O DEUS SALVADOR

"Pois o Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido" (Lucas 19:10, NVI).

O amor de Deus se manifesta de forma suprema na salvação por meio de Jesus Cristo, cujo nome significa "o Senhor salva". Esse nome vem do hebraico Yeshua (יֵשׁוּעַ), que pode ser traduzido como "Deus é a Salvação", refletindo a missão de Cristo de redimir a humanidade dos pecados. Conforme declarado em Mateus 1:21: "Ela dará à luz um filho, e você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados".

A Palavra de Deus ensina que todos necessitam de redenção, pois, sem o perdão divino, estamos separados de Deus e sujeitos ao Seu juízo. A Bíblia declara: "Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus" (Romanos 3:23-24, NVI). Somente através de Jesus podemos ser reconciliados com Deus e receber a vida eterna.

Desde os tempos antigos, Deus se revelou como Libertador, Redentor e Salvador, sendo o único capaz de resgatar tanto a nação de Israel quanto indivíduos. O Êxodo do Egito tornou-se um símbolo poderoso da salvação divina, demonstrando que Deus age em favor do Seu povo por amor e fidelidade. Como está escrito: "Mas foi porque o Senhor os amou e porque quis cumprir o juramento que fez aos seus antepassados que ele os tirou com mão poderosa e os resgatou da terra da escravidão, do poder do faraó, rei do Egito" (Deuteronômio 7:8, NVI).

No entanto, a libertação física do Egito era apenas um prenúncio de uma redenção maior, que viria através de Cristo. Os profetas anunciaram a vinda de um Salvador definitivo, que não apenas redimiria o povo fisicamente, mas principalmente espiritualmente. Isaías previu esse tempo ao declarar: "O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor" (Isaías 59:20, NVI). Essa promessa se cumpriu em Jesus, cuja missão era salvar a humanidade dos pecados, como foi anunciado pelo anjo a Maria: "Ela dará à luz um filho, e você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados" (Mateus 1:21, NVI). Desde Seu nascimento, Sua identidade como Salvador foi proclamada por anjos e profetas, confirmando que Jesus é o cumprimento da promessa messiânica e a manifestação do amor e da redenção de Deus.

A salvação em Cristo não se limita a um único momento no tempo, mas se estende ao passado, presente e futuro. No passado, fomos justificados pela cruz, recebendo o perdão e a reconciliação com Deus: "Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5:1, NVI). No presente, somos santificados pelo Espírito Santo, que nos transforma diariamente: "Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus" (1 Coríntios 1:18, NVI). No futuro, seremos glorificados na volta de Cristo, quando a salvação será plenamente consumada: "Logo, muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos salvos da ira por meio dele!" (Romanos 5:9, NVI).

Assim, a história da salvação culmina em Jesus, que declarou ser o único caminho para Deus: "Não há salvação em nenhum outro, pois debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4:12, NVI).

Diante dessa grande salvação, a única resposta apropriada não é apenas o reconhecimento intelectual, mas uma entrega total a Cristo. Ele nos chama a uma vida transformada, onde não apenas conhecemos essa verdade, mas vivemos de acordo com ela. A salvação não se trata apenas de um evento isolado, mas de um relacionamento contínuo com Deus, baseado na fé, na obediência e na graça. "como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? Esta salvação, primeiramente anunciada pelo Senhor, foi-nos confirmada pelos que a ouviram" (Hebreus 2:3, NVI).

O verdadeiro discípulo de Cristo não apenas recebe a salvação, mas caminha diariamente na presença de Deus, refletindo Sua luz ao mundo. Essa realidade nos leva a um compromisso diário de seguir Jesus, proclamando Sua salvação e vivendo segundo Seus ensinamentos. O amor de Deus revelado em Cristo nos impulsiona a adorar e glorificar Seu nome com gratidão e reverência.

