CONFIANÇA GENUÍNA E DESCOMPLICADA

“Então disse Jesus: ‘Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas’" (Mateus 19:14, NVI).

Spurgeon certa vez afirmou que a capacidade de crer é mais abundante nas crianças do que nos adultos. Isso reflete a pureza e a simplicidade da fé infantil, marcada por uma confiança genuína e descomplicada. Quando Jesus declara que "o Reino dos céus pertence às crianças", Ele não está restringindo a salvação à idade, mas destacando que a essência do Reino é refletida em um coração humilde, dependente e confiante, como o de uma criança.

Essa perspectiva nos desafia a abandonar o ceticismo e o orgulho que frequentemente surgem com a maturidade e a retornar à simplicidade da fé. O Reino dos céus não é alcançado por mérito ou sabedoria humana, mas por uma entrega sincera e despojada de reservas. Jesus nos convida a nos aproximarmos de Deus com o mesmo espírito receptivo que caracteriza os pequenos, refletindo em nossas vidas a humildade e a confiança necessárias para trilhar o caminho rumo à Vida Eterna.

Ao usar a imagem das crianças, Jesus ensina que a fé genuína é desprovida de orgulho e aberta à graça divina. Assim como as crianças confiam plenamente na bondade de quem as ama, devemos nos entregar a Deus com a mesma confiança, reconhecendo nossa total dependência de Sua graça. "Quem poderá subir o monte do Senhor? Quem poderá entrar no seu Santo Lugar? Aquele que tem mãos limpas e o coração puro, que não recorre aos ídolos nem jura por deuses falsos" (Salmos 24:3-4, NVI).

O Evangelho, de fato, é coisa de criança! O Reino de Deus pertence a elas, não por causa da idade, mas pela pureza de coração e pela confiança que exemplificam. Esse chamado é para todos, independentemente da fase da vida, pois o Reino dos céus é habitado por aqueles que se aproximam de Deus com fé sincera e humilde. "Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus" (Mateus 18:4, NVI).

Jesus ensina que o Reino dos Céus não pertence aos que se consideram "dignos" ou capazes de conquistá-lo por seus méritos. Pelo contrário, Ele o oferece como um presente aos que são "tais como crianças" – os mais vulneráveis, dependentes e humildes. Essa declaração desafia aqueles que, por orgulho ou autossuficiência, reivindicam a entrada no Reino com base em suas obras ou status.

O Reino dos Céus não é uma conquista humana, mas um dom de Deus para aqueles que, reconhecendo sua total incapacidade, se aproximam d'Ele com um coração humilde e confiante, desprovido de qualquer pretensão, assim como uma criança.

Esse chamado de Jesus nos convida a um recomeço espiritual, onde deixamos de lado a busca por reconhecimento e aceitação baseada em nossos méritos. A simplicidade da fé infantil nos ensina a depender inteiramente da graça divina, sem barganhas ou exigências, mas com humildade e entrega total. Somente ao abandonar o orgulho e nos colocarmos como filhos diante do Pai, podemos experimentar a verdadeira comunhão com Deus. É nessa posição de dependência e confiança que encontramos a paz e a alegria que vêm do Reino dos Céus. Assim, a glória eterna não é conquistada, mas recebida como um dom imerecido de amor divino. "Mas os humildes receberão a terra por herança e desfrutarão pleno bem-estar." (Salmos 37:11, NVI).

Faça-se como uma criança e receba o Reino dos Céus. Adote a pureza, a humildade e a dependência que caracterizam os pequenos, reconhecendo sua total necessidade de Deus. A entrada no Reino não é conquistada por força ou mérito, mas pela entrega sincera e pela confiança plena no amor e na graça do Pai. Somente quando nos despimos do orgulho e abraçamos a simplicidade de uma fé infantil, podemos experimentar a plenitude da comunhão com Deus e a alegria de Sua salvação eterna.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

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