Seu nome.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

OLIMPÍADA ESPIRITUAL

Portanto, uma vez que estamos rodeados de tão grande multidão de testemunhas, livremo-nos de todo peso que nos torna vagarosos e do pecado que nos atrapalha, e corramos com perseverança a corrida que foi posta diante de nós. Mantenhamos o olhar firme em Jesus, o líder e aperfeiçoador de nossa fé. Por causa da alegria que o esperava, ele suportou a cruz sem se importar com a vergonha. Agora ele está sentado no lugar de honra à direita do trono de Deus.” Hebreus 12: 1-2 NVT

A olimpíada de Paris chegou ao seu final com glória para alguns e tristeza para outros. Para alguns atletas, medalhas penduradas no peito, lágrimas de alegria e a sensação de que todo o esforço valeu a pena. Mas também houve tristeza para aqueles que chegaram tão perto, mas não conseguiram subir ao pódio. Corações apertados, lágrimas de frustração e a promessa de que, na próxima vez, será diferente. Porque o esporte é assim: uma mistura de glória e desafio, vitórias e derrotas.

Há, porém, uma grande diferença entre a olimpíada mencionada acima, que acontece a cada quatro anos, e a jornada espiritual que todos empreendemos: a nossa ocorre rigorosamente todos os dias. Quando Jesus se apresenta como o Caminho, entendemos que este Caminho é seguro. Nele vivemos, somos sustentados e preservados, e nEle estaremos até o fim. Corremos rumo ao nosso lar celestial, sabendo que temos obstáculos a vencer, orientações a seguir e ordens a obedecer.

A primeira orientação que o escritor sagrado nos transmite é: “livremo-nos de todo peso que nos torna vagarosos e do pecado que nos atrapalha,” – quando um atleta chega à pista de corridas, ele não leva consigo qualquer bagagem que possa roubar segundos dele. Ele deve eliminar qualquer peso que possa prejudicar seu desempenho. No nosso caso, há coisas que devem ser retiradas de nós a fim de podermos correr com perseverança a maratona espiritual que nos está proposta: o que o mundo pode nos oferecer de atrativos; ira, raiva, maldade, maledicência e linguagem obscena, Paulo escreve e diz que é hora de nos livrarmos dessas coisas. (Colossenses 3:8). Todas elas são para nós como um excesso de peso, tornando-nos vagarosos. Devemos abandona-las para perseverar na jornada que temos pela frente.

Dentre os obstáculos, o pecado é o principal deles –  e do pecado que nos atrapalha” – em sua essência o pecado é maligno. Nas palavras de Hernandes: “ele é doce ao paladar, mas amargo no estômago; promete prazeres, mas produz tormento; promete liberdade, mas escraviza; promete vida, mas acaba matando.” O pecado é incompatível com a fluidez de nossa jornada. (Lopes, Hernandes Dias, Comentário Expositivo do Novo Testamento, p.205)

Nesta caminhada, somos orientados como devemos correr: “com perseverança” – a palavra grega traduzida por “perseverança” é hypomone. Esta palavra transmite a ideia de paciência triunfante. É uma perseverança que nos impulsiona a seguir em frente, apesar das dificuldades, certos de que nosso final será vitorioso. Muitos obstáculos surgem em nosso percurso. Oposições se levantam com o intuito de nos cansar e desanimar. Precisamos estar determinados a continuar; nada deve nos parar.

Para quem devemos olhar nessa corrida? Jesus é nosso maior exemplo, pois Ele já venceu esta corrida. “Mantenhamos o olhar firme em Jesus.” Este é o conselho do escritor da carta aos Hebreus. Jesus enfrentou a humilhação, a vergonha, a oposição do Seu povo e a morte de cruz, O fazendo pela alegria de nos alcançar com salvação. “Ele foi oprimido e humilhado, mas não disse uma só palavra. Foi levado como cordeiro para o matadouro; como ovelha muda diante dos tosquiadores, não abriu a boca.” Isaías 53:7 NVT. Quando entendemos o quanto Jesus sofreu, o que Ele enfrentou e as situações que suportou por nós, nossos problemas se tornam mais fáceis de suportar, e ganhamos a capacidade de prosseguir em nossa corrida. Tudo Ele fez sem se importar com a vergonha.

Jesus venceu esta corrida e neste exato momento está sentado no lugar de honra, à direita do trono de Deus. Ele abriu um novo e vivo caminho para cada um de nós na cruz do Calvário. Façamos esta corrida com perseverança e disciplina, sem nos deixarmos vencer pelo desânimo. Assim, permaneceremos na graça de Deus, olhando para o alto, pois de lá vem a nossa salvação, mantendo em mente as coisas que são lá de cima.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

O FUTURO A DEUS PERTENCE

“Aliás, como é possível evitar o que não se sabe que acontecerá? Ninguém pode impedir o próprio espírito de partir. Ninguém é capaz de evitar o dia de sua morte; não há como fugir dessa batalha. E, diante da morte, a maldade certamente não livrará o perverso.” Eclesiastes 8:7-8 NVT

Você já se pegou imaginando como seria espiar um vislumbre do que está por vir? A verdade é que não temos controle absoluto sobre o futuro. Ele permanece como um mistério, repleto de possibilidades e surpresas. O futuro é como um livro ainda não escrito, e cada dia que vivemos adiciona uma nova página. Nossa única alavanca de influência é o presente: as escolhas e atitudes que moldamos hoje ecoarão no que está por vir. A incerteza pode ser desafiadora, mas também é o que nos mantém curiosos e esperançosos. Às vezes, penso que se pudéssemos espiar um vislumbre do futuro, seria como abrir um presente antes da hora – perderíamos a surpresa e a emoção da descoberta.

A Bíblia oferece muitos ensinamentos reconfortantes sobre confiar no plano divino e descansar na certeza de que Deus está no controle, inclusive do nosso futuro. Ela nos oferece orientação sobre como viver nossas vidas no presente, para que estejamos preparados para o que está por vir. “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie no seu próprio entendimento. Reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas." Provérbios 3:5-6 NAA.  O sábio escritor nos lembra que, embora não possamos prever exatamente o que o futuro nos reserva, podemos confiar que Deus está ao nosso lado, guiando-nos e cuidando de nós, especialmente nos momentos difíceis.

O que é certo é que as nossas vidas não nos pertencem; não podemos planejar nossa própria jornada. Não podemos prever exatamente o que acontecerá, mas podemos certamente confiar que Deus está no controle e cuidará de nós, agora e no futuro. “Não fiquem preocupados com coisa alguma, mas, em tudo, sejam conhecidos diante de Deus os pedidos de vocês, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus." Filipenses 4:6-7 NAA

Jesus nos lembra da importância de viver o presente e confiar que Deus cuidará do nosso futuro. Não devemos nos preocupar muito com o amanhã. Às vezes, as nossas preocupações sobre o amanhã podem sobrecarregar-nos, mas esta orientação chama-nos a concentrarmo-nos no que está ao nosso alcance hoje. “Portanto, não se preocupem com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” Mateus 6:34 NAA. Nossa vida é como a neblina passageira, e devemos estar abertos à vontade de Deus: "Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo." Tiago 4:15-16 NAA

Neste contexto, pode surgir a questão: não deveríamos então fazer planos para o futuro? Fazer planos para o futuro é uma parte natural da nossa jornada. A orientação de Jesus sobre não nos preocuparmos com o amanhã não significa que devemos viver sem rumo ou ignorar a importância do planejamento. Fazer planos é sábio, desde que não nos tornemos escravos deles. Devemos ter em mente que o Senhor é a nossa herança e o nosso cálice; Ele tem sustentado a nossa sorte (Salmos 16:5). Deus é nossa segurança e provisão, cuidando do nosso destino. Perceber que a nossa vida está nas mãos de Deus é essencial. Planejar nossas finanças, educação, carreira e relacionamentos é responsável e necessário. Deus nos deu a capacidade de pensar e tomar decisões.