A salvação é um dom precioso que deve ser celebrado com corações rendidos e vidas transformadas, refletindo a glória do Deus que nos salvou. Se você ainda não entregou sua vida completamente a Cristo, hoje é o dia de fazê-lo. Ele te chama para viver uma nova vida, marcada pela redenção, pela graça e pelo amor. "Hoje, se ouvirem a sua voz, não endureçam o coração" (Hebreus 3:15, NVI).

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

16_dom_fev_25

 

O DEUS PROVIDENCIAL

"O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus" (Filipenses 4:19, NVI).

Desde a criação do mundo até os eventos mais cotidianos da vida, Deus governa com soberania e sabedoria. Ele é o Rei do Universo, Aquele que controla todas as coisas e conduz a história de acordo com Seu propósito eterno. Nada escapa ao Seu domínio, e Sua providência não é apenas um conceito teológico distante, mas uma realidade que se manifesta em cada detalhe da existência. Ele sustenta a criação, dirige os acontecimentos e age com justiça, amor e bondade. Como afirma Provérbios 16:9: "Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos." Essa verdade nos lembra que, por mais que tenhamos planos, é Deus quem tem o controle absoluto sobre todas as coisas.

Ao longo da história, a Bíblia deixa claro que o acaso não governa o mundo. O que parece aleatório para alguns está, na realidade, sob o comando do Senhor. Uma boa colheita não é fruto apenas do esforço humano, mas da bênção divina, assim como tempos de seca ou dificuldades podem ser instrumentos de correção e aprendizado. Nos dias do rei Acabe, por exemplo, Deus reteve a chuva como juízo sobre Israel, levando o povo a reconhecer sua dependência Dele. Mas, ao mesmo tempo, mostrou Seu cuidado ao suprir milagrosamente as necessidades do profeta Elias, provendo alimento em meio à escassez. Isso revela que a providência de Deus não se limita a grandes acontecimentos, mas também se manifesta no cuidado diário por aqueles que confiam Nele.

A soberania de Deus também se evidencia na forma como Ele conduz nossa vida. A história de José é um exemplo claro disso. Vendido como escravo por seus próprios irmãos, ele passou por grandes dificuldades antes de se tornar governador do Egito. O que parecia um destino cruel era, na verdade, um plano perfeito de Deus para salvar muitas vidas. José reconheceu essa realidade ao dizer: "Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem" (Gênesis 50:20, NVI). Essa verdade nos ensina que, mesmo quando não entendemos os caminhos de Deus, podemos confiar que Ele está trabalhando para um propósito maior.

O apóstolo Paulo reforça essa confiança ao afirmar: "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, dos que foram chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28, NVI). Essa promessa não significa que tudo o que acontece será fácil ou agradável, mas nos assegura que Deus pode transformar até as situações mais difíceis em bênçãos. Mesmo os momentos de sofrimento, decepção ou perda não fogem ao Seu controle. Ele é capaz de reverter o mal em bem e usar cada circunstância para nos moldar e fortalecer a nossa fé.

O maior exemplo da providência divina está na obra de salvação realizada por Jesus Cristo. A morte de Cristo na cruz foi o ato mais perverso da humanidade, resultado da traição, injustiça e crueldade. Mas, ao mesmo tempo, foi o cumprimento do plano perfeito de Deus para redimir o mundo. O que parecia uma derrota foi, na verdade, a maior vitória da história, pois através do sacrifício de Cristo, Deus ofereceu perdão e reconciliação a todos os que creem. Como Pedro declarou: "Este homem lhes foi entregue por propósito determinado e pré-conhecimento de Deus; e vocês, com a ajuda de homens perversos, o mataram, pregando-o na cruz. Mas Deus o ressuscitou dos mortos" (Atos 2:23-24, NVI). Isso mostra que nada acontece fora do controle de Deus, nem mesmo o pior dos pecados pode frustrar Seus planos.

Além da salvação, a providência divina também se manifesta no chamado e na preservação daqueles que pertencem a Ele. Deus não apenas escolhe Seu povo, mas o sustenta, guia e protege. Ele cuida de cada detalhe da vida daqueles que O amam, garantindo que nada possa separá-los do Seu amor. Essa certeza nos dá paz e segurança, pois sabemos que, independentemente das circunstâncias, Deus está no controle.

