COMPANHEIROS INSEPARÁVEIS

“Faze-me justiça, Senhor, pois tenho vivido com integridade. Tenho confiado no Senhor, sem vacilação.” (Salmos 26:1, NVI).

Fé e santidade são dois companheiros inseparáveis na caminhada cristã. A fé é a base sobre a qual nossa relação com Deus é construída, é por meio dela que cremos em Suas promessas e recebemos Sua graça. Sem fé, é impossível agradar a Deus (Hebreus 11:6), pois ela nos conecta diretamente ao Senhor e à confiança em Sua palavra.

Por outro lado, a santidade é a expressão prática dessa fé. Ela nos chama a viver de forma separada do mal e alinhada à vontade de Deus. Quando buscamos a santidade, estamos respondendo ao chamado de Deus para sermos como Ele, pois "sede santos, porque eu sou santo" (1 Pedro 1:16). A verdadeira fé, portanto, nos impulsiona a uma vida de santidade, onde nossos pensamentos, atitudes e ações refletem nosso compromisso com Deus.

Esses dois elementos são inseparáveis porque a fé sem santidade torna-se vazia, sem frutos, e a santidade sem fé se torna um esforço meramente humano, sem a presença transformadora de Deus. A fé nos leva a confiar em Cristo, e a santidade é o resultado dessa confiança, manifestando-se em uma vida que reflete a pureza e a bondade de Deus. Quando caminhamos com ambos, fé e santidade, somos transformados e nos aproximamos mais do plano divino para nossas vidas.  “Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta.” (Tiago 2:17, NVI).

Se esses dois companheiros — fé e santidade — caminham com você, não há razão para temer o julgamento dos homens nem os perigos do caminho. A fé fortalece sua confiança em Deus, lembrando-o de que Ele está no controle de todas as coisas, e que Sua palavra é a verdade final, acima de qualquer julgamento humano. Com a fé, você se apoia na certeza de que Deus guia seus passos e tem um propósito maior para a sua vida, independentemente das críticas ou circunstâncias ao seu redor. “O Senhor está comigo, não temerei. O que me podem fazer os homens?” (Salmos 118:6, NVI).

A santidade, por sua vez, te protege ao alinhar suas escolhas e atitudes com a vontade de Deus. Quando você busca a santidade, escolhe viver de maneira íntegra, honrando a Deus em tudo o que faz. Isso te dá uma consciência limpa e a paz interior que vem de saber que você está andando nos caminhos do Senhor. Os perigos do caminho podem surgir, mas com a fé e a santidade como seus guias, você estará preparado para enfrentar qualquer obstáculo com coragem e firmeza. “Veja bem por onde anda, e os seus passos serão seguros.  Não se desvie nem para a direita nem para a esquerda; afaste os seus pés da maldade.” (Provérbios 4:26-27, NVI).

Quando a fé e a santidade te acompanham, você está ancorado em Deus. Nem os julgamentos dos homens, nem as dificuldades do mundo podem abalar a segurança que vem de saber que você está vivendo em conformidade com a vontade divina. Deus é seu refúgio e fortaleza, e você pode seguir em frente com confiança, sabendo que Ele é fiel em todas as Suas promessas.

O poder sustentador da confiança em Deus é claramente expresso no final do versículo que nos serve de base: tenho confiado no Senhor, sem vacilar. O salmista nos transmite com clareza a certeza de que a confiança em Deus não apenas nos guia, mas também nos sustenta. Quando confiamos plenamente em Deus, podemos viver com integridade, sabendo que Ele é fiel para nos proteger e nos guiar em cada situação.

A confiança inabalável no Senhor nos dá a segurança para enfrentar as dificuldades da vida sem vacilar, pois sabemos que estamos sob Sua proteção. Como o salmista, ao depositar nossa confiança em Deus, somos capacitados a viver de acordo com Seus preceitos, sem medo dos julgamentos dos homens ou dos perigos do caminho. Deus sustenta aqueles que Nele confiam, e essa confiança nos permite caminhar em integridade, com a certeza de que Ele será nosso justo juiz e nosso protetor fiel. “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas.” (Provérbios 3:5-6, NVI).

Em resumo, fé e santidade são pilares inseparáveis da vida cristã. A fé nos conecta a Deus, nos permitindo confiar em Suas promessas, enquanto a santidade reflete essa fé em nossas atitudes diárias. Juntas, elas nos capacitam a viver em integridade, sem temor ao julgamento dos homens ou aos desafios da vida. Com fé e santidade ao nosso lado, podemos seguir com confiança, sabendo que Deus nos sustenta e nos guia em todos os caminhos.

“Não podemos confiar em Deus se andarmos tortuosamente; mas os caminhos retos e a fé simples levam o peregrino com alegria ao fim de sua jornada.” (SPURGEON, Charles H. Tesouros de Davi. Vol. 1. Jundiaí, SP: Casa Publicadora Paulista, 2024). Parte inferior do formulário

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

 

CONSELHOS PRÁTICOS

Afaste-se do mal e faça o bem; busque a paz com perseverança.” (Salmos 34:14, NVI).

O mal está em toda a parte, e isso é uma realidade que enfrentamos diariamente. Ele se manifesta de várias formas — seja nas injustiças que vemos no mundo, nas dificuldades que enfrentamos em nossa vida pessoal ou nos desafios espirituais que surgem em nosso caminho. A presença do mal pode nos desanimar e, às vezes, até nos fazer questionar o propósito de nossas lutas. No entanto, é importante lembrar que, embora o mal esteja presente, ele não tem a palavra final.

A Bíblia nos ensina que o mal é uma força real, mas temporária. Deus nos dá ferramentas espirituais para resistir às suas influências e nos protege diante das adversidades. Em João 16:33, Jesus disse: "Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo." Mesmo diante do mal, podemos encontrar força e esperança em Cristo, que já triunfou sobre o mal em todas as suas formas. Embora o mal possa estar presente ao nosso redor, nossa confiança em Deus nos dá a certeza de que Ele está no controle e que, no final, o bem prevalecerá. Nossa fé nos fortalece para enfrentar as trevas e nos permite enxergar a luz, mesmo nos momentos mais difíceis.

O conselho do salmista no Salmo 34:14 é claro e direto: "Aparta-te do mal”. Esse versículo nos chama a uma vida de retidão, destacando a importância de nos afastarmos das influências do mal. O mal, que está presente em toda parte, busca nos desviar do caminho correto, mas a sabedoria está em escolher o bem, mesmo quando o mal parece atrativo ou predominante.

"Apartar-se do mal" implica uma decisão ativa e contínua de rejeitar aquilo que nos afasta de Deus. Não se trata apenas de evitar más ações, mas também de cultivar atitudes que promovem o bem, a justiça e a paz. O salmista nos lembra que o caminho para uma vida plena e em harmonia com Deus é marcado por essas escolhas, nas quais a paz e a bondade se tornam nossos guias. Portanto, ao seguirmos esse conselho, estamos optando por uma vida abençoada, na qual nos distanciamos do que é prejudicial e nos aproximamos de Deus e de Sua vontade. “Afaste-se do mal e faça o bem; busque a paz com perseverança.” (1 Pedro 3:11, NVI).

A segunda parte do versículo, "faze o bem," complementa perfeitamente o conselho de "aparta-te do mal." Não basta apenas evitar o mal; devemos ativamente praticar o bem. Esse é um chamado para vivermos de forma propositiva, buscando fazer a diferença positiva nas vidas das pessoas e no mundo ao nosso redor.

Ao "fazer o bem," cultivamos valores que refletem o caráter de Deus, como o amor, a compaixão, a generosidade e a justiça. Essa ação não se limita apenas a grandes gestos, mas inclui também as pequenas atitudes do dia a dia que demonstram nosso compromisso com o bem. Ao seguirmos essa orientação do salmista, vivemos de acordo com o plano de Deus para nós, promovendo a paz e a bondade, e, ao mesmo tempo, nos distanciando das influências negativas do mal. “Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: Pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus.” (Miquéias 6:8, NVI).

O versículo do Salmo 34:14 que serve de texto básico nos ensina que uma vida alinhada com Deus envolve tanto afastar-se do mal quanto engajar-se no bem, criando um ciclo de transformação pessoal e impactando positivamente aqueles ao nosso redor.

E, finalmente, o salmista nos ensina que devemos "procurar a paz e segui-la." Esse conselho nos leva a entender que a paz é algo que deve ser buscado ativamente, não apenas em nossos relacionamentos com os outros, mas também em nosso interior. A paz verdadeira não é apenas a ausência de conflitos, mas a presença de uma harmonia profunda, enraizada em nosso relacionamento com Deus.

