A CRUZ: ESPERANÇA
DE GLÓRIA
“Tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da
nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando
a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus.” (Hebreus 12:2 – NVI)
“Era uma noite de quinta-feira. Jesus tinha visto o sol
se pôr pela última vez. Em cerca de quinze horas, Ele estaria pendurado na
cruz. Em menos de vinte e quatro horas, estaria morto e sepultado — e Ele sabia
disso. Mesmo assim, o mais impressionante é que Jesus ainda falava sobre Sua
missão como algo que estava por vir, não como algo que já tinha terminado.”
(Stott John. A cruz de Cristo, p. 67)
A Páscoa é uma das celebrações mais significativas da fé
cristã. No Antigo Testamento, ela é mencionada cerca de 49 vezes e simboliza a
redenção física do povo de Israel, marcado pela libertação do Egito e pelo
sangue do cordeiro nas portas. No Novo Testamento, a Páscoa encontra sua plena
realização em Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ela é
citada aproximadamente 27 vezes, agora não mais como sombra, mas como realidade
viva na morte e ressurreição de Cristo.
Essa grande festa nos convida a lembrar que Jesus morreu em
nosso lugar e, ao terceiro dia, ressuscitou. É tempo de refletir sobre a cruz e
o túmulo vazio — sobre a dor que Ele suportou e a vitória que Ele conquistou
por amor a nós.
A cruz nos mostra que Jesus pagou pelos nossos pecados. A
ressurreição nos garante que Ele venceu a morte e continua vivo. Por isso, a
Páscoa não é só um tempo de tristeza. É um tempo de esperança e de alegria.
A cruz não foi o fim da história. Foi o começo de algo novo
— o caminho que nos leva à vida eterna. Jesus enfrentou tudo aquilo com os
olhos em algo maior: a glória que viria depois. E é isso que Ele quer
que a gente também entenda.
O texto de Hebreus 12:2 diz que Jesus suportou a cruz por
causa da alegria que viria depois. Ele sabia que estava obedecendo ao plano de
Deus e salvando muitas vidas. Ele via lá na frente — via o propósito cumprido,
via a glória, via você e eu sendo alcançados. Jesus sofreu, mas olhou para a
glória. E agora, Ele quer que olhemos também para essa mesma direção. É essa
esperança na glória que nos ajuda a suportar os tempos difíceis. Não estamos
falando de prêmios terrenos ou conquistas pessoais. A maior recompensa que
podemos receber é ver Cristo glorificado e sermos parecidos com Ele.
A Bíblia diz em 1 João 3:2: “Seremos semelhantes a
Ele, pois o veremos como Ele é.” Essa é a promessa que nos sustenta. A
cruz nos transforma. Ela não serve para nos dar status ou glória humana. Ela
nos faz mais parecidos com Jesus.
Não é a ausência da dor que nos fortalece, mas a certeza de
que a dor não é o fim da história. O sofrimento pode até nos abalar, mas, se
mantivermos os olhos fixos em Cristo, ele também nos transforma: nos
amadurece, nos molda e nos aproxima d’Ele. Tomar a nossa cruz e seguir a
Jesus — como Ele mesmo nos ensinou — é exatamente isso: confiar que mesmo nos
caminhos mais difíceis, Ele caminha conosco e faz brotar vida onde só havia
dor.
A cruz foi pesada. A dor foi real. Mas a glória que veio
depois foi muito maior. Jesus enfrentou tudo porque sabia o que viria. E Ele
nos convida a fazer o mesmo: olhar além das dificuldades e seguir com fé. Se a
gente só olha para os problemas do presente, acabamos desanimando. Mas quando
olhamos para Jesus — aquele que começou e vai terminar a nossa jornada de fé —
ganhamos força para continuar.
A cruz, então, não é só lembrança de dor. Ela é símbolo de
esperança. Ela nos lembra que, mesmo em meio ao sofrimento, Deus está fazendo
algo maior. E que o nosso destino final não é o sofrimento, mas a glória de
estar com Cristo e ser como Ele é.
Nesta Páscoa, não pare na cruz. Olhe além dela. Jesus
enfrentou a dor pensando na alegria que viria depois. Ele quer que você faça o
mesmo. Não se prenda só às dificuldades que está passando agora. Levante os olhos. Fixe o olhar
em Jesus.
A cruz nos levou à esperança. E essa esperança vai nos levar
à glória. E quando O virmos, seremos como Ele é. Aleluia!
Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça
e paz.
Pr. Décio Fonseca
17/qui/abr/25
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