A carreira da vida cristã não é uma escolha nossa. Foi proposta para nós pelo próprio Deus. Saber que Deus tem planos para cada um de nós nos traz segurança: "Eu é que sei que pensamentos tenho a respeito de vocês, diz o Senhor. São pensamentos de paz e não de mal, para dar-lhes um futuro e uma esperança." Jeremias 29:11 NAA. Mesmo em meio às dificuldades, podemos acreditar que Deus age com a intenção de trabalhar para o bem daqueles que o amam, daqueles que foram chamados segundo o seu propósito. (Romanos 8:28)

O apostolo Paulo nos lembra da importância de deixar para trás o peso das experiências passadas e olhar com esperança para o futuro. Devemos tirar os olhos das coisas que estão perto e desviam a nossa atenção e, conscientemente, fixar os olhos em Jesus, o nosso grande alvo. Assim como um corredor focado no prêmio, devemos manter nossos olhos no alvo celestial, que é a comunhão com Deus por meio de Cristo Jesus. “...esquecendo-me das coisas que ficam para trás e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Filipenses 3:13-14 NAA

Em resumo, a Bíblia nos convida a confiar em Deus, viver com propósito e manter nossos olhos fixos na esperança que está à nossa frente. Seja qual for o futuro, sabemos que estamos nas mãos amorosas do Criador.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

CAMINHO DOS JUSTOS

“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Provérbios 4:18 NAA

O conceito de justiça é multifacetado e está presente em diversos campos como o direito, a filosofia e a ética. Da perspectiva de Deus, ser justo é ser declarado justo e ser reconciliado com Ele; é receber Sua graça. A justificação que nos chega é um dom gratuito que nos conduz à vida eterna. Nossa justificação é um ato de fé. Um dia fomos lavados, santificados e justificados em Jesus e no Espírito do nosso Deus. 

A vida de quem pratica a Justiça é preciosa para Deus, porque Ele é Justo. “Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, bondoso em todas as suas obras.” Salmos 145:17 NAA

Quando o pecado entrou no mundo, decaímos da graça de Deus, e nossas obras de justiça foram comparadas a trapos imundos, como declara Isaías (Isaías 64:6). Para alguns, o valor que Deus atribui à justiça humana face à decadência da humanidade pode parecer incoerência. Em face desta realidade, como poderemos nós, que somos maus e pecadores e tendo sido nossa justiça tão contaminada e comparada à coisas desprezíveis, nos aproximarmos perante um Deus que é Santo e Justo? Se Deus odeia a injustiça como poderia Ele nos ver e nos atender? A resposta a essa questão não está contida em nossa justiça que é falha e decadente, mas sim na justificação que, através do sacrifício de Cristo Jesus, é oferecida a cada um de nós. E isto é glorioso.

Ao olhar para o mundo Deus não encontra um justo sequer, assim declara o apóstolo Paulo (Romanos 3:10), esta é a atual situação da humanidade. Porém Jesus veio para operar um milagre em nossas vidas: transformar o injusto no justo. E este é um processo impossível a partir daquele que está em estado de injustiça.

A vida humana é marcada por erros, culpas e imperfeições. Todos nós carregamos o peso de nossas transgressões passadas, e muitas vezes nos envergonhamos daquilo que fizemos ou deixamos de fazer. No entanto, há uma mensagem de esperança e redenção que brilha como uma luz no meio das trevas: Cristo Jesus, nosso Amoroso Advogado.

O que nos traz conforto é saber que a solução para este grave problema que nos afeta, o problema da justiça ineficaz, está no sacrifício de Jesus. Através deste ato de amor, Jesus redimiu todos os que se arrependeram da sua justiça punitiva e O confessaram como Senhor. Neste exato momento Ele é está no céu, assumindo a posição de nosso Advogado, pronto para nos defender da condenação que pesa sobre nós e para nos tornar justos diante de Deus! “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Mas, se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.” 1 João 2:1 NAA

A partir dessa compreensão, a luz do Senhor começa a brilhar em nós. Pela poderosa Palavra de Deus, nos tornamos luz do mundo, e por meio de nossas boas obras, irradiamos essa luz para que todos vejam e louvem nosso Pai Celestial. Como o sol que brilha cada vez mais até atingir seu ápice ao meio-dia, nós, uma vez justificados e iluminados, crescemos na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, até alcançarmos o “dia perfeito”.

O “Dia Perfeito” mencionado é o momento em que estaremos completamente transformados, livres de toda mancha e imperfeição. À medida que crescemos na graça e no conhecimento de Cristo, nos aproximamos desse dia, quando seremos como Ele.  “Amados, agora somos filhos de Deus, mas ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.” 1 João 3:2 NAA.

Há um chamado do Senhor para não carregarmos mais o peso dos nossos pecados passados. Aceitamos o amor e a justificação oferecida por Cristo Jesus, o único capaz de transformar a nossa vida e fazer dela um “Dia Perfeito”, a medida em que confiamos Nele e vivemos segundo a Sua boa e perfeita vontade.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

DEUS NÃO PODE

“Essa verdade lhes dá a esperança da vida eterna que Deus, aquele que não mente, prometeu antes dos tempos eternos.” Tito 1:2 NVT

A onipotência de Deus é um atributo fundamental de nossa crença. Ela se refere ao poder absoluto e ilimitado de Deus, que é capaz de fazer tudo o que deseja e governa sobre todas as coisas. Quando pensamos na onipotência divina, estamos contemplando um Deus cujo poder transcende nossa compreensão humana. A onipotência de Deus se manifesta na criação, nos milagres, na soberania sobre o universo e na resposta às nossas orações. É um atributo incomunicável, exclusivo de Deus, que não compartilha com ninguém mais. Portanto, quando pensamos na grandiosidade de Deus, lembramos que nada é impossível para Ele. Porém, existe algo que Deus não pode fazer: mentir.

Nosso Deus é descrito como o verdadeiro Deus. “Em tuas mãos entrego meu espírito; Tu me redimiste, ó Senhor Deus da verdade." Salmos 31:5 NAA. A essência de Deus é intrinsecamente verdadeira e imutável; Ele se apresentou em Jesus como o caminho, a verdade e a vida. Deus não pode mentir, e isso não seria uma limitação imposta a Deus, mas uma característica de um Ser que é perfeito "Escrevo na esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes da eternidade.” Tito 1:2 NAA. Nosso Deus é Santo e Justo. A mentira é contrária ao Seu caráter. A mentira é uma afronta à Sua verdade infinita.

Tudo o que provém de Deus é verdadeiro, infalível e absolutamente confiável. “Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.” Hebreus 10:23 NAA. Ao ser enviado pelo Pai, Jesus veio para destruir as obras do inimigo e nos mostrar a verdade. “conhecerão a verdade, e a verdade os libertará.” João 8:32 NAA.

Portanto, a impossibilidade de Deus mentir é uma expressão de Sua perfeição e amor por nós. Ele é o alicerce da verdade, e Sua fidelidade é inabalável.

A Verdade é um valor absoluto para Deus. Deus se impossibilitou de mentir ou de fazer coisas que são contra os seus princípios. “Ele fez isso para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, nós, que já corremos para o refúgio, tenhamos forte alento, para tomar posse da esperança que nos foi proposta.” Hebreus 6:18 NAA

Deus nos deu a promessa de vida através de Jesus e dessa forma, descansamos nEle. Deus é imutável em Sua natureza e caráter. Ele não muda e Sua palavra é firme e verdadeira. Sabemos que Suas promessas e Seu juramento são absolutamente confiáveis. A verdade é um dos atributos básicos de Deus e Sua fidelidade é inabalável.

Deus não é como os seres humanos que podem falhar ou mudar de ideia. Ele é fiel às suas promessas e cumpre o que diz. Mesmo que o homem não cumpra o que prometeu, Deus nunca o faz. Ele nunca comete erros, não consegue mentir e nunca deixa escapar Sua palavra. Portanto, podemos confiar nas promessas de Deus com a confiança de que Ele as cumprirá. Ele é o fundamento da verdade e Sua fidelidade é a nossa garantia.

Quando Ele promete ser nosso refúgio e esperança, certamente encontramos segurança e conforto. Nele, nossas almas encontram descanso. Esta garantia nos dá força e nos encoraja a enfrentar os contratempos da vida. Sabemos que Deus é fiel; que Sua esperança é fiel.  “Ele é a Rocha, e suas obras são perfeitas; tudo que ele faz é certo. É um Deus fiel, que nunca erra, é justo e verdadeiro!” Deuteronômio 32:4 NVT

Quando Deus nos promete vida eterna por meio de Cristo Jesus, Ele não apenas cumpre essa promessa, mas também a torna uma realidade transformadora. A vida eterna não é apenas uma esperança distante; é uma certeza baseada na obra redentora de Jesus na cruz. Essa é uma das maiores dádivas que podemos receber. A vida eterna não é apenas uma extensão infinita do tempo; é uma qualidade de vida em comunhão com Deus, livre de dor, tristeza e separação. É a esperança que nos sustenta, mesmo nas dificuldades deste mundo.

Com absoluta precisão! Deus, em Sua fidelidade inabalável, é o alicerce da verdade e a fonte de esperança que transcende todas as circunstâncias. Quando nos ancoramos nEle, encontramos segurança e confiança para enfrentar os desafios da vida.