Procurar a paz envolve mais do que evitar desavenças ou confrontos; trata-se de promover reconciliação, justiça e bondade em todas as esferas da vida. Seguir a paz significa viver de maneira a cultivá-la continuamente, mesmo quando as circunstâncias são adversas. Isso exige humildade, paciência e uma disposição constante para perdoar e construir pontes onde houver divisões. Como diz Hernandes, com muita propriedade, devemos nos preocupar em construir mais pontes do que muros. “Façam todo o possível para viver em paz com todos.” (Romanos 12:18, NVI).

Ao nos afastarmos do mal, fazermos o bem e buscarmos a paz, estamos alinhando nossas vidas com os valores que Deus deseja para nós. Seguir a paz é um caminho que nos leva à verdadeira comunhão com Deus e com os outros, tornando-nos agentes de transformação em um mundo muitas vezes dominado pelo caos e pela divisão. É uma jornada que nos conduz à plenitude da vida que Deus planejou, onde a paz interior e a paz com os outros caminham lado a lado.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

DEUS CUIDARÁ DE TI.

“Senhor, diante de ti estão todos os meus anseios; o meu suspiro não te é oculto.” (Salmos 38:9, NVI).

Deus conhece o teu desejo e o teu gemido. Ele entende as profundezas do teu coração, tanto os anseios silenciosos quanto as dores que você carrega. O Senhor, em Sua infinita sabedoria, sabe o que você precisa, mesmo antes de você pedir. Em Romanos 8:26, vemos que "o Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis", o que nos lembra que Deus não apenas escuta, mas também compreende aquilo que não conseguimos expressar em palavras. Seu desejo sincero e seu gemido silencioso não passam despercebidos diante Dele. Confie que, no tempo certo, Ele trará conforto e resposta às suas necessidades, porque Seu amor por você é imensurável.

Independentemente de como você esteja se sentindo — cansado, fraco ou sobrecarregado — não temas. O convite de Deus permanece. Ele nos chama exatamente como estamos, com todos os nossos medos e preocupações. Jesus disse em Mateus 11:28: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei." O Seu amor é infinito e o Seu cuidado é constante. Não importa o que esteja por vir, Deus conhece o teu caminho e providenciará tudo o que você precisa. Ele te sustenta em cada passo e está sempre pronto para cuidar de ti.

Assim como um bom médico, Deus entende os sintomas da nossa "doença", seja ela qual for. Ele não apenas enxerga a superfície dos nossos problemas, mas também vê o mal oculto que eles revelam. Deus conhece o que está no mais profundo das nossas almas e sabe exatamente como tratar cada ferida, seja ela física, emocional ou espiritual. Jeremias 17:14 nos encoraja: "Cura-me, Senhor, e serei curado; salva-me, e serei salvo, pois tu és aquele a quem eu louvo." Podemos confiar que nosso caso está seguro em Suas mãos, pois Ele é o médico supremo, capaz de trazer cura e restauração, mesmo nas situações mais difíceis. Deus trabalha para o nosso bem em todas as coisas, e podemos confiar plenamente em Seu cuidado e amor.

Há momentos em que podemos esconder nossas lágrimas e angústias daqueles que são mais próximos de nós, mas Deus as vê. Ele conhece cada dor e preocupação que você guarda no silêncio do seu coração. Mesmo que ninguém mais perceba ou compreenda o que você está passando, Deus está plenamente ciente. Isso nos conforta. O Salmo 56:8 nos diz: "Tu contaste as minhas aflições; colocaste as minhas lágrimas no teu odre." Isso nos mostra que Deus está atento a cada detalhe da nossa vida, inclusive as lágrimas que ninguém mais vê. Ele não apenas as vê, mas também se importa profundamente, oferecendo Seu consolo e paz em meio às nossas lutas.

Se o teu coração estiver descompassado e as forças te faltarem, se a luz dos teus olhos se apagar, ainda assim, no Senhor deves esperar. Mesmo que a resposta pareça demorar, Deus não se esquece de nós. Ele sabe exatamente o que estamos passando e, no tempo certo, age em nosso favor. A espera em Deus nunca é em vão, pois Ele renova as nossas forças e nos dá paz, que excede todo entendimento. Isaías 40:31 nos lembra: "os que esperam no Senhor renovam as suas forças; sobem com asas como águias; correm, e não se cansam; caminham, e não se fatigam." Mesmo em meio à escuridão, a luz de Deus jamais se apaga, e Ele é fiel em cumprir Suas promessas.

Em meio a todas as tempestades da vida, a confiança em Deus é o nosso refúgio seguro. Ele conhece os desejos e gemidos do nosso coração. Ele nos chama a nos aproximarmos d’Ele, independentemente de nossa condição. Seu convite é para que venhamos a Ele, trazendo nossas preocupações, dores e cansaço. Ele é o médico supremo que trata tanto os sintomas quanto as causas profundas de nossas dores. Deus vê nossas lágrimas, mesmo as mais escondidas, e nos oferece Seu consolo e força.

Se o caminho parece longo e a resposta tarda, lembre-se de que a espera em Deus nunca é inútil. Ele está sempre presente, renovando nossas forças e nos dando a coragem necessária para enfrentar os desafios. Confie Nele, pois, em todas as circunstâncias, Deus cuidará de ti.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 


 

CARACTERÍSTICAS DE UM MESTRE

“Portanto, você, meu filho, fortifique-se na graça que há em Cristo Jesus.” (2 Timóteo 2:1, NVI)

Quando Paulo chegou a Derbe e Listra, encontrou um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente e de pai grego. Os irmãos em Listra e Icônio davam um excelente testemunho de sua vida e caráter (Atos 16:1-2). Esse detalhe sobre a origem de Timóteo revela o quanto ele era capaz de navegar em diferentes culturas, algo importante para seu ministério. O jovem Timóteo despertou grande interesse em Paulo, impressionado com seu desenvolvimento pessoal e espiritual. Paulo, ao observar seu crescimento, decidiu levá-lo em suas viagens missionárias, onde Timóteo foi testado e provado em várias situações. Sua reputação era inquestionável entre os irmãos.

As cartas que o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo contêm profundas exortações e conselhos práticos, dirigidos não apenas ao jovem discípulo, mas a todos os que seguiriam a mesma trajetória de ensino e liderança. Entre essas orientações, destaca-se o convite a se fortificar na graça de Cristo. Paulo não aconselha Timóteo a buscar força em sua própria capacidade, mas a se fortalecer em algo além de si mesmo: “fortifique-se na graça que há em Cristo Jesus” (2 Timóteo 2:1, NVI).

Este chamado à força vai além de uma motivação comum. Paulo estava falando de uma força que não provém de habilidades físicas ou intelectuais, mas que tem como única fonte a “graça que há em Cristo Jesus”. Essa graça não é algo que podemos conquistar ou fabricar, mas é um dom de Deus, oferecido aos que confiam e dependem de Sua provisão divina. Essa força sobrenatural era necessária para que Timóteo enfrentasse os desafios de seu ministério, especialmente ao ensinar e pastorear a igreja.

Paulo, como mestre, entendia que o ensino cristão deve ser replicável. Ele instruiu Timóteo a transmitir o que aprendeu a pessoas de confiança, capazes de repassar o conhecimento a outros. Esse princípio de multiplicação é central no discipulado cristão, garantindo que a sã doutrina seja preservada e transmitida com fidelidade. Paulo enfatizava que apenas pessoas idôneas deveriam compartilhar essas verdades, assegurando a integridade da mensagem (2 Timóteo 2:2).

Aquele que ensina enfrenta, inevitavelmente, situações que podem despertar temor ou insegurança. Não é fácil estar na posição de líder espiritual e instrutor. Paulo, consciente disso, incentiva Timóteo a ser corajoso e resiliente. “Suporte comigo os sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus.” (2 Timóteo 2:3. NVI). A vida de um servo de Deus, especialmente no papel de ensino, não é isenta de dificuldades, pressões e, muitas vezes, perseguições. Assim como um soldado é treinado para a batalha, o mestre cristão também deve estar preparado para as lutas espirituais e emocionais que encontrará ao longo de sua jornada.

Para enfrentar os desafios, o que ensina precisa de um conhecimento sólido da Palavra de Deus, com fundamentos profundos para se posicionar com confiança diante de confrontos. Não basta ter boas intenções; é necessário ser um estudioso dedicado. Paulo orienta Timóteo a ser um obreiro aprovado, que maneja bem a palavra da verdade (2 Timóteo 2:15). Isso ressalta que o ensino cristão é sério e requer comprometimento. O mestre deve buscar profundo entendimento das Escrituras, sendo guiado pelo Espírito Santo, para transmitir a verdade com clareza e precisão.

Além disso, o mestre cristão deve seguir regras estabelecidas por Deus. Assim como um atleta que se submete às regras de uma competição, o que ensina precisa aprender a seguir os princípios divinos. A força reside em não se deixar levar pelas suas próprias emoções ou desejos, mas em submeter-se à vontade de Deus. Como Paulo afirma: “...nenhum atleta é coroado como vencedor, se não competir de acordo com as regras. (2 Timóteo 2:5 NVI). Aqui, Paulo enfatiza a importância da obediência. O sucesso no ministério não depende apenas do conhecimento, mas da submissão à direção e ao tempo de Deus.

