OS ÚLTIMOS PASSOS DE JESUS

“Dirigiu-se resolutamente a Jerusalém.”   (Lucas 9:51 – NVI)

Na sexta-feira da Páscoa, Jesus enfrentou seu dia mais sombrio. Traído por um amigo, foi preso injustamente e julgado de forma acelerada. Recebeu zombarias, bofetadas e foi cruelmente açoitado. Carregou uma pesada cruz até o Gólgota, onde foi crucificado entre dois criminosos. Mesmo em meio à dor, perdoou seus algozes e entregou sua vida com amor. A escuridão cobriu a terra, e o véu do templo se rasgou, sinalizando que algo eterno havia acontecido. Foi um dia de dor para Ele, mas de esperança para nós.

Os últimos passos de Jesus não foram por acaso. Desde o início de seu ministério, Ele sabia qual seria o seu destino. Jesus não foi pego de surpresa pelos acontecimentos da cruz. Ele caminhou com firmeza, com propósito e com amor até o Calvário.

Em Lucas 9:51, lemos que Jesus “decidiu firmemente ir para Jerusalém”. Ele sabia que lá enfrentaria traição, sofrimento e morte. Mas foi assim mesmo. Com o coração cheio de compaixão, Jesus escolheu o caminho do sacrifício. Não porque gostasse da dor, mas porque amava a mim e a você.

Quando chegou a hora, Ele entrou em Jerusalém montado em um jumentinho, sendo aclamado pela multidão: “Hosana! Bendito é o que vem em nome do Senhor!” Mas Ele sabia que aqueles mesmos lábios, poucos dias depois, gritariam: “Crucifica-o!”

Nos últimos dias, Jesus ensinou no templo, confrontou os religiosos, lavou os pés dos discípulos, partiu o pão, orou no Getsêmani. Cada passo, cada gesto, cada palavra era carregada de significado. Ele não apenas caminhava para a cruz — Ele carregava o mundo consigo.

No cenáculo, Jesus compartilhou a última ceia. Ele tomou o pão e disse: “Este é o meu corpo, que é dado por vocês.” Depois, o cálice: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado por vocês.” Com essas palavras, Jesus nos mostrou que a salvação estava prestes a ser conquistada — não por força, mas por amor sacrificial.

Em seguida, no Jardim do Getsêmani, Jesus orou com angústia. A Bíblia diz que seu suor era como gotas de sangue. Ali, Ele abriu o coração diante do Pai: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua.” (Lucas 22:42). Foi nesse momento que Jesus venceu a batalha mais profunda: a entrega total à vontade de Deus.

Logo depois, veio a traição de Judas, a prisão injusta, os julgamentos cheios de mentira, as agressões, os escárnios. Jesus foi abandonado, humilhado e espancado. E mesmo assim, não abriu a boca para se defender. Como cordeiro levado ao matadouro, Ele se entregou em silêncio, com dignidade e com fé.

Os últimos passos de Jesus O levaram ao Gólgota, lugar de morte e vergonha. Ali, Ele foi pregado em uma cruz entre dois criminosos. A multidão zombava, os soldados o feriam, e os discípulos estavam quase todos escondidos. Mas Jesus, mesmo em meio à dor, continuava revelando graça.

Ele olhou para os que o crucificavam e disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem.” Olhou para o ladrão arrependido e prometeu: “Hoje estarás comigo no paraíso.” Olhou para Maria e João e os uniu em amor: “Eis aí tua mãe... eis aí teu filho.” Por fim, Ele gritou: “Está consumado!” E, entregando o espírito, morreu. Não derrotado, mas vitorioso. Não vencido, mas triunfante.

Os últimos passos de Jesus foram passos de amor, de obediência e de redenção. Ele caminhou para a cruz para nos alcançar. Cada passo dEle abriu caminho para que nós tivéssemos vida.

Você já reconheceu o valor desses passos? Já se curvou diante do Cordeiro que caminhou até o fim por você?

Hoje é tempo de lembrar. Mas também é tempo de responder. Jesus foi até a cruz por você.
Agora é a sua vez de dar um passo em direção a Ele.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

18/sex/abr/25

 

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