Então, que possamos continuar buscando essa intimidade com o Deus fiel, sabendo que Sua verdade é nossa âncora e Sua esperança é nossa força.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

A ALEGRIA NO SENHOR

“É imensa a minha alegria no Senhor, meu Deus! Pois ele me vestiu com roupas de salvação e pôs sobre mim um manto de justiça. Sou como o noivo com suas vestes de casamento, como a noiva com suas joias.” Isaías 61:10 NVT

A alegria é uma das muitas emoções que o ser humano vivencia nesta vida, junto com o medo, a raiva, a surpresa e a tristeza, entre outros sentimentos expressos pela alma. Envolve-nos em momentos de riso, gratidão e conexão com os outros. Quando sentimos alegria, nossos corações parecem dançar em harmonia com o universo. É uma emoção que transcende o momento presente e nos conecta a algo maior. Uma pessoa feliz dificilmente passa despercebida porque sua maneira de falar e de tomar decisões reflete harmonia e felicidade interior. Porém, podemos dizer que a alegria muitas vezes depende de estímulos externos benéficos, ou seja, de circunstâncias favoráveis, para se manifestar.

A alegria no Senhor a que o profeta se refere no texto principal é diferente da alegria que o mundo proporciona. Primeiro, porque é uma alegria que se encontra no Senhor, ela existe sem a necessidade de manifestações externas. Essa alegria não é contida, pequena ou passageira, como uma flor frágil que desabrocha e murcha num dia. É vasta, como a imensidão do mar ou a grandeza do espaço. Esta alegria vem de algo raro: a salvação. “Embora nunca o tenham visto, vocês o amam. E, ainda que não o vejam agora, creem nele e se regozijam com alegria inexprimível e gloriosa, pois estão alcançando o alvo de sua fé, a sua salvação.” 1 Pedro 1: 8-9 NVT

Isaías também diz que sua alegria vem da ação de Deus em sua vida, que o vestiu com as vestes da salvação e colocou sobre ele o manto da justiça, descrevendo uma profunda transformação. Era como se Deus não apenas o tivesse redimido, mas também o tivesse revestido de uma nova identidade. O sacrifício de Cristo no Calvário é o coração da nossa fé e a fonte da verdadeira alegria. Naquele lugar, Jesus deu a Sua vida para nos libertar do pecado, nos purificar e nos tornar Seu povo, totalmente dedicado às boas obras. (Tito 2:14). Esse ato de amor deixa nossos corações muito felizes.

Quando Deus nos veste com as vestes da salvação, Ele nos cobre com Sua graça e misericórdia. Estas não são vestes comuns que cobrem o nosso corpo físico; elas são espirituais. Representam a liberdade do pecado, a reconciliação com Deus e a promessa de vida eterna. É como se Deus nos envolvesse em Seu amor, nos protegesse e nos fizesse Seus filhos. “Vejam como é grande o amor do Pai por nós, pois ele nos chama de filhos, o que de fato somos! Mas quem pertence a este mundo não reconhece que somos filhos de Deus, porque não o conhece.” 1 João 3:1 NVT

O manto da justiça simboliza a justiça e a igualdade divinas. Quando Deus nos cobre com este manto, Ele nos declara justos, não por nossos próprios méritos, mas por causa do sacrifício de Jesus. É a justiça que vai além das aparências; é a justiça que transforma nossos corações e nos permite viver de acordo com os princípios divinos. “Ele nos salvou não porque tivéssemos feito algo justo, mas por causa de sua misericórdia. Ele nos lavou para remover nossos pecados, nos fez nascer de novo e nos deu nova vida por meio do Espírito Santo.” Tito 3:5 NVT

Portanto, essa ação de Deus não apenas traz alegria ao profeta, mas também nos inspira. Somos convidados a vestir essas roupas de salvação e a nos envolver no manto de justiça, vivendo como filhos amados e justos diante do Criador. 

O casamento na Bíblia é uma imagem realmente poderosa e cheia de significado. Quando lemos sobre o noivo vestido com vestes nupciais e a noiva enfeitada com joias, somos transportados para um momento de celebração e expectativa: as bodas do Cordeiro. A alegria daquele dia glorioso - o arrebatamento da igreja - é algo além da nossa compreensão terrena. A passagem diz: “Sou como um noivo em minhas vestes nupciais, como uma noiva em suas joias." Imagine o arrebatamento como um grande reencontro familiar. Pense na emoção de estar separado de entes queridos por muito tempo e, finalmente, vê-los novamente. A alegria desse dia será como abraçar aqueles que amamos profundamente, mas que estavam distantes. A que podemos comparar a alegria deste dia glorioso?

Porém, duas coisas são necessárias para que a alegria deste dia seja completa: roupas (representando a salvação) e joias (simbolizando o selo do Espírito Santo). Em Gênesis 24:53 lemos sobre Rebeca, a noiva, que recebe roupas e joias de prata e ouro. Esses dons celestiais confirmam a graça do Espírito Santo para a noiva eleita.

A alegria no Senhor é imensa e se resume na certeza da salvação, da vida eterna e na esperança do arrebatamento. Esta é a nossa verdadeira alegria, aquela que não pode ser tirada.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

TODAS AS COISAS

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” Romanos 8.28 NAA

Há uma grande expectativa pela volta do Senhor Jesus. Nesse dia sem igual, seremos finalmente gloriosamente libertados da decadência que nos escraviza. Enquanto esperamos por esse dia, sofremos, há dor e lágrimas, ficamos mais fracos com o passar dos anos e o nosso corpo enfraquece, envelhece e morre. 

A esperança que nos mantém alertas é a certeza de que o nosso sofrimento atual não é nada comparado com a glória que Deus preparou para nós e que mais tarde nos será revelada. (Romanos 8:18). Apesar das dificuldades atuais, a recompensa futura é incomparavelmente maior. A esperança da glória que Deus preparou para nós nos sustenta ao enfrentarmos as provações da vida. Meus irmãos, tenham por motivo de grande alegria o fato de passarem por várias provações, sabendo que a provação da fé que vocês têm produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que vocês sejam perfeitos e íntegros, sem que lhes falte nada. Tiago 1.2-4 NAA

Enquanto aguardamos esse dia glorioso, Paulo nos ensina que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:28). Este termo abrangente “todas as coisas” inclui todas as circunstâncias, eventos e experiências da vida. Quer os tempos sejam alegres ou desafiadores, Deus trabalha em todas as coisas para o bem daqueles que o amam.

Esta palavra é verdadeiramente reconfortante porque aponta para uma certeza inabalável: nada, absolutamente nada, pode acontecer-nos que esteja fora do controle de Deus. Em sua onisciência, Ele conhece todas as coisas de antemão, inclusive o futuro e como cada experiência passada será útil em nossa jornada. Sua soberania está além da nossa compreensão e não pode ser totalmente descrita ou explicada.

Compreendemos também que nem as tristezas, as calamidades, as perseguições, a fome, a pobreza, o perigo ou as ameaças de morte, nem as situações embaraçosas que nos afligem neste mundo, podem nos separar do amor de Cristo. Sua lealdade e cuidado permanecem inabaláveis, independentemente das circunstâncias que enfrentamos.

Nesse exato momento, há gemidos que ecoam por todo o universo. O gemido, segundo nosso entendimento, aponta para esse instante em que não conseguimos expressar em palavras nossos sentimentos intensos.

a) A criação geme: “Porque sabemos que toda a criação geme até agora como em dores de parto” (Romanos 8:22)

Quando o homem caiu, a natureza também foi afetada. Este gemido mencionado em Romanos 8:22 é uma expressão figurativa que simboliza o sofrimento e a angústia presentes na criação. Paulo usa esta linguagem para descrever as tensões e expectativas que permeiam o mundo natural. Tal como uma mulher em trabalho de parto, a criação anseia pela redenção e pela libertação da corrupção. É um lamento que aponta para uma esperança futura, quando os filhos de Deus serão revelados em glória e a própria criação será restaurada.

b) A igreja fiel geme: “E nós, os que cremos, também gememos, embora tenhamos o Espírito em nós como antecipação da glória futura...” (Romanos 8:23). Embora Paulo nos diga que nós também gememos, não o fazemos em desespero, mas em esperança, aguardando o dia em que desfrutaremos dos nossos direitos de adoção, incluindo a redenção dos nossos corpos. Esta é a esperança que foi plantada em nossos corações quando fomos salvos por Cristo Jesus. Esperamos com paciência e confiança por este dia glorioso.

c) O Espírito Santo geme: “E o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos orar segundo a vontade de Deus, mas o Espírito intercede por nós com gemidos que não podem ser expressos em palavras.” Romanos 8:26. Tais gemidos estão presentes tanto na terra como no céu. O gemido indizível que chega ao céu vem do Espírito Santo que vive dentro de nós. São gemidos que não podem ser traduzidos em palavras que conhecemos. É um grito que sobe ao céu para o nosso bem e para a glória de Deus. É uma intercessão que não é feita em favor do mundo, mas em favor de uma igreja cujos santos hão de herdar a vida eterna.