O ensinador pode ser comparado a um lavrador, cujo trabalho exige paciência, perseverança e força. Ele prepara a terra, semeia, cuida da plantação e enfrenta dificuldades, esperando pela colheita. Da mesma forma, o mestre planta a Palavra de Deus no coração dos ouvintes, cuidando com amor e oração, confiando em Deus para o crescimento espiritual. Paulo nos ensina que o lavrador que trabalha arduamente deve ser o primeiro a colher os frutos de seu esforço. A recompensa, embora demorada, é certa para quem persevera (2 Timóteo 2:6).

Assim como Paulo encorajou Timóteo, o Espírito Santo nos fortalece hoje para perseverarmos no desafio de ensinar a Palavra de Deus. Devemos buscar a sabedoria e força que vêm do Senhor, lembrando que Ele está conosco nessa missão. O chamado de fazer discípulos, conforme Jesus ordenou em Mateus 28:19, permanece para todos os cristãos. O ensino cristão é desafiador, exigindo força espiritual e dependência da graça de Cristo. Ao nos fortalecer n'Ele, podemos enfrentar os desafios do ministério, certos de que nossa recompensa virá de Deus.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

CONFIANÇA INABALÁVEL

"Como é feliz o homem que põe no Senhor a sua confiança, e não vai atrás dos orgulhosos, dos que se afastam para seguir deuses falsos!" (Salmos 40:4, NVI).

Vivemos em uma época marcada por uma crise de confiança. Em um mundo cheio de incertezas, desinformação e decepções, torna-se cada vez mais difícil confiar — seja em instituições, pessoas ou até mesmo no futuro. Essa falta de confiança gera ansiedade e nos faz questionar nossas próprias crenças e decisões. Contudo, em meio a essa crise, a confiança em Deus permanece inabalável. Enquanto o mundo pode falhar, Deus continua sendo fiel, e Sua Palavra nos oferece segurança em tempos de dúvida. A confiança Nele é um alicerce sólido que não se abala, independentemente das circunstâncias ao nosso redor.

O fundamento de nossas vidas está estabelecido na confiança que temos em Deus. Essa confiança nos dá estabilidade, mesmo quando tudo parece incerto. Sabemos que Deus é fiel às Suas promessas, e essa certeza nos traz coragem para enfrentar os desafios diários. Ele é nosso refúgio e fortaleza, e Nele encontramos a base sólida para construir nossa vida. Quando confiamos em Deus, temos a segurança de que Ele está no controle e nos guia em cada passo.

Nossa felicidade não está nas circunstâncias ao nosso redor ou na confiança em seres humanos falhos. Jeremias 17:5 nos alerta: "Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do Senhor." Por outro lado, o versículo 7 complementa: "Bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele está." Ao confiarmos em Deus, encontramos verdadeira paz e contentamento, pois Ele nunca nos decepcionará. Enquanto os seres humanos são limitados e sujeitos a erros, Deus é perfeito em Suas promessas e fiel em Seu amor. Essa confiança nos traz alegria genuína, porque está firmemente ancorada na certeza de que Deus está sempre conosco, cuidando de cada detalhe de nossas vidas.

A confiança em Deus traz inúmeras bênçãos. Com fé Nele, encontramos paz em meio às tempestades e força para superar desafios. Essa confiança nos dá esperança nos momentos difíceis, certos de que Ele cuida de nós e age para nosso bem. Além disso, nos aproxima de Sua presença, fortalecendo nossa comunhão. As bênçãos vão além do material, transformando nosso interior e fortalecendo nossa jornada espiritual.

O Salmo 37:5-7 nos lembra da importância de entregar nossos caminhos ao Senhor e confiar Nele. O versículo diz: "Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá: ele deixará claro como a alvorada que você é justo, e como o sol do meio-dia que você é inocente." Essa passagem nos convida a depositar nossos planos e preocupações nas mãos de Deus, com a certeza de que Ele agirá a nosso favor no tempo certo. A confiança em Deus nos ensina paciência e fé, lembrando-nos de que não precisamos nos preocupar com o aparente sucesso dos que seguem caminhos errados. Em vez disso, devemos manter nossa confiança firmemente ancorada em Deus, que é justo e fiel.

Confiamos em Deus porque Ele é incomparável em Seu amor, sabedoria e cuidado. Seu amor é incondicional, sempre nos envolve e nos sustenta, mesmo quando não merecemos. A sabedoria divina ultrapassa todo entendimento humano, guiando-nos pelo melhor caminho, mesmo quando não conseguimos enxergar além das circunstâncias. E o cuidado de Deus é profundo e pessoal, atento a cada detalhe de nossas vidas. Sabemos que, ao confiar Nele, estamos seguros em Suas mãos. “Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês.” (1 Pedro 5:7, NVI).

Em um mundo de incertezas, a confiança em Deus permanece firme, trazendo proteção, paz e alegria. Sabemos que Ele está sempre conosco, guiando nossos passos. O Salmo 40:4 ensina que feliz é quem confia no Senhor e evita caminhos errados. Em Deus, encontramos o verdadeiro alicerce da vida, vivendo com coragem e esperança em qualquer circunstância.

Concluindo, a confiança em Deus não é apenas uma escolha, mas um modo de viver que traz bênçãos duradouras. Quando colocamos nossa fé Nele, vivemos com a certeza de que Ele cuida de nós e nos guia por caminhos de justiça e paz. Mesmo em um mundo de incertezas, Deus é nosso refúgio seguro, e Nele podemos descansar, confiantes de que Ele é fiel em todas as Suas promessas.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

Parte inferior do formulário

Parte superior do formulário

Parte superior do formulário

 

 

EQUIPAMENTOS PODEROSOS

“...fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder.” (Efésios 6:10, NVI).

Se hoje você está enfrentando uma batalha em que situações extremas testam os limites da sua fé e as circunstâncias parecem insuportáveis, não se atemorize. Deus nos provê as ferramentas essenciais para resistir e triunfar diante desses desafios.

A armadura de Deus, conforme descrita em Efésios 6, é o equipamento espiritual que precisamos para enfrentar os dias maus. Esse conjunto de defesa e ataque nos ajuda a permanecer firmes, mesmo diante das maiores adversidades. A verdade, a justiça, a fé, a salvação, a Palavra de Deus e a oração são as armas que Ele coloca à nossa disposição para resistirmos e saímos vitoriosos.

Certamente, a vida é uma batalha diária. Cada novo dia traz seus próprios desafios, testes de fé e situações que nos forçam a tomar decisões importantes. Nem sempre podemos prever o que enfrentaremos, mas podemos estar preparados.

Assim como um soldado se equipa para o combate, nós, como cristãos, precisamos estar espiritualmente prontos para lidar com as lutas que surgem. A vida é cheia de incertezas e dificuldades, mas com a armadura de Deus e confiança em Sua proteção, podemos enfrentar as batalhas com coragem e perseverança. "Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo." (Efésios 6:13, NVI). 

Nessa batalha, precisamos estar em contínuo contato com o nosso quartel-general, que está no céu. Nosso meio de comunicação é a oração. Através dela, nos conectamos diretamente com Deus, recebendo orientação, força e sabedoria para enfrentar os desafios do dia a dia. Assim como em uma guerra, onde o soldado depende das instruções de seus superiores para vencer, na vida espiritual precisamos manter uma linha de comunicação constante com o Senhor. A oração nos fortalece, nos dá discernimento e nos lembra de que, mesmo em meio à luta, não estamos sozinhos; nosso Comandante nos guia e nos sustenta. Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.  E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.” (Filipenses 4:6-7, NVI).

Não podemos fugir dessa guerra, pois ela é real. Os dias são maus, mas temos uma esperança inabalável: Jesus, nosso companheiro fiel, que nunca nos abandona. O Espírito Santo nos consola e fortalece, guiando-nos nas tempestades e renovando nossas forças. Com Jesus como líder e o Espírito Santo como apoio, enfrentamos as batalhas com confiança. “Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo" (João 16:33, NVI).

Em Deus, você não está desamparado. Ele promete estar ao seu lado, mesmo nas águas mais profundas e nas chamas mais intensas, garantindo que você não será consumido pelas dificuldades da vida. Em Cristo, você nunca está sozinho. Ele está conosco até o fim dos tempos, nos guiando, protegendo e oferecendo Sua presença constante. Essas promessas nos dão a certeza de que, não importa quão difíceis sejam as batalhas, Deus está conosco, e em Cristo, encontramos a companhia fiel que jamais nos abandona. “Quando você atravessar as águas, eu estarei com você; e, quando você atravessar os rios, eles não o encobrirão. Quando você andar através do fogo, você não se queimará; as chamas não o deixarão em brasas.” (Isaías 43:2, NVI).

