AVANCE COM FÉ:
MOLHE OS PÉS E VEJA O MAR SE ABRIR
“O Senhor disse a Moisés: — Por que você está clamando a
mim? Diga aos filhos de Israel que marchem.” (Êxodo 14:15, NAA).
A história da travessia do Mar Vermelho é um dos maiores
símbolos da fé e do poder de Deus. Diante do mar, os israelitas enfrentaram um
momento de indecisão. O exército do Egito estava atrás deles, e o caminho à
frente parecia impossível. Mas foi nesse cenário de desespero que o Senhor deu
uma instrução surpreendente a Moisés: “Diga aos israelitas que sigam avante.”
(Êxodo 14:15, NVI). Deus não pediu para eles aguardarem ou recuarem, mas
para avançarem. Muitas vezes, assim como os israelitas, ficamos paralisados
diante dos obstáculos. Deus, porém, nos chama para dar o primeiro passo de fé.
Na travessia do Jordão, anos depois, Deus agiu de maneira
semelhante. O rio só se abriu quando os sacerdotes molharam os pés nas águas. O
milagre aconteceu depois que eles obedeceram à ordem de avançar. Isso nos
ensina que a fé ativa precede o sobrenatural. Não adianta esperar que o mar ou
o rio se abram enquanto permanecemos imóveis. É preciso dar o passo, mesmo sem
ver o caminho completo. Como está escrito: “Pois vivemos por fé, e não pelo
que vemos” (2 Coríntios 5:7, NVI).
Molhar os pés nas águas é um ato de obediência e entrega. É
reconhecer que Deus é fiel para cumprir Suas promessas, mesmo quando tudo ao
redor parece desafiador. Às vezes, o mar à nossa frente simboliza dificuldades,
medos ou incertezas. Porém, Deus não nos chama para entender o processo, mas
para confiar n’Ele. É como disse Jesus: “Se você crer, verá a glória de Deus.”
(João 11:40, NVI).
A travessia do mar também nos ensina sobre a necessidade de
deixar para trás o passado. Para que Deus abra novos caminhos, precisamos
abandonar o peso do que ficou para trás. Não foi por acaso que o exército
egípcio foi derrotado no mar; isso simboliza a libertação completa de tudo o
que aprisionava o povo de Deus. Assim, somos chamados a prosseguir em nossa
jornada de fé, deixando de olhar para trás: “Esquecendo-me das coisas que
ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo”
(Filipenses 3:13-14, NVI).
Crer no impossível é uma marca daqueles que confiam em Deus.
Quando Moisés estendeu o cajado e o mar se abriu, o povo caminhou por terra
seca. Aquele momento foi um divisor de águas – literal e espiritualmente. Deus
deseja fazer o mesmo em nossa vida. Ele quer abrir caminhos onde não há saída e
transformar situações impossíveis em testemunhos de Seu poder. Como está
escrito: “Porque para Deus nada é impossível” (Lucas 1:37, NVI).
No entanto, a chave para experimentar o milagre é a
obediência ao comando do Espírito Santo. Os israelitas obedeceram à ordem de
Deus por meio de Moisés, e os sacerdotes obedeceram ao comando de Josué no
Jordão. Da mesma forma, somos chamados a obedecer à direção de Deus, confiando
que Ele sabe o que é melhor. É preciso dar o primeiro passo de fé, mesmo que
pareça arriscado ou incerto. Como o salmista declarou: “Confie no Senhor de
todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento” (Provérbios
3:5, NVI).
Avançar exige coragem, mas essa coragem não vem de nós
mesmos. Ela é fruto da presença de Deus em nossa vida. Quando Ele está conosco,
podemos enfrentar qualquer desafio com confiança, pois sabemos que Ele luta por
nós. Atravessar o mar ou o rio simboliza nossa jornada de fé, em que somos
desafiados a depender completamente do Senhor. Como Deus disse a Josué:
“Seja forte e corajoso. Não tenha medo, nem desanime, pois o Senhor, o seu
Deus, estará com você por onde você andar” (Josué 1:9, NVI).
Hoje, Deus está dizendo a você: “Molhe os pés nas águas.
Dê o primeiro passo. Eu cuidarei do resto.” O milagre está à sua frente,
mas é preciso acreditar e agir.
Que possamos ser como os israelitas e os sacerdotes,
obedientes à voz de Deus e dispostos a avançar, mesmo quando o caminho parece
impossível. Afinal, “o Senhor fará por vocês maravilhas jamais vistas antes”
(Êxodo 34:10, NVI).
Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.
Pr. Décio Fonseca
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