Por tudo isso, entendemos que mesmo diante das tempestades da vida a vitória está garantida porque temos o selo do Espírito como garantia da vida eterna. “Agora vocês também ouviram a verdade, as boas-novas da salvação. E, quando creram em Cristo, ele colocou sobre vocês o selo do Espírito Santo que havia prometido. Efésios 1:13 NVT. Podemos afirmar com total confiança, afirmando com certeza que a pergunta de Romanos 8:31 nos assegura: “Se Deus está conosco, quem será contra nós?”

Para nós há uma certeza inatacável: somos mais que vencedores através daquele que nos amou. Romanos 8:37

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca


 

O LIVRO SAGRADO

“O capim seca e as flores murcham, mas a palavra de nosso Deus permanece para sempre." Isaías 40:8 NVT

Muitos tentaram desacreditar a Bíblia, para provar que o Cristianismo está errado, que a Bíblia é um livro falível e que Jesus era apenas um homem simples. Todos eles falharam. A fé cristã persistiu e se espalhou apesar desses desafios. É notável como a fé e a mensagem contidas na Bíblia continuam a impactar vidas e a resistir ao teste do tempo.

A Bíblia realmente transcende o tempo e as circunstâncias porque sua origem é divina. Não é um livro qualquer; é uma coleção de escritos inspirados por Deus, revelando Sua vontade, Seu amor e Seu plano para a humanidade. A Bíblia é um livro extraordinário cujo objetivo principal é revelar Jesus como nosso Salvador. Além disso, nos guia pelas complexidades da vida como se fosse um mapa espiritual que mostra um excelente caminho.

Este livro extraordinário oferece-nos esperança, sabedoria e orientação, independentemente dos desafios que enfrentemos. A sua autenticidade e relevância permanecem intactas mesmo após séculos de existência. “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para nos ensinar o que é verdadeiro e para nos fazer perceber o que não está em ordem em nossa vida. Ela nos corrige quando erramos e nos ensina a fazer o que é certo.” 2 Timóteo 3:16 NVT

Jesus recorreu frequentemente às Sagradas Escrituras (que naquela época consistiam principalmente no Antigo Testamento) para ensinar, esclarecer e revelar verdades espirituais. Ele não apenas citou a Bíblia, mas também a interpretou de maneira profunda e transformadora. Jesus, porém, respondeu: 'as escrituras dizem: uma pessoa não vive só de pão, mas de toda palavra que vem da boca de Deus.’" Mateus 4:4 NVT

A Bíblia é como um diálogo entre nós e Deus. Quando lemos ou ouvimos as suas palavras, é como se estivéssemos ouvindo diretamente a voz do Criador. Ela nos revela Sua vontade, Seu amor e Sua sabedoria. Folheando as páginas da Bíblia, nos aproximamos do próprio Deus. Cada versículo, cada história, cada ensinamento nos conecta a Ele. É como se ele estivesse sussurrando uma verdade eterna em nossos ouvidos. Hernandes afirma: Ouvir a palavra de Deus é encontrar-se com o próprio Deus, pois onde Deus está a Palavra também está; não devemos procurar uma experiência com Deus que ignore ou transcenda a Sua Palavra. Não é o homem que torna a Bíblia importante; ela é importante em si mesma. É a palavra do Deus onipotente” (Lopes, Hernandes Dias, 2008 p. 73)

Os escritos da Bíblia são atemporais, pois trazem uma verdade absoluta e imutável. Enquanto a cultura, a ciência, a política e a filosofia mudam constantemente, a Palavra de Deus permanece inalterada. Embora tenha ela mais de três mil anos, os assuntos nela contidos são extremamente atuais. Sua mensagem nunca fica antiquada, e seu conteúdo não se altera. Esse é verdadeiramente um livro infalível. Como afirmou Jesus: “Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido.” Mateus 5:18, NVT.

A Bíblia não traz apenas histórias interessantes do passado distante; é o livro que Deus usa para falar sobre o amanhã. Somente o nosso Deus, Onipresente e Senhor do tempo, pode agir desta forma. As profecias ali registradas não são vagas; pelo contrário, são precisas e específicas e são cumpridos no tempo adequado. Como Isaías declarou: “Reúnam as nações! Juntem os povos do mundo! Qual de seus ídolos predisse coisas semelhantes a estas? Qual deles pode prever o que acontecerá amanhã? Onde estão as testemunhas dessas previsões? Quem pode comprovar que disseram a verdade?” Isaías 43:9 NVT

A Palavra de Deus é a nossa bússola espiritual e devemos seguir as suas instruções. A promessa do retorno de Jesus é uma das maiores esperanças que encontramos nas Escrituras. Lembra-nos que, apesar das incertezas deste mundo, existe um dia glorioso reservado para a consumação de todas as coisas. Enquanto aguardamos Seu retorno, podemos ser inspirados por passagens como 1 Tessalonicenses 4:16-18: “Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.”

Portanto, que possamos continuar a explorar esta fonte de sabedoria e encontrar significado em suas páginas. A fé cristã é uma jornada de constante descoberta, e a Bíblia é o nosso guia nesta jornada.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

O AMIGO VERDADEIRO

 “Já não os chamo de escravos, pois o senhor não faz confidências a seus escravos. Agora vocês são meus amigos, pois eu lhes disse tudo que o Pai me disse.” João 15:15 NVT 

Encontrar amigos verdadeiros pode ser um desafio. Às vezes é melhor ter alguns amigos do que muitos conhecidos superficiais. A qualidade da amizade é mais importante que a quantidade. Infelizmente, algumas pessoas ficaram decepcionadas com essa busca porque aqueles que pensavam serem amigos os abandonaram em tempos difíceis. Alguns também foram magoados e feridos pelos seus ditos “amigos”. É fundamental cultivar relacionamentos genuínos e valorizar quem está ao nosso lado nos bons e nos maus momentos.

É verdade que em muitos casos escolhemos os nossos amigos com base em afinidades, nos interesses e nos valores partilhados. Porém, o evangelista João nos ensina que no que diz respeito ao nosso relacionamento com Jesus, não fomos nós que O escolhemos, mas Ele nos escolheu. Esta escolha divina coloca-nos numa posição especial e dá-nos uma responsabilidade significativa: produzir frutos que permaneçam. (João 15:16)

Cultivar uma amizade com Jesus é uma jornada profunda e significativa. Ele nos mostrou a maior prova possível de amizade. Ele não apenas nos chamou de amigos, mas também deu a própria vida por nós. Quando você ama um amigo, você está disposto a abrir mão de algumas coisas por ele. Mas Jesus foi ainda mais longe: deu a Sua vida para nos salvar. Imagine o que faríamos se um amigo morresse em nosso lugar. Essa é a dimensão do amor de Jesus. “Sabemos o que é o amor porque Jesus deu a vida por nós. Portanto, devemos também dar a vida pelos nossos irmãos.” 1 João 3:16 NLT.

A amizade com Jesus não é unilateral. Provamos nossa amizade obedecendo à Sua Palavra. Ouvir e obedecer com prazer é sinal de amor. Ele nos chama a fazer a Sua vontade, e esta obediência é a resposta do amor verdadeiro. “Aqueles que recebem meus mandamentos e os obedecem são aqueles que me amam. E porque eles me amam, serão amados por meu Pai, e eu também os amarei e me revelarei a cada um deles.” João 14:21 NVT

Jesus não guarda segredos. Quando O obedecemos, Ele se revela a nós. Ele compartilha Suas promessas, segredos e verdades conosco. E da mesma forma, não precisamos esconder dEle nossos pecados e frustrações. A amizade com Jesus é transparente e íntima. “Ele respondeu: "A vocês é permitido entender os segredos do reino dos céus, mas a outros não.” Mateus 13:11 NVT

A amizade com Jesus não é apenas para o momento presente. Ele nos escolheu para darmos frutos duradouros. Ao cultivarmos essa amizade, experimentamos resultados duradouros e significativos em nossa vida espiritual. Cultivar a amizade com Jesus é, portanto, mais que uma escolha; é uma oportunidade de conhecer o Amigo que nunca nos decepciona, que nos ama incondicionalmente e nos guia em cada passo de nossa jornada espiritual.