Equipado com as armas espirituais, você está capacitado a vencer todas as batalhas. A armadura de Deus nos dá as ferramentas necessárias para resistir aos ataques do inimigo e manter-nos firmes na fé. O capacete da salvação, o escudo da fé, a espada do Espírito, entre outras, são poderosas para nos proteger e nos dar a vitória. Em Cristo Jesus, não há como perder! Ele já venceu o mundo, e, unidos a Ele, somos mais do que vencedores. Com a força e a graça que vêm de Deus, enfrentamos qualquer desafio com a certeza de que a vitória já está garantida.

Então, como você tem reagido nas horas de aflição? Você está bebendo da taça do tremor, sentindo-se débil, sem poder para resistir ao inimigo? É hora de sacudir as amarras pesadas e levantar mãos santas em louvor ao seu Redentor. Você está livre, não importa qual seja a prova. Então, se alegre e se regozije, sabendo que o quarto homem está na fornalha contigo. Cristo se revelará em seu sofrimento, e o fogo queimará todas essas cordas que lhe atam”.

(David Wilkerson)

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

MEU AMIGO, HOJE TU TENS A ESCOLHA.

“Hoje invoco os céus e a terra como testemunhas contra vocês, de que coloquei diante de vocês a vida e a morte, a bênção e a maldição. Agora escolham a vida, para que vocês e os seus filhos vivam.”  (Deuteronômio 30:19, NVI)

As escolhas que fazemos ao longo da vida moldam quem somos e o caminho que seguimos. Em Deuteronômio 30:19, Deus coloca diante de Seu povo uma escolha clara: "Tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência." Essa passagem destaca a responsabilidade que temos ao decidir, e como cada escolha traz consigo consequências que podem impactar não só nossas vidas, mas também as das futuras gerações.

Cada decisão, seja no dia a dia ou em momentos decisivos, exige discernimento. Escolhas pequenas, como a alimentação, podem afetar nossa saúde, enquanto escolhas maiores, como a de um cônjuge, podem definir a harmonia ou os conflitos em nossa família. Mesmo quando optamos por não agir, estamos, na verdade, fazendo uma escolha. A inação também tem consequências. Há decisões que reverberam pela eternidade, moldando não apenas o presente, mas influenciando nosso destino eterno.

Devemos ter em mente que nossas escolhas, um dia, serão testemunhas contra nós ou a nosso favor diante de Deus. Romanos 14:7 nos lembra que “nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si”. Nossas escolhas afetam não apenas nossa vida pessoal, mas também as pessoas ao nosso redor. Por isso, é essencial que cada decisão seja tomada com sabedoria e reverência, sabendo que, no final, prestaremos contas ao Criador por nossas ações.

Entre todas as escolhas, a mais importante é sobre nossa fé. Decidir seguir a Deus ou afastar-se Dele não impacta apenas nossa vida terrena, mas também o destino eterno da nossa alma. O caminho da fé traz orientação e propósito diante das incertezas da vida. É uma escolha que transcende o material e envolve um compromisso com valores que perduram. Ao seguir esse caminho, vivemos uma vida de significado, com a certeza de que nossa existência está em harmonia com algo maior e eterno.

Josué, ao liderar o povo de Israel, os confrontou com uma escolha crucial: servir a Deus ou a outros deuses. Ele declarou em Josué 24:15: "Escolham hoje a quem irão servir... quanto a mim e à minha casa, serviremos ao Senhor." Essa escolha foi mais do que uma simples questão de adoração. Foi uma declaração de compromisso de vida, com implicações profundas para aquela geração e para as futuras. Josué nos ensina que, na jornada da fé, a decisão de quem seguir é central e definirá o curso de nossa vida.

Posso afirmar, sem hesitação, que a melhor escolha que já fiz foi aceitar a Cristo como meu suficiente Salvador. Essa decisão trouxe paz e propósito à minha vida, guiando-me em momentos de incerteza e desafio. A fé em Jesus se tornou meu alicerce, sustentando-me em tempos difíceis e proporcionando um senso de direção claro. Aceitar a Cristo não é apenas uma escolha única; é um compromisso diário, um relacionamento contínuo com Ele, que traz alegria e a certeza da vida eterna.

João 15:16 nos lembra que "não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi". Aceitar a Cristo é uma resposta ao chamado de Deus, que nos escolheu antes mesmo de podermos escolher. Quando aceitamos essa escolha, tornamo-nos eleitos de Deus, vivendo conforme Seus propósitos. Saber que fomos escolhidos por Ele nos dá identidade e missão, nos convidando a frutificar e viver de maneira que reflita Seu amor e vontade. Essa certeza fortalece nossa fé e nos dá segurança, pois é um ato de amor incondicional.

Se hoje você ouvir a voz de Deus, não endureça seu coração (Hebreus 3:7-8). Quando Deus nos chama, Ele oferece a oportunidade de uma vida transformada pela Sua graça. Responder ao Seu convite é aceitar um caminho de esperança, renovação e propósito. Endurecer o coração é rejeitar essa chance, afastando-se da comunhão com o Criador. Permitir que Cristo guie sua vida abre portas para uma existência plena e significativa, onde você pode ser parte do plano eterno de Deus.

É importante destacar que, embora nossas escolhas determinem como vivemos, Deus não muda Suas escolhas com base nas nossas ações. A soberania divina é um princípio fundamental: Suas escolhas são perfeitas e imutáveis. João 15:16 reforça que a graça de Deus não depende de nossas obras; ela é um presente imerecido. No entanto, nossas decisões de obediência e fé influenciam como experimentamos as bênçãos de Deus e vivemos dentro de Seu plano. Embora Ele permaneça fiel e Seu amor inabalável, nossas escolhas podem nos aproximar ou nos afastar da experiência plena de Sua vontade.

Concluindo, as escolhas são inevitáveis, e suas consequências são profundas. Cada uma delas tem o poder de impactar nossa vida presente e, em alguns casos, o nosso destino eterno. Que possamos, com discernimento, coragem e fé, optar sempre pelo caminho que nos aproxima do propósito divino. Afinal, como a Bíblia nos ensina, as escolhas que fazemos hoje ecoarão na eternidade.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

CONFIANÇA FIRME NAS PROMESSAS DE DEUS – PARTE III

“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.” (Lamentações 3:21, ARA)

Nesta sequência de nossa análise do versículo escrito por Jeremias, exploraremos os dois últimos elementos que nos trazem esperança: a bondade do Senhor e a salvação do Senhor. Esses elementos reforçam o caráter amoroso e redentor de Deus, que continua agindo em favor do Seu povo, oferecendo esperança e redenção, mesmo nas situações mais difíceis.

Alguns filósofos têm uma visão limitada e distorcida da esperança, como Nietzsche, que a via como "o pior dos males" por, segundo ele, prolongar o sofrimento. Para Nietzsche, a esperança cria expectativas irreais, impedindo as pessoas de encarar a realidade dura e cruel da vida, mantendo-as presas à dor e à insatisfação.

A esperança, especialmente na perspectiva bíblica, está enraizada na fé em Deus e em Suas promessas, oferecendo uma confiança firme de que o sofrimento tem propósito e que o futuro pode trazer restauração. Em Romanos 5:3-5, o apóstolo Paulo ensina que "a tribulação produz perseverança, a perseverança, caráter; e o caráter, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou o seu amor em nossos corações". Nesse sentido, a esperança é uma força ativa que nos conduz à maturidade espiritual e à capacidade de enfrentar os desafios com fé em algo maior.

A visão de Nietzsche sobre a esperança é rasa, pois ignora seu poder transformador na vida das pessoas. Longe de ser uma ilusão que prolonga o sofrimento, a esperança é uma força vital que impulsiona o ser humano a superar adversidades e buscar transformação. Psicologicamente, está associada à saúde mental e resiliência, ajudando a enfrentar o sofrimento com coragem e expectativa de melhoria, em vez de aprisionar as pessoas em ilusões.

Segundo Jeremias 3:25, a bondade do Senhor é uma fonte de esperança para o Seu povo. A bondade de Deus se manifesta em Seu cuidado contínuo, em Sua paciência e em Seu desejo de restaurar aqueles que se arrependem e voltam para Ele.

