O TÚMULO VAZIO: QUANDO A DOR SE TRANSFORMA EM ESPERANÇA

“Disse-lhe Jesus: ‘Maria!’ Ela voltou-se para ele e exclamou: ‘Rabôni!’ (que significa Mestre).”
(João 20:16 – NVI)

Hoje é domingo. Chegamos ao fim desta caminhada de reflexões sobre a Páscoa. E não há forma melhor de encerrar do que lembrando o dia que mudou tudo: o dia da ressurreição. Foi no primeiro dia da semana, ainda de madrugada, que Jesus venceu a morte e deixou o túmulo vazio. “Depois do sábado, tendo começado o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.” (Mateus 28:1 – NVI)

Maria Madalena e outras mulheres foram ao sepulcro para cuidar do corpo de Jesus. Mas, chegando lá, perceberam que a pedra havia sido removida. Assustadas, correram para contar aos discípulos. Pedro e João foram correndo ao túmulo. João chegou primeiro, mas foi Pedro quem entrou. Eles viram os panos de linho e o lenço que cobria o rosto de Jesus, dobrado à parte — tudo em ordem, nada parecia forçado. Então João escreve: “Ele viu e creu.” (João 20:8). Foi naquele momento, diante do túmulo vazio, que nasceu a fé na ressurreição. O túmulo não era o fim. Era o começo de algo novo. Jesus estava vivo.

Pedro e João voltaram para casa. Mas Maria ficou ali. Chorando, sem entender. Ela olhou novamente para dentro do túmulo e viu dois anjos sentados onde o corpo havia estado. Eles perguntaram: “Mulher, por que você está chorando?” E ela respondeu: “Levaram o meu Senhor, e não sei onde o colocaram.”

Nesse instante, Jesus apareceu, mas Maria não o reconheceu. A dor, as lágrimas e a confusão ofuscaram sua visão. Até que Jesus a chamou pelo nome: “Maria!”

E tudo mudou. Ela se virou e disse: “Rabôni!” — que significa Mestre.

Aquela cena é linda e tocante. Maria estava sofrendo, buscando, chorando... mas foi surpreendida pela graça. Ela não viu Jesus de imediato, mas Jesus a viu — e a chamou pelo nome. Isso nos ensina algo muito importante: Jesus nos conhece. Ele conhece o nosso nome. Ele sabe onde estamos, como estamos e o que sentimos. E, no momento certo, Ele se revela e nos enche de esperança.

A ressurreição de Jesus é o centro da nossa fé. Não é um detalhe. É a prova de que tudo o que Ele prometeu é verdade. O anjo disse às mulheres: “Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito!” (Mateus 28:6). Jesus venceu o pecado, o inferno e a morte. O que parecia o fim virou o começo de uma nova vida. O túmulo vazio mudou a história da humanidade — e também pode mudar a sua história.

Maria não foi deixada de lado. Jesus a escolheu para ser a primeira testemunha da ressurreição. Ele poderia ter aparecido a Pedro, João ou a algum líder. Mas escolheu uma mulher simples, fiel e de coração sincero. Isso mostra que Jesus se revela a quem o busca com verdade, mesmo que esteja em pranto ou confuso.

Hoje, Ele ainda nos chama pelo nome. Ele nos vê quando choramos. Ele se aproxima quando achamos que tudo está perdido. A ressurreição não é só uma lembrança bonita do passado. Ela tem valor eterno e poder para hoje. O túmulo está vazio — mas o trono está ocupado. Jesus vive. Ele reina.

Na tradição judaica antiga, especialmente à mesa de refeição, havia um costume entre o mestre e o servo: quando o mestre terminava a refeição, ele amassava o guardanapo e o deixava sobre a mesa — sinal de que realmente estava indo embora. Mas se o mestre dobrava cuidadosamente o guardanapo e o deixava à parte, isso era um sinal para o servo: “Eu ainda vou voltar.” O lenço dobrado no túmulo é mais que um detalhe: é uma promessa silenciosa, porém poderosa. Jesus ressuscitou, mas não se despediu para sempre. Ele deixou um sinal: Ele voltará.

Assim como Ele chamou Maria pelo nome, Ele continua chamando cada um de nós. Ele nos vê quando choramos. Ele se aproxima quando achamos que tudo está perdido. E um dia — em breve — Ele virá nos buscar, como prometeu.

A ressurreição não é apenas uma lembrança bonita do passado. Ela é o alicerce da nossa esperança no presente, e a garantia viva do futuro que nos aguarda. O túmulo está vazio — mas o trono está ocupado. Jesus vive. Ele reina. E Ele voltará.

Você tem escutado a voz dEle? Assim como Ele disse: “Maria!”, talvez hoje Ele esteja dizendo: “Meu filho, minha filha… estou aqui.”

Creia. Ele está vivo. E porque Ele vive, nós também podemos viver com esperança — hoje, amanhã e para sempre. E podemos aguardar com alegria o dia em que Ele voltará para nos levar para o lar eterno.

Como diz o louvor:

“Porque Ele vive, posso crer no amanhã;

Por que Ele vive, temor não há;

Mas eu bem sei, eu sei, que a minha vida

Está nas mãos de meu Jesus que vivo está”


Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça, paz e esperança até aquele glorioso dia.

Pr. Décio Fonseca

20/dom/abr/25

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