É verdade que Jesus nos ensinou o mandamento de amar uns aos outros. Na nossa amizade com Ele, aprendemos a colocar em prática esse amor pelos outros. Essa amizade não consiste apenas em receber, mas também em compartilhar Seu amor com os outros. Que possamos seguir este exemplo e espalhar amor e compaixão a todos que encontrarmos em nossa jornada.  Este é o meu mandamento: Amem uns aos outros como eu amo vocês.” João 15:12 NVT

Ao cultivarmos nossa amizade com Jesus, aprendemos a amar como Ele amou. Jesus demonstrou amor altruísta, uma disposição de se sacrificar por nós. Ensina-nos a colocar os outros antes de nós mesmos, a servir e a cuidar de nós mesmos. Jesus perdoou aqueles que o traíram e mostrou compaixão por aqueles que precisavam. Também somos chamados a perdoar e ser compassivos em nossas amizades. Jesus amava a todos, independentemente da sua origem, posição social ou erros do passado.

A amizade com Jesus transcende o tempo e a mortalidade. É mais profunda do que qualquer ligação humana porque foi selada pelo sacrifício supremo: a doação de Sua própria vida. Quando Jesus disse: “Agora vocês são meus amigos” (João 15:15 NVT), Ele revelou o coração de um Amigo que compartilha segredos divinos e nos convida a fazer parte de Seu plano eterno.

Que a nossa amizade com Jesus seja profunda, fecunda e transformadora. Ele é o Amigo que nunca nos abandona, o Companheiro que caminha ao nosso lado em todas as estações da vida.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

DEUS OUVE E RESPONDE

“Tu, porém, ofereces perdão, para que aprendamos a te temer.” Salmos 130:4 NVT

O perdão é um tema de grande relevância na Bíblia. Etimologicamente, a palavra “perdão” deriva do latim “perdonare”, que significa a ação de perdoar, ou seja, aceitar ou pedir desculpas e se redimir em relação a algo errado. A expressão “pedir perdão” é utilizada quando alguém reconhece seu erro e se desculpa com a pessoa a quem foi injusto. Essa é uma ação humana que visa livrar-se de culpa, ofensa, dívida, entre outros.

O Salmo 130 nos conduz a uma profunda reflexão sobre o perdão e a misericórdia divina. Nele, o salmista emerge de uma angústia intensa e, rapidamente, encontra refúgio nas alturas, sentindo-se seguro. O pecado, de fato, nos leva a um sentimento profundo de angústia, superando todos os outros desafios que possamos enfrentar. Além disso, o pecado pode privar-nos da comunhão com Deus, tanto no presente quanto na eternidade.

Quando nos encontramos nas profundezas do desespero, quando a angústia nos envolve como uma névoa densa, é natural que nossos corações clamem por socorro. O Salmo 130:1 captura essa urgência e sinceridade: “Das profundezas do desespero, Senhor, clamo a ti.” Nesse momento, o salmista não se preocupa com formalidades ou palavras rebuscadas. Ele não se esconde atrás de máscaras religiosas. Em vez disso, ele grita diretamente ao Senhor, como um filho que corre para os braços do Pai. É um grito de necessidade, de vulnerabilidade, de reconhecimento de que somente Deus pode trazer solução à sua aflição.

E o belo é que Deus ouve. Ele não apenas ouve, mas também avalia, compreende e responde. Ele não nos deixa sozinhos em nossa angústia. Ele é o Deus que se inclina para ouvir o clamor dos seus filhos. “Amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas orações. Porque ele se inclina para ouvir, orarei enquanto viver.” Salmos 116:1-2 NVT

Às vezes, nos sentimos como Jonas, afundando nas profundezas do mar, envolvidos pelas ondas tempestuosas e com as algas do pecado enroladas em nosso pescoço. É nesse momento que buscamos o refúgio e a misericórdia divina, clamando ao Senhor por ajuda e salvação. O salmista reconhece que se houvesse um registro de nossos pecados, certamente não sobreviveríamos. (Salmos 130:3). O que nos conforta é saber que a compreensão e a misericórdia de Deus nos alcançam, lembrando-nos de que, independentemente de nossos erros, Sua graça é infinita e Seu amor é incondicional.

O Salmo 130:4a declara: “Tu, porém, ofereces perdão.” Sabemos que somente Deus tem o poder de perdoar pecados. Esse perdão divino é resultado da infinita graça do nosso Senhor; não é conquistado por nossas obras, mas é uma prerrogativa dEle. Esse perdão chegou até nós porque Deus providenciou um sacrifício eterno pelo nosso pecado. Através da morte de Jesus, Ele cumpriu tudo o que a lei exigia, satisfazendo todas as demandas da justiça divina, libertando-nos do pecado.

O perdão que Deus nos concede gera temor em nossos corações. Nesse contexto, “temor” não se refere ao medo, mas sim a honrar a Deus, respeitá-Lo e obedecê-Lo. Charles Spurgeon afirmou que a gratidão pelo perdão produz muito mais temor e reverência por Deus do que todo o terror inspirado pela punição. (Spurgeon, Charles, H. Os Tesouros de Davi, vol. 3, p.718)

Verdadeiramente, o fato de que Deus está pronto a nos perdoar quando buscamos Sua misericórdia é uma fonte de esperança e alívio. Não importa o quão longe tenhamos ido, Ele está sempre disposto a nos receber de volta.  Deus é bom, misericordioso e amoroso. Quando clamamos a Ele, Ele nos responde. Saber que Deus nos ama profundamente traz paz ao nosso coração. Ele não apenas nos perdoa, mas também nos envolve com Seu amor constante. "Eu, somente eu, por minha própria causa, apagarei seus pecados e nunca mais voltarei a pensar neles.” Isaías 43:25 NVT

O salmista, tendo experimentado o perdão de Deus, nos exorta a aguardar no Senhor com confiança inabalável. Ele testemunha desse favor imerecido, dizendo: “Ponham sua esperança no Senhor.” Salmos 130:7 NVT. Esse Deus maravilhoso é a única fonte de amor e redenção transbordante, capaz de aliviar a carga imposta pelo pecado.

Reside em nós, agora que fomos libertos do vil pecado, a certeza de que seremos salvos completamente e o Senhor o faz através de nossa redenção. Uma redenção que é farta e completa, alcançando a todos nós e de todas as iniquidades. “Ele próprio regata Israel de todos os seus pecados.” Salmos 130:8 NTV

Então, quando nos encontrarmos em situações semelhantes, lembremo-nos dessas palavras do salmista. Buscar o Pai Celeste com corações sinceros e confiar em Sua prontidão para nos perdoar e nos amar é uma atitude de profunda fé. Não hesitemos em clamar ao Senhor, mesmo que seja das profundezas mais escuras. Ele está lá, pronto para nos ouvir e trazer alívio. O perdão divino é uma fonte de esperança e alívio para todos nós. Assim, podemos aguardar no Senhor com confiança inabalável, sabendo que Ele é nossa redenção completa e nosso refúgio seguro. Sua graça é infinita, e Seu amor é constante.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

O CAMINHO CERTO

“Ensine seus filhos no caminho certo, e, mesmo quando envelhecerem, não se desviarão dele.” Provérbios, 22:6 NVT

Ah, o famoso “Faça o que eu digo, não o que eu faço.” É uma expressão intrigante, não é mesmo? Ela parece contraditória à primeira vista, mas tem raízes profundas na sabedoria popular. Lembro-me de uma velha conhecida que costumava repetir esse jargão para suas filhas. Era como um atalho para transmitir lições importantes sem necessariamente seguir à risca o próprio conselho.

O texto de provérbios diverge dessa chamada “sabedoria popular”, apresentando, no mínimo, duas orientações relevantes para os pais: a existência de um caminho correto e a importância de ensinar aos filhos, não apenas sobre esse caminho, mas no caminho.

O primeiro passo é identificar o caminho correto. A Bíblia oferece orientações valiosas sobre o caminho que devemos escolher.  Ela nos ensina que existem dois tipos de caminhos: o caminho da vida e o caminho da morte. O caminho da vida é aquele que leva à justiça, à equidade e à comunhão com Deus. Por outro lado, o caminho da morte é trilhado pelos pecadores e ímpios, levando ao sofrimento e à separação de Deus. Portanto, é crucial escolher sabiamente e seguir os preceitos divinos para alcançarmos a vida eterna. "Há caminhos que a pessoa considera corretos, mas que acabam levando à estrada da morte." Provérbios 14:12 NVT

O salmista expressa de forma tão bela a busca pelo caminho perfeito, revelando aquele que nos leva à presença de Deus e à plenitude da vida. O versículo de Salmos 18:30 é uma verdade inspiradora: “O caminho de Deus é perfeito; as promessas do Senhor sempre se cumprem; ele é escudo para todos que nele se refugiam.” Quando seguimos o caminho de Deus, encontramos não apenas perfeição, mas também proteção, orientação e paz. É como se Ele nos guiasse passo a passo, mesmo quando enfrentamos desafios ou incertezas. A confiança nesse caminho nos sustenta e nos fortalece. Na Bíblia, encontramos exemplos de homens e mulheres que buscaram seguir os caminhos do Senhor. Abraão, Moisés, Rute, Davi e muitos outros encontraram significado e propósito ao caminhar com Deus, assim como foi também com Enoque. A passagem em Gênesis 5:24 nos diz que “Enoque andou com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si.”