Mesmo em meio ao julgamento e à disciplina, Jeremias nos lembra que o Senhor é bom, e essa bondade é um convite para a renovação espiritual e emocional. Saber que Deus é bondoso nos oferece confiança de que, independentemente das circunstâncias, Sua misericórdia e amor nos guiarão de volta ao caminho da esperança e da restauração. A bondade divina, então, nos garante que sempre podemos esperar pelo melhor, porque Deus está no controle e age para o nosso bem.  “Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca.” (Jeremias 3:25, NVI)

O quinto e último elemento que nos traz esperança é a salvação do Senhor, que é o tema central da Bíblia. (Jeremias 3:26)

Toda a revelação de Deus nas Escrituras aponta para Seu plano redentor de salvar a humanidade, culminando em Jesus Cristo. A salvação que Deus nos oferece não é apenas um ato de libertação, mas uma restauração completa de nossa relação com Ele, por meio do sacrifício de Cristo. Através da Bíblia, Deus nos revelou Seu amor e propósito, oferecendo esperança eterna por meio de Jesus, que é a verdadeira fonte de nossa salvação e redenção.

A salvação é inteiramente do Senhor, e o ser humano, por seus próprios méritos, não pode fazer nada para alcançar a salvação. Essa é uma questão que inquieta muitos, como vimos na experiência do jovem rico com Jesus (Mateus 19:16) e do carcereiro com Paulo (Atos 16:30).  Ambos fizeram a mesma pergunta: "O que devo fazer para ser salvo?". Jesus, ao falar com o jovem rico, mostrou que a salvação não é simplesmente resultado de boas obras ou da observância de regras, mas da entrega completa a Deus. Da mesma forma, Paulo, ao responder ao carcereiro, enfatizou que a fé em Jesus Cristo é o caminho para a salvação. Essa é a resposta definitiva: a salvação vem pela graça de Deus, por meio de Jesus, e não por aquilo que o ser humano pode fazer.

Jeremias nos ensina que a salvação de Deus é algo pelo qual vale a pena esperar com paciência. Mesmo diante das dificuldades e do sofrimento, o povo de Deus é chamado a esperar em silêncio pela Sua intervenção redentora. A salvação do Senhor não se limita à libertação física, mas inclui a restauração espiritual e a comunhão renovada com Ele. Saber que o Senhor é nosso Salvador nos dá uma esperança inabalável, pois temos a certeza de que, no tempo de Deus, seremos libertos e restaurados por Sua poderosa mão. Essa promessa de salvação é o fundamento de nossa confiança, independentemente das circunstâncias. “Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio.”  (Jeremias 3:26, NVI)

Concluímos nossa série sobre a esperança, reconhecendo que ela está firmemente ancorada na misericórdia, na fidelidade, em ter o Senhor como nossa herança, na bondade e salvação do Senhor. Esses elementos nos garantem que, mesmo nas adversidades, podemos confiar em Deus. A esperança bíblica não é ilusória, mas baseada nas promessas eternas de Deus, que se cumprem em Jesus Cristo, nossa verdadeira fonte de redenção.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

 

CONFIANÇA FIRME NAS PROMESSAS DE DEUS – PARTE II

“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.” (Lamentações 3:21, ARA)

Quem perde a esperança não consegue olhar para a frente, pois a esperança é o que nos dá força para vislumbrar um futuro melhor, mesmo em meio às dificuldades. Sem ela, ficamos presos ao presente ou ao passado, incapazes de enxergar possibilidades de renovação e mudança. A esperança age como uma luz que ilumina o caminho, permitindo que enfrentemos os desafios com confiança e fé. Sem essa visão, a vida se torna pesada e o futuro parece vazio. É a esperança que nos impulsiona a seguir em frente, confiando que Deus tem um propósito maior para nossas vidas.

Na segunda parte de nossa reflexão, abordaremos o segundo e o terceiro elementos que podem nos dar esperança: a fidelidade do Senhor e o fato de Ele ser a nossa porção.

Parte inferior do formulário

Conforme mencionado em Lamentações 3:23, a fidelidade de Deus é uma âncora firme em tempos de adversidade, pois Ele é constante em Suas promessas e nunca falha em cumprir o que diz. Em Jeremias 1:12, Deus reafirma essa verdade, dizendo: "Eu velo sobre a minha palavra para a cumprir." Isso demonstra que a fidelidade do Senhor está sempre presente, garantindo que Suas promessas se cumpram no tempo certo, trazendo-nos esperança e segurança em meio às dificuldades.

O que Deus promete, Ele cumpre, e isso nos traz uma esperança inabalável. Sua fidelidade em manter Suas promessas nos dá confiança de que, mesmo em meio às incertezas e provações, Ele está agindo em nosso favor. Podemos descansar na certeza de que, em Seu tempo perfeito, tudo o que Ele disse se realizará, sustentando nossa fé e renovando nossa esperança a cada dia.

Como terceiro elemento de esperança, encontramos "a nossa porção", conforme Jeremias 3:24: “A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele.” Este versículo nos lembra que o Senhor é a nossa herança, a nossa parte. Quando tudo ao nosso redor parece incerto, podemos confiar que Deus é suficiente para nós. Ele é a nossa porção, aquele que nos sustenta e preenche nossas necessidades mais profundas. Essa verdade nos oferece esperança, pois saber que pertencemos a Deus e Ele a nós nos fortalece para enfrentar qualquer desafio.

Tendo o Senhor como nossa porção, nós realmente temos tudo. Ele é a fonte de tudo o que precisamos — paz, consolo, força e provisão. Quando colocamos nossa confiança em Deus e reconhecemos que Ele é suficiente para suprir todas as nossas necessidades, encontramos a verdadeira segurança e esperança. Não importa quais sejam as circunstâncias, ao termos o Senhor, temos tudo o que importa para nossa vida e caminhada espiritual.

Ao analisarmos o hebraico do Salmo 23:1, a expressão "O Senhor é o meu pastor e nada me faltará" pode ser traduzida com um significado mais profundo: "O Senhor é o meu pastor, e Ele não me faltará". Isso reforça a ideia de que o próprio Deus, como nosso Pastor, é a fonte de tudo o que precisamos, e Ele nunca nos abandonará ou deixará de suprir nossas necessidades. O foco está na presença constante e fiel de Deus, garantindo que, independentemente das circunstâncias, Ele estará sempre ao nosso lado, cuidando de nós com amor e provisão.

Concluímos, portanto, que a fidelidade do Senhor e o fato de Ele ser a nossa porção são elementos fundamentais que nos trazem esperança, mesmo diante das adversidades. A fidelidade de Deus é inabalável, garantindo que Suas promessas serão cumpridas no tempo certo, sustentando nossa fé em momentos difíceis. Além disso, ao reconhecer que o Senhor é a nossa porção, encontramos plena segurança e provisão, sabendo que, com Ele, nada nos falta.

Assim como Davi declarou no Salmo 23 que "O Senhor é o meu pastor, e Ele não me faltará", podemos descansar na certeza de que Deus sempre estará presente, suprindo todas as nossas necessidades espirituais e físicas. Em meio às incertezas da vida, esses elementos nos oferecem a confiança necessária para olhar para o futuro com fé e esperança, sabendo que o Senhor é suficiente e nunca falha.Parte inferior do formulário

No próximo estudo, traremos a conclusão, apresentando o quarto e o quinto elementos que, segundo Jeremias, podem nos dar esperança.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

 

 

CONFIANÇA FIRME NAS PROMESSAS DE DEUS – PARTE I

“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.” (Lamentações 3:21, ARA)

A esperança, amplamente discutida na filosofia, é vista como um estado psicológico positivo que envolve a expectativa de algo desejado, mesmo diante de incertezas. Filósofos a interpretam de várias formas: como uma virtude ética e espiritual, uma força de resistência ao desespero, ou uma ilusão que prolonga o sofrimento. Para Gabriel Marcel, a ausência de esperança leva ao desespero, isolando a pessoa e bloqueando sua abertura para o transcendente e para os outros. Sem essa confiança em algo maior, o indivíduo perde o sentido da vida, ficando preso às dificuldades do presente.

Jeremias foi uma testemunha das tragédias que se abateram sobre Jerusalém, permanecendo na cidade durante e após sua destruição. Mesmo sofrendo pessoalmente, ele continuou a advertir o povo sobre o julgamento de Deus, registrando suas profecias e lamentos no livro que leva seu nome. Suas súplicas e dores pela queda de Jerusalém também estão expressas no livro de Lamentações, onde descreve o sofrimento e a desolação da cidade. Jeremias se destacou por sua fidelidade a Deus em meio ao caos e à destruição iminente.

Parte superior do formulário

Diante de uma destruição total, como a queda de Jerusalém e o cativeiro, a esperança bíblica se fundamenta na confiança em Deus e em Suas promessas de restauração. Mesmo nas circunstâncias mais devastadoras, profetas como Jeremias ensinaram que a esperança não depende do que se vê, mas da fidelidade de Deus. Em Jeremias 29:11, Deus promete um futuro de paz e restauração, apesar do sofrimento presente. A verdadeira esperança vem da certeza de que Deus tem um propósito, sendo capaz de transformar tragédias em novas oportunidades de renovação e redenção.

