UMA CASA QUE ACOLHE A PRESENÇA DE DEUS

“..._Todos esses foram descendentes de Obede-Edom; eles e seus filhos e parentes eram homens capazes e aptos para o serviço. Foram sessenta e dois ao todo, descendentes de Obede-Edom.”  (1 Crônicas 26:4-8 - NVI)

A história de Obede-Edom é uma das mais inspiradoras quando se trata de acolher a presença de Deus em casa. Tudo começa quando o rei Davi decide levar a arca da aliança para Jerusalém. No caminho, acontece algo muito sério: um homem chamado Uzá toca na arca e morre na hora. Isso deixa Davi com medo de continuar a viagem. Por isso, ele decide deixar a arca na casa de Obede-Edom, um homem aparentemente simples, mas com um coração preparado.

A arca era mais do que um objeto sagrado — ela representava a presença do próprio Deus. E o que acontece quando ela chega à casa de Obede-Edom? A Bíblia diz que o Senhor abençoou a sua casa e tudo o que ele possuía. Em apenas três meses, a diferença era tão visível que chegou aos ouvidos do próprio rei Davi. Essa bênção foi tão marcante que é mencionada não apenas em 2 Samuel 6:11, mas também em 1 Crônicas 13:14 e novamente em 1 Crônicas 26:4-8, onde vemos os frutos dessa entrega.

Mas o que havia de especial em Obede-Edom? Por que a bênção de Deus se derramou sobre ele e sua família? A resposta está em sua atitude. Mesmo sabendo dos riscos de abrigar a arca — especialmente depois do que aconteceu com Uzá —, ele não recusou. Pelo contrário, abriu as portas de sua casa e acolheu a presença do Senhor com temor e reverência. Ele não tratou a arca com descaso, mas com profundo respeito. Sua casa não apenas abrigou um objeto sagrado; ela se tornou um espaço de adoração.

A bênção que veio sobre Obede-Edom não foi sorte. Foi o resultado direto de uma escolha: ele decidiu dar lugar à presença de Deus em seu lar. E quando Deus encontra um lugar de honra, Ele responde com favor. A prosperidade que se espalhou pela casa de Obede-Edom não atingiu apenas sua vida pessoal. Alcançou sua esposa, seus filhos, sua família inteira — e continuou por gerações.

Em 1 Crônicas 26:4-8,15, vemos o reflexo dessa decisão. Seus filhos e netos se tornaram líderes, homens fortes, sábios e aptos para o serviço de Deus. Eles foram escolhidos para cuidar do templo, uma função de grande responsabilidade. A Bíblia os descreve como “homens capazes e valentes”, prontos para servir. Ao todo, foram 62 descendentes diretos de Obede-Edom envolvidos na obra do Senhor. “A Obede-Edom, a guarda do lado sul; e a seus filhos, a guarda da casa de depósitos.” (1 Crônicas: 26:15 – NAA)

Isso nos ensina algo precioso: quando escolhemos honrar a Deus em casa, essa decisão muda o rumo da nossa história. A escolha de um pai reverente se transformou em uma herança de fé e serviço para toda a sua linhagem. O impacto da presença de Deus foi geracional. E ainda hoje, isso continua sendo verdade.

Quando abrimos espaço para Deus em nosso lar — mesmo que isso custe alguns ajustes, mudanças de hábito ou prioridades — a bênção não se limita a nós. Ela alcança filhos, netos e até quem ainda vai nascer. Uma casa que honra a presença de Deus é como uma fonte de água viva que nunca seca.

Obede-Edom não rejeitou a arca. Ele a recebeu com respeito e fé. Nós também somos convidados a fazer o mesmo. Mesmo em tempos difíceis, com rotinas corridas e tantos desafios, precisamos decidir: vamos abrir espaço para Deus em nossos lares? Vamos criar um ambiente onde Ele seja bem-vindo, honrado e adorado?

Que nossas casas sejam como a de Obede-Edom: lugares onde Deus se sinta à vontade para habitar. Onde Sua presença seja prioridade. Onde a fé seja visível e as bênçãos, inevitáveis.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

26/sab/abr/25

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  JAIRO: UM PAI QUE BUSCOU JESUS POR SUA FILHA “Não tenha medo; apenas creia.” Marcos 5:36 (NAA) Quando meu primogênito ainda era um be...