O segundo passo está na transmissão da herança. O texto de Deuteronômio 6:7 enfatiza que os pais devem ensinar os mandamentos e estatutos do Senhor aos seus filhos de maneira constante e em diferentes momentos da vida cotidiana. É um chamado para que a fé e os princípios sejam parte integrante do dia a dia da família.  Repita-as com frequência a seus filhos. Converse a respeito delas quando estiver em casa e quando estiver caminhando, quando se deitar e quando se levantar.”

Ensinar a criança “no caminho” difere significativamente de ensinar a criança “o caminho”. A expressão “no caminho”, em hebraico (עַל), sugere em um de seus muitos significados o de estar “ao lado deou “junto com”. Quando instruímos uma criança “no caminho”, estamos, de fato, caminhando ao lado dela. É um convite para sermos guias ativos e presentes em sua jornada. Ensinar “no caminho” envolve não apenas palavras, mas também ações. Nossos filhos aprendem muito observando como vivemos, como tratamos os outros e como enfrentamos desafios. Essa expressão hebraica (עַל) sugere que estamos junto com a criança, compartilhando experiências, valores e princípios, sobretudo os espirituais. É um compromisso de estar ao lado dela, não apenas como instrutores, mas como companheiros.

Por outro lado, ensinar a criança “o caminho” implica transmitir conhecimento específico, direcionando-a para princípios e verdades. Aqui, o foco está na instrução objetiva. Estamos comunicando o que é certo, o que é verdadeiro e o que é importante. O verso que mencionou (Provérbios 22:6) exorta os pais a ensinarem seus filhos. No entanto, ele também destaca a importância do testemunho. Que possamos ser modelos autênticos, compartilhando tanto instrução quanto testemunho, para que nossas crianças cresçam com sabedoria e integridade.

Jesus, como nosso maior exemplo, não apenas falava sobre o que era certo; Ele vivia isso. Assim como Jesus, alguns servos do passado tinham em suas vidas testemunhos vivos daquilo em que acreditavam e ensinavam. Muitas vezes, são esses exemplos que moldam e transformam as pessoas ao nosso redor.

Para reforçar esse entendimento, Deuteronômio 11:19 nos orienta da seguinte forma: “Ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentados em vossa casa, e andando pelo caminho, e deitando-vos, e levantando-vos.”(ARA). Esse ensino se aplica tanto ao curso da vida quanto ao caráter moral.

Concluímos, portanto, que, de acordo com princípios bíblicos, o famoso ditado “Faça o que eu digo, não o que eu faço” perde totalmente sua validade pedagógica.

Devemos ser conscientes de nossas próprias ações e escolhas, pois ser modelos positivos para aqueles que nos cercam, em especial nossos filhos, é essencial. Nosso comportamento e testemunho falam mais alto do que qualquer discurso, superando até mesmo as palavras. Ações concretas e demonstrações práticas têm um impacto profundo em nossas vidas e nas vidas dos outros. É como se a verdade ganhasse vida quando a vivemos. Mesmo com todas as nossas imperfeições como pais, a responsabilidade de transmitir valores e fé aos nossos filhos é algo que atravessa gerações; é algo que não pode ser terceirizado. Trata-se do cuidado com a herança que o Senhor nos concedeu. Afinal como disse o salmista: os nossos filhos são um presente que recebemos do Senhor, é uma recompensa que Ele dá. (Salmos 127:3)

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

O AMOR JAMAIS ACABA

“E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.” 1 João 4:16 ARA

O amor é uma dedicação profunda e pura, comparável à maneira como uma mãe se dedica a um filho. Quando pensamos no amor de mãe, encontramos um reflexo do amor divino. Assim como Deus, elas nunca desistem, nunca desanimam e estão sempre lá para nós. Mães são verdadeiras embaixadoras desse amor na terra. Essa disposição não é apenas um sentimento passageiro, mas sim um sacrifício genuíno. Amar é abrir mão de si mesmo para beneficiar a pessoa amada. Em outras palavras, o amor não se limita a um mero sentimento apaixonado. Ele é uma disposição sacrificial, onde estamos dispostos a abrir mão de nós mesmos para beneficiar a pessoa amada.

Embora não possamos comparar o amor de uma mãe ao amor imensurável que Deus tem por nós, é nesse contexto que abordaremos o amor que Deus tem por seus filhos.

Isaías 49:15 diz: “Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti.” O amor de Deus é incomparável, ultrapassando até mesmo o amor de uma mãe. Ele vai além, chegando às últimas consequências para nos restaurar. Esse amor é tão profundo que Deus deu Seu próprio Filho em resgate de nossas almas. Como afirmou o evangelista João: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.” João 15:13 ARA. É um sacrifício sem igual.

O capítulo 53 do livro de Isaías é uma das passagens mais profundas e impactantes da Bíblia. Ele descreve o sofrimento e a morte do nosso amado Salvador, conhecido como o “Servo de Deus”. Uma mensagem de amor, sacrifício e esperança. O amor de Deus levou Jesus a sofrer por nós e, mesmo que mereçamos o mal, Deus, por amor, nos faz bem.

Assim como Jesus sofreu por amor, nós também devemos estar dispostos a enfrentar o sofrimento e a praticar o bem. Devemos rejeitar sentimentos e atitudes reprováveis, como inveja, leviandade e arrogância. Nosso comportamento deve ser decente, priorizando não apenas nossos interesses pessoais, mas também os interesses daqueles a quem amamos. Segundo John Piper “Amor é o transbordar da alegria em Deus que supre as necessidades dos outros.”

Paulo também descreve esse amor em 1 Coríntios 13:7-8a: “O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha.” É um amor incomparável e inigualável.

O amor também se manifesta em evitar a impulsividade e a violência. Aquele que ama não se alegra com a injustiça nem a pratica. A verdade é o lema daquele que ama. Por amor, estamos dispostos a sofrer, a crer, a esperar e a suportar todas as coisas. Jamais devemos falhar em buscar a Deus e cuidar do próximo, como nos lembra 1 Coríntios 13:4-8.

Da mesma forma, Deus espera que amemos com essa mesma intensidade, mesmo que não sejamos perfeitos em nossos relacionamentos. Nosso amor por Ele e pelo próximo deve ser praticado com os mais elevados princípios de um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.

Em uma ocasião, quando foi testado pelos fariseus, Jesus foi questionado sobre qual era o maior dos mandamentos. Ele respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Mateus 22:37-39 ARA

É verdade que compreender o amor de Deus e a responsabilidade que isso implica pode nos encher de alegria e, ao mesmo tempo, nos desafiar. Embora sejamos seres finitos e imperfeitos, podemos buscar amar a Deus de maneira digna. A Palavra de Deus revela que, como pecadores, não podemos amá-Lo da mesma forma como Ele nos ama. No entanto, Sua graça nos capacita a fazê-lo por meio do sacrifício de Cristo Jesus. Se hoje nós O amamos é porque Ele nos amou primeiro (1 João 4:19).

Caminhando assim em nossa jornada espiritual podemos viver um relacionamento de amor com o Deus que nos chama de filhos.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

A MAJESTADE DE DEUS

“Quando olho para o céu e contemplo a obra de teus dedos, a lua e as estrelas que ali puseste, pergunto: Quem são os simples mortais, para que penses neles? Quem são os seres humanos, para que com eles te importes?” Salmos 8:3-4 NVT

Você, já refletiu sobre a vastidão da criação divina? A criação de Deus transcende o que é visível aos nossos olhos. Embora o vasto universo já seja impressionante, há muito mais do que podemos perceber. É incrível pensar que, além das estrelas, planetas e galáxias, existe uma miríade de seres espirituais, anjos e outras criaturas invisíveis aos nossos olhos físicos. Eles estão ativos, cumprindo os propósitos divinos e desempenhando papéis essenciais na história da humanidade.

Essa perspectiva nos lembra da grandiosidade de Deus e da profundidade do Seu plano. Mesmo quando não O compreendemos completamente, podemos confiar que Ele está no controle.

O salmo 8 é um hino de louvor que nos lembra da grandeza e bondade do Criador. Ele também tem uma aplicação especial, inclusive relacionada a Cristo. De fato, Cristo é associado a esse salmo, como registrado em Mateus 21:16. Além disso, consideramos o salmo 8 como um salmo messiânico. Seu título revela que foi escrito por Davi, e seus nove versículos sintetizam a glória divina e a humanidade de Jesus. É uma expressão poética da majestade de Deus e, ao mesmo tempo, aponta para o Messias vindouro.