A partir do texto básico, vamos analisar os cinco elementos que Jeremias relembra ao povo como fonte de esperança, mesmo em meio ao caos e destruição. Esses elementos revelam que, apesar da situação desesperadora, ainda há razões para confiar em Deus. Aqui estão os principais elementos de esperança mencionados por Jeremias:

1 – As misericórdias de Deus

Em Lamentações 3:22, Jeremias afirma: "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim." A palavra "misericórdia" tem origem no latim "misericordia", que se divide em "miseri" (sofrimento, miséria) e "cardia" (coração), significando "ter um coração voltado para o sofrimento", ou seja, compaixão. Esse é o primeiro e fundamental elemento de esperança que Jeremias aponta. A misericórdia de Deus é o motivo pelo qual o povo de Judá ainda não foi completamente consumido, mesmo em meio à devastação.

O Salmo 136 reforça essa verdade ao repetir 26 vezes a expressão "porque a sua misericórdia dura para sempre", em cada um dos versículos. Essa repetição enfatiza que a misericórdia de Deus é eterna e nunca falha. O salmo destaca as ações de Deus na história, desde a criação até a libertação de Israel, sempre motivadas por Sua misericórdia. Esse caráter misericordioso de Deus se revela em todas as Suas interações com o Seu povo, demonstrando que Ele nunca deixa de agir com compaixão, mesmo quando a situação parece desesperadora.

Em Êxodo 33-34, vemos outro exemplo dessa misericórdia quando Deus se revela a Moisés, proclamando: "Senhor, Senhor, Deus compassivo e misericordioso, paciente, cheio de amor e de fidelidade" (Êxodo 34:6, NVI). A misericórdia, aqui, é vista como um atributo central do caráter de Deus. Mesmo quando o mundo tenta distorcer a imagem de Deus como alguém cruel ou distante, as Escrituras mostram que Sua misericórdia e compaixão são constantes e renovadas a cada dia. É por causa dessa misericórdia que Jeremias reconhece que o povo de Judá ainda existe, mesmo em meio ao exílio.

Todos, em algum momento, cometem erros e necessitam da misericórdia divina para alcançar perdão, restauração e renovação. A misericórdia de Deus é essencial para nossa jornada espiritual, pois nos guia em direção ao crescimento interior e à reconciliação com nosso Pai Celestial. É através dessa compaixão divina que encontramos força para superar nossas falhas e recomeçar com um coração transformado.

Por tudo isso destacamos que a misericórdia do Senhor nos dá esperança. A esperança, mesmo em tempos de adversidade, é fundamentada na misericórdia de Deus, que nunca falha. Jeremias nos lembra que, apesar das circunstâncias difíceis, podemos confiar nas promessas divinas de restauração e paz. Essa confiança renova a nossa fé e nos dá forças para seguir adiante.

Nos próximos textos, abordaremos outros elementos que, segundo Jeremias, fortalecem nossa esperança e renovam nossa confiança nas promessas de Deus.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

 

 

Parte superior do formulário

 

Parte inferior do formulário

 

 

O VERDADEIRO ADORADOR

“Quem poderá subir o monte do Senhor? Quem poderá entrar no seu Santo Lugar?” (Salmos 24:3, NVI).

O que é a verdadeira adoração e em que ela consiste? A verdadeira adoração vai além de rituais externos ou de práticas religiosas formais. Ela é uma expressão profunda do coração, que envolve a entrega total a Deus, reconhecendo Sua soberania, santidade e amor. Na Bíblia, a adoração é descrita como um ato espiritual que deve ser sincero e movido por um coração transformado pela graça de Deus. Em diálogo com a mulher samaritana Jesus diz que o Pai procura verdadeiros adoradores que O adorarem em espírito e em verdade (João 4:23).

O Salmo 24 destaca com profundidade as qualidades do verdadeiro adorador; como devem estar suas mãos e coração; como deve ser sua alma: limpo de mãos, puro de coração e que não entrega sua alma à falsidade.

As mãos representam uma conduta íntegra, simbolizando as ações e atitudes do adorador. Ter "mãos limpas" significa viver de forma ética, rejeitando a corrupção e a maldade, e agindo com justiça e retidão em todas as situações. Senhor, quem habitará no teu santuário? Quem poderá morar no teu santo monte? Aquele que é íntegro em sua conduta e pratica o que é justo, que de coração fala a verdade.” (Salmos 15: 1-2, NVI)

O coração, por sua vez, representa as motivações e os desejos mais íntimos do ser humano. Ser "puro de coração" é estar livre de intenções egoístas ou impuras, buscando sinceramente agradar a Deus e viver em conformidade com a Sua vontade. A pureza de coração envolve integridade, onde o que é pensado e sentido no íntimo está alinhado com as ações externas.  Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus.” (Mateus 5:8, NVI)

A alma do verdadeiro adorador deve ser preservada da falsidade, mantendo-se distante de mentiras e falsos ídolos. A verdadeira adoração exige uma alma íntegra, que permanece fiel a Deus, sem ceder à falsidade ou à hipocrisia. Esse comprometimento genuíno com a verdade e a justiça é refletido em todos os aspectos da vida, evitando qualquer forma de engano, seja em pensamentos, palavras ou ações. O verdadeiro adorador volta seu coração para as coisas do alto, agradando-se do que é do Senhor, em vez de amar o mundo ou se conformar com seus padrões temporais.

Portanto, o adorador que busca a presença de Deus precisa ter suas mãos limpas, um coração puro e uma alma íntegra. Essas características refletem uma vida dedicada a viver em conformidade com a santidade e a justiça divinas, não apenas no momento da adoração, mas em todas as áreas da vida cotidiana. A verdadeira adoração, como o Salmo 24 ensina, é uma expressão de santidade vivida, onde o caráter e a conduta são tão importantes quanto o louvor.

A verdadeira adoração, portanto, envolve a integridade do adorador, que se rende completamente a Deus com sinceridade, humildade, e em busca de um relacionamento profundo com Ele. Não é limitada a um local específico ou a momentos cerimoniais, mas se manifesta em cada aspecto da vida, em obediência e amor a Deus, e no desejo de glorificá-Lo em todas as ações. “No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade.” (João 4:23, NVI).

Em Romanos 12:1, Paulo também descreve a verdadeira adoração como algo que se reflete na nossa maneira de viver: "Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês." Aqui, ele ensina que a verdadeira adoração envolve oferecer nossa vida a Deus como um sacrifício vivo, vivendo de acordo com Sua vontade.

O verdadeiro adorador faz parte da igreja fiel, conforme mencionado em Salmos 24:6: "São assim aqueles que o buscam, que buscam a tua face, ó Deus de Jacó." Ele foi atraído por Deus com cordas de amor, Oséias 11:4: Sua vida é uma resposta ao chamado divino, e ele é uma ovelha do bom pastor, aquele que conhece as Suas ovelhas e é conhecido por elas, como Jesus disse em João 10:14.

O relacionamento de profundo amor e confiança com Deus molda a vida do adorador, levando-o a viver em obediência e gratidão, buscando agradar a Deus em todas as coisas. Ele reconhece que foi redimido por Cristo e vive em conformidade com Sua vontade, servindo a Deus com alegria e integridade, enquanto caminha na esperança da vida eterna, onde a verdadeira adoração será plena e eterna na presença do Senhor.

A verdadeira adoração é uma entrega contínua e sincera, que vai além dos rituais, refletindo uma vida de integridade, pureza e devoção a Deus. Ela envolve confiar no cuidado do Bom Pastor e viver conforme a Sua vontade em todas as áreas da vida. Não se limita a momentos específicos, mas se manifesta em obediência e gratidão diárias. O adorador fiel vive para glorificar a Deus, aguardando a plenitude da adoração na eternidade.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

ESPERANÇA NA DESOLAÇÃO

Como está deserta a cidade, antes tão cheia de gente! Como se parece com uma viúva, a que antes era grandiosa entre as nações! A que era a princesa das províncias agora tornou-se uma escrava.” (Lamentações 1:1, NVI).

Como está deserta aquela cidade, antes tão populosa! A descrição que o profeta Jeremias faz de Jerusalém, na lamentação que se seguiu à sua destruição, ecoa pela história como um grito de dor e desolação. Essa queixa, nos apresenta uma cena de devastação: uma cidade que foi "princesa entre as províncias", agora reduzida à condição de tributo, uma viúva sem consolo. Esse momento intensamente dramático do Antigo Testamento nos leva a refletir não apenas sobre os eventos históricos, mas também sobre as lições que podemos extrair para nossas vidas contemporâneas.