Davi, ao proclamar “Ó Senhor, Senhor nosso” no Salmo 8, revela uma conexão íntima com Deus. É como se ele dissesse: “O Deus que é majestoso e glorioso é também o nosso Deus pessoal.” Essa verdade é reconfortante e profundamente significativa. É um privilégio ter o Senhor, o criador do universo, como nosso. Ele não está distante e inacessível; Ele é próximo e pessoal. Ele conhece nossos nomes, nossas lutas e nossas alegrias. Ele é o Deus que nos ama individualmente. Ele não apenas governa o cosmos, mas também cuida de nós com ternura e amor. “Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados pelo sangue de Cristo.” Efésios 2:13 NAA

A presença de Deus está entrelaçada com a própria criação. Nos vales, montanhas, florestas e rios, encontramos sinais da Sua grandeza e beleza insondáveis. É como se a natureza fosse um imenso livro aberto, revelando o caráter divino. Nos vales, onde a quietude nos envolve, podemos sentir a proximidade de Deus. Ele é o nosso refúgio nas horas de dificuldade. Nas montanhas majestosas, vemos Sua grandeza e poder. Elas apontam para um Criador que moldou cada pico e vale. Nas florestas, onde a vida pulsa em cada folha e raiz, percebemos a sabedoria e a ordem divina. E nos rios, que fluem incansavelmente, encontramos uma metáfora da graça de Deus, sempre renovando e sustentando. É verdadeiramente estonteante contemplar essa manifestação da presença divina em toda a terra.

Apesar de sermos considerados a obra-prima da criação, quando comparados à grandeza e majestade de Deus, nós, pequenos mortais, nos tornamos insignificantes. Somos como grãos de areia diante da vastidão de toda a criação ou como bem expressou Isaías como a erva cuja beleza facilmente esvanece: “Anuncie que os seres humanos são como capim; sua beleza passa depressa, como as flores do campo.” Isaías 40:6 NVT.

Em nossos corações, reside uma profunda gratidão. Embora tenha sido criado à imagem e semelhança de Deus, quando o homem caiu no Éden, ficamos, todos nós, desfigurados. No entanto, esse Deus poderoso não nos abandonou; ao contrário, Ele nos visitou com graça e misericórdia, providenciando redenção para que a imagem divina pudesse ser restaurada em nós. Ainda que tenhamos sido desfigurados pelo pecado, a esperança reside na obra redentora de Cristo e Ele nos convida a sermos renovados e a refletir Sua imagem novamente.

O salmista encerra o Salmo 8 com as mesmas palavras com as quais o iniciou, o que nos leva a compreender que nossa adoração deve ser contínua. É realmente inspirador pensar na continuidade da adoração. O ciclo poético desse salmo nos recorda que nossa conexão com Deus não é apenas momentânea, mas sim um fluxo constante de louvor e gratidão. “Como são grandes as riquezas, a sabedoria e o conhecimento de Deus! É impossível entendermos suas decisões e seus caminhos! Pois quem conhece os pensamentos do Senhor? Quem sabe o suficiente para aconselhá-lo? Quem lhe deu primeiro alguma coisa, para que ele precise depois retribuir? Pois todas as coisas vêm dele, existem por meio dele e são para ele. A ele seja toda a glória para sempre! Amém!”  Romanos 11:33-36 NVT

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

 

SALVAÇÃO:  BOAS OBRAS & GRAÇA

“Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.” Tiago 2:18  NVT

A realização de boas obras, conforme nos fala a Palavra de Deus, é uma manifestação tangível de que um indivíduo foi alcançado e salvo por Cristo. No contexto bíblico, a salvação é frequentemente entendida como um dom gratuito de Deus, concedido através da fé em Jesus Cristo. Não é uma recompensa por viver uma vida moral ou ética, nem é um prêmio por realizar atos de caridade ou bondade. Em vez disso, a salvação é um presente de Deus, dado livremente a todos que colocam sua fé em Jesus Cristo.

Em Efésios 2:8-9, lemos: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. É incrível pensar que não precisamos nos esforçar para merecer esse presente; Deus nos oferece livremente. Quando confiamos em Jesus como nosso Senhor e Salvador, somos salvos pela graça de Deus.

No entanto, isso não significa que as boas obras não tenham valor ou importância. Pelo contrário, as boas obras são vistas como a resposta natural e apropriada à salvação. Uma vez que uma pessoa é salva, ela é transformada e renovada pelo Espírito de Deus. Essa transformação interior se manifesta em uma vida de boas obras.

As boas obras são como os frutos que brotam de uma árvore saudável. Quando somos transformados pela graça de Deus, naturalmente desejamos expressar esse amor e gratidão por meio de ações que beneficiam os outros e glorificam a Deus. É como se a nossa fé se traduzisse em obras concretas.

É interessante como cada pessoa pode viver essa dinâmica de fé e obras de maneira única. Algumas vezes, são as pequenas coisas do dia a dia que fazem toda a diferença: um sorriso gentil, uma palavra de encorajamento, ajudar alguém em necessidade ou simplesmente estar presente para alguém que está passando por um momento difícil.

Spurgeon Em um de seus sermões, intitulado "As Características da Fé", enfatiza que a fé é um dom de Deus, dado livremente a todos que colocam sua fé em Jesus Cristo. Ele sugere que a fé e as obras devem andar juntas, e que a fé é evidenciada por nossas ações. E ele estava certo ao enfatizar que a fé é um dom divino. Efetivamente, não podemos gerar fé por nossos próprios esforços. É o Espírito Santo que nos capacita a crer em Jesus Cristo como nosso Salvador (Efésios 2:8-9). Não se trata de ganhar a salvação pelas obras, mas de viver uma vida transformada pela fé. As obras são o fruto natural dessa fé viva.

Reconhecer que a fé é um presente divino nos leva a uma profunda dependência de Deus. É como se abríssemos nossas mãos e corações para receber o que Ele nos oferece livremente. Essa dependência é o alicerce da nossa jornada de fé. E sabe, entendo que é nesse lugar de dependência que encontramos verdadeira liberdade. Não precisamos nos esforçar para merecer a salvação; podemos simplesmente confiar na graça de Deus. E, ao mesmo tempo, essa confiança nos motiva a viver de maneira autêntica, expressando nossa fé por meio de ações amorosas e generosas.

Assim, uma pessoa não pratica boas obras para ser salva, mas porque ela é salva. As boas obras são a expressão externa de uma mudança interna, o fruto visível de uma fé invisível. Elas são a evidência de uma vida transformada pela graça de Deus. “mas ele, em sua graça, nos declara justos por meio de Cristo Jesus, que nos resgatou do castigo por nossos pecados.” Romanos 3:24 NVT

Portanto, enquanto as boas obras não podem ganhar a salvação, elas são uma parte vital da vida do crente. Elas são a maneira pela qual os salvos respondem ao amor de Deus, servem aos outros e glorificam a Deus. E, ao fazer isso, demonstramos ao mundo o poder transformador da salvação. Efésios 2:10 afirma que nós somos obra-prima de Deus, criados em Cristo Jesus para realizar boas obras. Deus, em Sua sabedoria, já havia preparado essas obras para que pudéssemos caminhar nelas.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

O CONHECIMENTO DE DEUS

“Jesus respondeu: — Há tanto tempo estou com vocês, Filipe, e você ainda não me conhece? Quem vê a mim vê o Pai. Como é que você diz: ‘Mostre-nos o Pai’?” João 14:9 NAA

A busca por Deus pode ser uma jornada solitária ou compartilhada, mas é sempre uma busca por algo maior, algo que transcende nossa existência terrena. Em momentos de busca por Deus, muitos anseiam por respostas, por um toque divino que traga alívio e direção. Nessas horas, encontramos pessoas em oração, meditando, lendo textos da Palavra de Deus ou simplesmente olhando para o céu em busca de algum significado.

Com efeito, se não fosse pela permissão de Deus, jamais poderíamos conhecê-Lo; somente Ele pode revelar-se a nós. Por mais que algumas pessoas possam negar os milagres e a ressurreição, reduzindo Jesus ao nível de sua própria compreensão, a verdade é que a imaginação humana é limitada. Certo é que não podemos, por nossos próprios esforços, alcançar Deus. No entanto, nós temos o grande privilégio de conhecer o Jesus cuja face reflete a própria glória divina.

Deus, em Sua infinita graça, sempre desejou se revelar a nós, oferecendo-nos um projeto de salvação. A história bíblica é repleta de momentos em que Deus se manifestou aos homens e mulheres de maneiras diversas: através de profetas, sonhos, milagres e, finalmente, na pessoa de Jesus Cristo. Cada revelação tinha um propósito: mostrar Seu amor, Sua justiça e Seu plano de redenção. E, mesmo hoje, Deus continua a se revelar. Às vezes, é na quietude de um momento de oração, na beleza da natureza ou na compreensão profunda de Sua Palavra que percebemos Sua presença. Ele está sempre buscando relacionamento conosco, convidando-nos a participar de Seu projeto de salvação. “Por meio de tudo que ele fez desde a criação do mundo, podem perceber claramente seus atributos invisíveis: seu poder eterno e sua natureza divina. Portanto, não têm desculpa alguma.” Romanos 1:20 NVT

A experiência que temos de conhecer um Jesus revelado está além daqueles que são estranhos a ela, pois o relacionamento de Cristo com a igreja transcende a compreensão humana. Já não há mais o véu que separa o visível do invisível, o tangível do eterno.  Este conhecimento vai além das palavras e das fórmulas religiosas. É uma experiência íntima, pessoal e transformadora. A igreja conhece Jesus não apenas como uma figura histórica, mas como o Filho do Deus vivo. “Ao que Jesus perguntou: — E vocês, quem dizem que eu sou? respondendo, Simão Pedro disse: — O senhor é o Cristo, o Filho do Deus vivo." Mateus 16:15-16 NAA. O véu que antes separava o visível do invisível foi rasgado. Agora, podemos nos aproximar do Pai, sem barreiras. O tangível e o eterno se entrelaçam. Não é apenas uma crença; é um encontro. É como se o próprio Criador nos chamasse pelo nome, nos convidando a fazer parte de Sua história.

O profeta Isaías, em sua sabedoria, zombou daqueles que tentaram criar imagens de seus deuses. Afinal, como poderia um simples pedaço de madeira ou metal representar o Criador do céu e da terra? Essa tentativa de esculpir uma imagem divina, na verdade, revela a limitação da mente humana. “A quem vocês podem comparar Deus? Que imagem usarão para representá-lo?” Isaías 40:18 NVT. Os deuses da mitologia grega e romana, por outro lado, eram frequentemente retratados como seres temperamentais, egoístas e até mesmo traiçoeiros. Essas representações refletiam as fraquezas e imperfeições humanas, não a verdadeira natureza de um Deus criador de todas as coisas.  A mensagem subjacente é clara: Deus não pode ser reduzido a uma estátua ou imagem.

A grandeza de Deus e seus mistérios ultrapassam os limites da nossa compreensão humana. Ele é o Criador do universo, o Sustentador de todas as coisas e o Amor que vai além de qualquer representação material. Quando pensamos em Deus, estamos contemplando algo que transcende o visível e o tangível. É como tentar conter o oceano em um copo d’água. A beleza está em saber que, mesmo sem compreender plenamente, podemos nos relacionar com esse Deus infinito e amoroso.

O Espírito Santo nos guia para conhecer Jesus, e quando olhamos para Jesus, vemos o próprio coração do Pai. É como se a Trindade divina se revelasse em um lindo mistério de amor e comunhão. Quando contemplamos Jesus, vemos Sua compaixão, Sua graça, Sua justiça e Seu sacrifício. Ele é o elo perfeito entre o eterno e o humano. E, ao mesmo tempo, Ele nos aponta para o Pai, mostrando-nos o amor insondável que nos envolve desde o princípio dos tempos.

Que possamos nos relacionar com esse Deus infinito e amoroso, porque essa é a Sua vontade. “Já não chamo vocês de servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz; mas tenho chamado vocês de amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes dei a conhecer.” João 15:15 NAA

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

O TRATAMENTO DE DEUS

"Minha graça é tudo de que você precisa. Meu poder opera melhor na fraqueza. Portanto, agora fico feliz de me orgulhar de minhas fraquezas, para que o poder de Deus opere por meu intermédio.” 2 Coríntios 12:9 NVT

Se você é um cristão, certamente você está sendo provado neste exato momento de sua vida. As provas e tribulações desempenham um papel fundamental em nossa jornada espiritual, promovendo o amadurecimento necessário para o nosso aperfeiçoamento. É verdade que, embora enfrentar dificuldades possa ser doloroso, é por meio dessas experiências que crescemos, aprendemos e nos tornamos mais resilientes. Assim como as árvores fortalecem suas raízes durante tempestades, nós também nos fortalecemos diante das adversidades. 

Crescemos espiritualmente de muitas formas: através da leitura da Palavra, da oração contínua e das respostas que dela advêm, entre outras. No entanto, também crescemos quando Deus lida conosco, tocando áreas difíceis de nossas vidas, especialmente aquelas em que não queremos ou não permitimos que o Senhor opere em nós e nos transforme profundamente.

Certo é que Deus não apenas nos abençoa; Ele também nos corrige e molda. Quando permitimos que Ele toque nossas áreas mais difíceis, estamos abrindo espaço para transformação profunda. Às vezes, isso envolve enfrentar feridas, medos ou hábitos prejudiciais. Esse processo de crescimento espiritual requer rendição. Às vezes, precisamos deixar de lado nossa resistência e permitir que Deus faça Sua obra em nós. A transformação pode ser dolorosa, mas é sempre para o nosso bem.

Ao afirmar que “em todas estas coisas somos mais que vencedores por aquele que nos amou” - Romanos 8.35-37 - o apóstolo Paulo elenca o que vem a ser “todas estas coisas”: Tribulação, Angústia, Perseguição, Fome, Nudez, Perigo e Espada. Paulo está nos lembrando que, independentemente das adversidades, o amor de Deus nos capacita a superar todas as coisas. É uma mensagem de esperança e confiança. 

É verdade que a lista de situações mencionadas por Paulo em Romanos 8:35-37 pode parecer intimidante. No entanto, ele nos lembra que, embora possamos enfrentar essas adversidades, não estamos sozinhos. Paulo não está dizendo que todos passarão por todas essas situações, mas sim que, se enfrentarmos alguma delas, podemos superá-las. Ele reconhece a realidade da vida, com suas lutas e desafios, mas também nos dá esperança. A menção dessas dificuldades nos lembra de nossa humanidade. Não somos intocáveis; todos enfrentamos momentos difíceis. No entanto, nossa força não vem de nós mesmos, mas de Cristo. A promessa é clara: “somos mais que vencedores por aquele que nos amou.” A tribulação pode durar um tempo, mas, no final, a vitória é nossa. Estamos unidos a Cristo, e Ele é nossa esperança.

Quando enfrentamos tribulações, não somos apenas chamados a vencer; somos conduzidos pelo Senhor a um crescimento e amadurecimento, experimentando a obra transformadora de Deus em nossas vidas. Nossa grande vitória não é apenas quando superamos as dificuldades, mas também quando entendemos que há um processo de crescimento ocorrendo durante a luta.  “Não tema, porque eu estou com você; não fique com medo, porque eu sou o seu Deus. Eu lhe dou forças; sim, eu o ajudo; sim, eu o seguro com a mão direita da minha justiça." Isaías 41:10 NAA

À medida que enfrentamos desafios, aprendemos, nos fortalecemos e nos tornamos mais resilientes. A Bíblia nos assegura que Deus está ativamente envolvido em nossas vidas, especialmente durante as tribulações. Ele molda nosso caráter, nos purifica e nos conduz a uma fé mais profunda. É como se Ele estivesse refinando nossa alma.

A chave está em permanecer ancorados em nossa fé, independentemente das circunstâncias. Quando confiamos em Deus e buscamos Sua orientação, somos capacitados a enfrentar qualquer adversidade. As tribulações não são em vão. Quando elas se vão, deixam uma marca positiva em nós. Somos mais sábios, mais compassivos e mais conectados com Deus.

Em resumo, a jornada através das tribulações não é apenas sobre o destino final da vitória, mas também sobre a transformação que ocorre ao longo do caminho. Assim como o trigo é separado da palha pelo “tribulum,” enfrentar desafios nos leva a confrontar nossas fraquezas e limitações. Nesse processo, somos purificados e refinados pela ação do Espírito Santo que realiza em nós o trabalho de eliminação do que não é essencial em nossas vidas. Da mesma forma, podemos emergir mais fortes e focados nos propósitos que Deus tem para cada um de nós. Além disso, as tribulações nos desafiam a desenvolver resiliência e perseverança, fortalecendo nossa fé e determinação. E, quando nos sentimos fracos, é na graça transformadora de Deus que encontramos força.

Portanto, permita que Deus promova em você o amadurecimento necessário para o seu aperfeiçoamento.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

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