O cenário em que Jeremias se encontra é o resultado de um longo processo de desobediência e afastamento do povo de Deus. O profeta já havia alertado sobre a calamidade que se aproximava, denunciando os pecados de gerações que haviam se afastado dos caminhos do Senhor. A invasão de Nabucodonosor em 586 a.C. não foi um mero acidente histórico; foi o cumprimento de uma profecia, uma consequência inevitável das escolhas feitas pelo povo. Jeremias, apesar de ser o porta-voz dessa mensagem de advertência, não estava imune à dor do que presenciava. O lamento que inicia suas reflexões é um convite à introspecção, um questionamento que muitos de nós fazemos em momentos de crise: "Como isso aconteceu?" “Disse então Jeremias a todos os líderes e a todo o povo: "O Senhor enviou-me para profetizar contra este templo e contra esta cidade tudo o que vocês ouviram.” (Jeremias 26:12, NVI).

Essa indagação ressoa em nossas vidas cotidianas, especialmente quando enfrentamos situações que parecem desproporcionais ao que acreditamos merecer. Perdas, doenças, separações e crises financeiras nos deixam perplexos e muitas vezes levamos tempo para entender as razões por trás de nossos sofrimentos. O que é ainda mais desafiador é que, muitas vezes, idealizamos um Deus que, por ser Todo-Poderoso, não permitiria que enfrentássemos tais desafios. No entanto, a realidade é que Deus, em Sua soberania, permite que certas situações se desenrolem para nosso aprendizado e crescimento. 

O lamento de Jeremias não é apenas uma expressão de desespero, mas também um reconhecimento de que, mesmo na dor, há um propósito. Ele nos ensina que é fundamental aceitar que, em momentos de crise, não estamos sozinhos. A misericórdia de Deus nos envolve, e, ainda que as feridas sejam profundas, Ele também é aquele que cura. Em Oséias 6:1, encontramos um convite à restauração: “Vinde, voltemos para o Senhor, pois Ele nos despedaçou, e nos curará”. Essa promessa nos lembra que a dor pode ter um papel transformador em nossas vidas

O profeta ressalta, ainda, que devemos refletir sobre nossas aflições e as razões por trás delas. “Como pode um homem reclamar quando é punido por seus pecados?” Lamentações 3:39 (NVI). Não podemos ser meros espectadores de nossas dores; é preciso compreendê-las, aceitá-las e, principalmente, utilizá-las como ferramentas de crescimento. Em vez de nos deixarmos consumir pelo sofrimento, temos a oportunidade de extrair lições valiosas que podem nos fortalecer e preparar para os desafios futuros. 

Rick Warren, em suas reflexões sobre a dor, nos lembra que “a sua experiência não é o que acontece com você, mas o que você faz com o que acontece a você”. Essa visão nos leva a entender que, diante das adversidades, temos uma escolha: podemos sucumbir ao desespero ou podemos usar nossas experiências para ajudar os outros. A dor, quando compartilhada, torna-se um instrumento poderoso de conexão e empatia.

Portanto, quando nos deparamos com as lágrimas que brotam do nosso coração, é crucial lembrar que cada ferida tem um propósito. A dor que sentimos pode nos guiar a um lugar de compaixão e compreensão. Ao olharmos para a história de Jerusalém e a lamentação de Jeremias, somos desafiados a reconhecer que as nossas próprias crises podem se transformar em oportunidades de crescimento espiritual e humano.  “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações.” (2 Coríntios 1:3-4, NVI).

Concluindo, a história de Jerusalém e o lamento de Jeremias são um convite a refletir sobre nossas próprias vidas. Assim como o profeta, podemos nos perguntar: "Como isso aconteceu?" e, ao mesmo tempo, buscar entender as lições que surgem a partir do sofrimento. Que possamos, então, transformar nossa dor em aprendizado e, assim, encontrar um novo propósito em meio à desolação. Porque, mesmo na tristeza, Deus continua presente, e em Seu amor encontramos a cura que tanto buscamos.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

O FIM PRINCIPAL DO HOMEM

“Portanto, seja comendo, bebendo ou fazendo qualquer outra coisa, todas as nossas ações devem ser voltadas para a glória de Deus.” (1 Coríntios 10:31, NVT).

A essência da vida cristã encontra seu verdadeiro fundamento na glorificação do Criador e no deleite em Sua presença. Como expressa o Catecismo de Westminster, o fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre, indicando que nossa maior realização está em viver para exaltar Sua soberania, bondade e santidade em todas as circunstâncias da vida.

A busca por Deus, no entanto, não deve ser motivada por interesses pessoais ou vantagens momentâneas, mas pela compreensão de que a verdadeira felicidade e satisfação se encontram em um relacionamento profundo e íntimo com Ele. Nossa fé é mais significativa quando fundamentada na gratidão e na adoração, não em expectativas de recompensas imediatas. Adorar a Deus é reconhecer quem Ele é e exaltar Sua grandeza, independentemente das bênçãos que possamos receber. Como declara o salmista: "Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu coração." (Salmos 37:4, NVI). 

Viver para glorificar a Deus nos liberta de um serviço baseado em barganhas e trocas. Quando nosso coração se orienta pela exaltação do Senhor, encontramos propósito e significado mais profundos. A comunhão genuína com o nosso Criador não se constrói em busca de vantagens, mas na rendição completa ao Seu amor e à Sua vontade. Até mesmo os momentos difíceis se tornam oportunidades para glorificar o Seu nome e demonstrar nossa confiança Nele. Em tais situações, aprendemos a encontrar força e alegria em Sua presença, sabendo que a maior recompensa não é algo material, mas a intimidade com o próprio Deus.

A glória de Deus deve ser o alvo de todas as nossas ações, grandes ou pequenas. Isso inclui não apenas nossos grandes feitos, mas também as escolhas cotidianas, como o modo como falamos, agimos e lidamos com as dificuldades. Cada decisão reflete o propósito maior de honrar a Deus, mesmo que o mundo ao nosso redor não perceba ou valorize essas atitudes. Como está escrito: "Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens." (Colossenses 3:23, NVI). Essa orientação nos ajuda a abandonar atitudes egoístas e a viver de forma íntegra, alinhados à vontade divina.

Quando tudo o que fazemos é motivado pela glória de Deus, nossa vida assume um propósito eterno. Até as tarefas simples do dia a dia – como trabalhar, estudar ou servir ao próximo – se transformam em oportunidades de adoração e obediência. Esse entendimento nos conduz a uma jornada espiritual madura, onde cada aspecto da vida reflete a glória de Deus. Não buscamos mais reconhecimento humano, mas a satisfação plena em obedecer ao Senhor e viver segundo Seus princípios. Como Paulo afirma em Romanos: "Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém." (Romanos 11:36, NVI).

Nada é mais relevante para o cristão do que viver para glorificar a Deus. Esse princípio orienta nossas decisões, ações e atitudes, tanto nas grandes realizações quanto nos gestos mais simples e cotidianos. Mesmo as escolhas difíceis se tornam oportunidades de exaltar o nome de Deus e manifestar Sua vontade. Quando tudo o que fazemos converge para a glória de Deus, nossa vida ganha um propósito que transcende este mundo e encontra significado eterno.

Portanto, seja nas alegrias ou nas adversidades, o objetivo final do cristão deve ser sempre honrar e glorificar o Senhor. Viver com esse propósito transforma não apenas nossa perspectiva sobre a vida, mas também a forma como nos relacionamos com o próximo e enfrentamos os desafios diários. Cada escolha, grande ou pequena, é uma oportunidade de testemunhar a bondade e a soberania de Deus.

Que nossas vidas sejam uma expressão contínua desse chamado, buscando glorificar o Criador em tudo, para que Seu nome seja exaltado para sempre.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

 

 

 

 

QUANDO O PRIMEIRO MARCA

“Este sinal miraculoso, em Caná da Galileia, foi o primeiro que Jesus realizou. Revelou assim a sua glória, e os seus discípulos creram nele.” (João 2:11, NVI).

A ideia de que “o primeiro é sempre marcante” destaca como as primeiras experiências, como o primeiro carro, emprego, casa ou viagem, deixam impressões duradouras. Esses momentos representam novos começos e oportunidades de crescimento, desafiando-nos a sair da nossa zona de conforto. Eles moldam nossas memórias e influenciam nossas futuras escolhas e percepções. Cada “primeira vez” é única e especial, contribuindo para nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Essas experiências são lembradas com carinho e muitas vezes contadas por anos.

O evangelista João relata que o primeiro milagre de Jesus ocorreu em um casamento em Caná da Galileia. Este evento é descrito em João 2:1-11 e é considerado o início dos sinais de Jesus, manifestando Sua glória e levando Seus discípulos a crerem Nele. Aquele foi um momento de especial importância, em que Jesus revelou Sua divindade aos presentes. Este evento não apenas demonstrou Seu poder sobrenatural, mas também começou a revelar Sua verdadeira identidade como o Filho de Deus. Os discípulos que testemunharam o milagre começaram a acreditar em Jesus de uma maneira mais profunda, reconhecendo que Ele não era apenas um homem comum, mas alguém com uma missão divina.

O milagre em Caná ocorreu durante um casamento, uma celebração de união e amor, onde amigos e familiares se reuniram para compartilhar momentos de felicidade. A presença de Jesus em um evento familiar como um casamento destaca a importância da família e das relações humanas em Seu ministério. Não foi por acaso que Jesus escolheu aquele ambiente para realizar Seu primeiro milagre, destacando que Sua missão inclui trazer alegria e renovação às nossas vidas diárias. Segundo Hernandes: “A maior necessidade da família é pela presença de Jesus. Mais do que bens, conforto e sucesso, a família precisa da presença de Jesus.” (LOPES, Hernandes Dias. Comentários Expositivos do Novo Testamento. São Paulo: Hagnos, 2019. p. 1654).

A transformação da água em vinho garantiu que a festa continuasse com alegria. O vinho, na cultura judaica, simbolizava alegria e bênção. Ao realizar este milagre, Jesus não apenas resolveu um problema prático, mas também elevou o espírito da celebração, mostrando que Ele se importa com as necessidades e alegrias cotidianas das pessoas.

Certamente, a presença de Jesus em Caná e o milagre que Ele realizou tiveram um impacto profundo na comunidade. Os convidados do casamento testemunharam um ato de compaixão e poder, que não só salvou aquela família de um grande constrangimento, mas também fortaleceu a fé daqueles que estavam presentes. Este milagre foi o primeiro sinal público de Jesus, revelando Sua glória e levando Seus discípulos a crerem Nele. A transformação da água em vinho foi uma demonstração de Seu poder divino e uma antecipação das maravilhas que Jesus realizaria ao longo de Seu ministério.

O primeiro milagre de Jesus em Caná, onde ele transformou água em vinho, teve como principal objetivo manifestar a Sua glória. Este ato não foi apenas uma solução prática para a falta de vinho na festa de casamento, mas uma revelação de sua identidade divina e poder sobrenatural. Ao realizar este milagre, Jesus demonstrou que Ele era mais do que um simples homem; Ele era o Filho de Deus, capaz de realizar feitos extraordinários. Este evento fortaleceu a fé de seus discípulos e começou a revelar ao mundo a verdadeira natureza e missão de Jesus.

O segundo objetivo do milagre em Caná foi fortalecer a fé de seus discípulos. Ao transformar água em vinho, Jesus não apenas manifestou sua glória, mas também proporcionou uma experiência direta de seu poder divino para aqueles que o seguiam. Este milagre serviu como um sinal claro para os discípulos, ajudando-os a reconhecer Jesus como o Filho de Deus e a aprofundar sua fé Nele. Através deste ato, Jesus começou a construir uma base sólida de fé entre seus seguidores, preparando-os para os desafios e ensinamentos futuros de seu ministério.

Concluindo, este primeiro e marcante milagre é um lembrete poderoso de que a presença de Jesus traz alegria e transformação, especialmente em momentos de celebração familiar. Ele nos mostra que a fé e a espiritualidade estão integradas à vida cotidiana, trazendo renovação e esperança.

Você tem alguma “primeira vez” que foi especialmente marcante para você?

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SERVINDO COM EXCELÊNCIA E FIDELIDADE

“Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja corretamente a palavra da verdade.” (2 Timóteo 2:15, NVI). 

Embora o termo “obreiro” neste versículo se refira ao gênero masculino, compreendemos que ele se aplica a todos: homens e mulheres são igualmente chamados a se dedicar à leitura e ao estudo profundo das Escrituras. Essa busca é essencial para discernirmos a verdade de Deus das doutrinas enganosas, muitas vezes disfarçadas como inspiradas pelo Senhor. Estudar com afinco nos protege espiritualmente, alicerçando nossa fé na Palavra e nos guardando de vãs filosofias e falsos ensinamentos.

Como participantes da Obra do Reino, somos chamados a servi-La com excelência. Não podemos nos dar ao luxo de agir de forma negligente, pois cada tarefa tem um valor eterno. Nosso compromisso com o serviço não é apenas uma responsabilidade, mas também uma expressão de adoração ao Senhor. O apóstolo Paulo nos ensina que devemos fazer tudo como para Deus, e não para homens Um serviço relaxado abre espaço para erros e frustra as oportunidades de impactar vidas. Por outro lado, quando nos dedicamos de coração, o Espírito Santo trabalha em nós e através de nós, trazendo transformação. "Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens.” (Colossenses 3:23, NVI).

A Obra do Senhor é um chamado divino que vai além de uma simples tarefa humana. Cada ato de serviço é uma oportunidade de glorificar a Deus e colaborar na construção de Seu Reino. Para isso, precisamos alimentar nossa alma com a Palavra genuína de Deus, pois só quem está espiritualmente abastecido pode alimentar os outros ao seu redor. Assim como um rio não pode fluir se sua fonte secar, não podemos oferecer sabedoria e amor genuínos se estivermos espiritualmente esgotados.

A Palavra de Deus é nosso alimento espiritual. Jesus afirmou: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4:4). Essa nutrição profunda molda nossa mente e coração à imagem de Cristo. Quando nos enchemos da Palavra, ganhamos força e clareza espiritual para perceber as necessidades dos outros e oferecer consolo e encorajamento. Ninguém pode dar o que não tem, por isso é vital que mergulhemos continuamente nas Escrituras e busquemos revelação no relacionamento com o Senhor. Ao sermos alimentados pela Palavra, tornamo-nos fontes de esperança e graça, como rios de água viva, cumprindo nosso papel de levar luz ao mundo. "Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva." (João 7:38, NVI).

O termo grego “parastesai”, traduzido como “apresenta-te”, vai além de simplesmente se colocar à disposição; significa apresentar-se para o serviço ativo e comprometido. Paulo exorta Timóteo a se apresentar como alguém aprovado por Deus, indicando uma postura espiritual e prática de dedicação. A expressão carrega a ideia de uma entrega intencional e constante, como a de um soldado em prontidão, preparado para agir a qualquer momento. A Obra do Senhor exige essa disponibilidade contínua, onde cada obreiro precisa servir de coração e com temor, buscando agradar Àquele que o chamou.

Apresentar-se para o serviço também implica preparação adequada. Manejar bem a Palavra da Verdade não é apenas uma questão de vontade, mas de capacitação. Isso demanda um estudo profundo e consistente das Escrituras, para que possamos ensinar com integridade e ser instrumentos eficazes do Reino. Assim, apresentar-se a Deus como obreiro é mais do que uma ação momentânea; é um estilo de vida de prontidão e serviço fiel, onde colocamos nossos talentos e esforços à disposição do Senhor e do próximo.

A palavra grega “dokimos”, traduzida por “aprovado”, traz uma imagem de pureza e autenticidade. No mundo antigo, esse termo era usado para indicar ouro e prata purificados pelo fogo, livres de impurezas. Assim como esses metais passavam por um rigoroso processo de refinamento, o obreiro cristão também é provado por dificuldades que moldam seu caráter e o tornam apto para a obra do Senhor. Apenas após esse processo de purificação ele pode ser chamado de “dokimos”, aprovado por Deus.

Essa aprovação vai além das aparências externas; trata-se de uma autenticidade espiritual, onde as intenções do coração são puras e voltadas para agradar a Deus. O olhar de aprovação divina sonda o íntimo, enquanto o reconhecimento humano pode ser superficial. Assim como o ouro é refinado até refletir a imagem do ourives, nossa vida é moldada por Deus até refletir o caráter de Cristo. Esse processo de refinamento exige crescimento espiritual constante, onde buscamos sempre a verdade, tanto na doutrina quanto no caráter.

Ser aprovado por Deus implica um zelo contínuo pela integridade. O obreiro aprovado não manipula a Palavra para atender interesses pessoais ou culturais, mas a maneja corretamente, aplicando-a com fidelidade e clareza. Interpretar as Escrituras exige não apenas conhecimento teológico, mas também dependência do Espírito Santo, que ilumina nosso entendimento e nos guia em toda a verdade. A combinação de estudo sério e sensibilidade espiritual é fundamental para que nossas palavras e ações reflitam o caráter de Cristo e não apenas nossas próprias ideias.

Somente depois de nos apresentarmos a Deus como obreiros aprovados é que podemos servir com eficácia diante dos homens. Nosso testemunho não deve ser apenas de palavras, mas de uma vida que expressa a verdade que proclamamos. Quando somos aprovados por Deus, o impacto do nosso ministério se torna genuíno e frutífero, refletindo não apenas nosso conhecimento, mas também nosso caráter transformado. Esse é o fundamento do verdadeiro serviço cristão: uma vida aprovada por Deus e uma mensagem fiel à Sua Palavra, vivida e proclamada para a glória do Senhor.

Sejamos como os irmãos de Beréia: “Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo.” (Atos 17:11, NVI).

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

  JAIRO: UM PAI QUE BUSCOU JESUS POR SUA FILHA “Não tenha medo; apenas creia.” Marcos 5:36 (NAA) Quando meu primogênito ainda era um be...