Diante dessa realidade, nossa resposta deve ser confiança e louvor. Se Deus governa todas as coisas com perfeição, não há motivo para medo ou ansiedade. Podemos lançar sobre Ele todas as nossas preocupações, pois Ele cuida de nós. Como nos ensina 1 Pedro 5:7: "Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês." Essa verdade nos encoraja a viver com fé, sabendo que o mesmo Deus que sustenta o universo também sustenta a nossa vida.

A providência divina não significa que nunca enfrentaremos desafios, mas nos garante que nunca estaremos sozinhos. Deus está presente em cada detalhe, trabalhando para cumprir Seus propósitos em nós e através de nós. Nossa parte é confiar, permanecer fiéis e render-Lhe toda a glória, pois Ele reina soberano e cuida de nós com amor eterno.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

15_sab_fev_25

 

O DEUS PAI

"Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temerem, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: ‘Aba, Pai’. O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus" (Romanos 8:15-16 NVI).

É comum ouvirmos a expressão “Deus é Pai” quando alguém enfrenta dificuldades e espera Seu cuidado e proteção. E, de fato, Deus é Pai em diversos sentidos: Ele é a fonte de todas as coisas, o Pai da criação, o Pai de Israel como nação e o Pai dos cristãos por meio da fé. Acima de tudo, Ele é Pai de Jesus Cristo, Seu Filho unigênito. Embora algumas concepções modernas tentem restringir esse conceito, é essencial lembrar que Deus é Espírito e Sua paternidade não se limita a noções humanas de gênero. Ele Se revela como Pai através de um relacionamento de amor, cuidado e correção, esperando obediência e comunhão em resposta.

No Antigo Testamento, Deus se apresenta como Pai de Israel, criando, protegendo e guiando a nação, chamando-a à fidelidade à Sua aliança. No entanto, Israel frequentemente se desviava, rejeitando esse relacionamento paternal e buscando outros caminhos. Ainda assim, os profetas anunciaram um tempo de restauração, quando Deus enviaria Seu Filho, aquele que corresponderia plenamente ao Seu amor e propósito, cumprindo, de forma definitiva, a promessa de redenção.

Além de Sua relação com Israel, Deus também estabeleceu um vínculo especial com os reis da linhagem de Davi, prometendo ser Pai dos descendentes reais e garantindo que um Rei Messias reinaria para sempre. Essa promessa se cumpriu em Jesus Cristo, que não apenas é o Filho de Deus encarnado, mas também revelou o Pai de forma única e perfeita. No batismo de Jesus, Deus declarou: "Tu és o meu Filho amado, em quem me agrado" (Marcos 1:11), confirmando essa relação eterna. O Novo Testamento ensina que o Pai e o Filho compartilham uma comunhão inquebrantável, e Jesus deixou claro que veio para revelar o Pai ao mundo. Ele afirmou: "Quem me vê, vê o Pai" (João 14:9), demonstrando que conhecer Jesus é conhecer o próprio Deus.

A filiação de Jesus ao Pai não se limita ao Seu nascimento sobrenatural, pois Ele foi concebido pelo Espírito Santo e nasceu de Maria sem a participação de um pai humano. Assim, a relação de Jesus com o Pai vai além desse nascimento milagroso, mas é eterna. João 1:18 declara: "Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido." Em Sua oração em João 17, Jesus menciona a glória que compartilhava com o Pai antes da criação do mundo (João 17:24-25). Esse relacionamento eterno entre o Pai e o Filho é a base da nossa redenção, revelando a profundidade do amor divino.

Mas a paternidade de Deus não se restringe a Cristo. Ela se estende a todos os que creem. Os cristãos são chamados filhos de Deus, não por mérito próprio, mas pela adoção divina, um privilégio concedido pela graça e confirmado pelo Espírito Santo. O apóstolo Paulo ensina que aqueles que creem recebem o Espírito de adoção, permitindo-lhes chamar Deus de "Aba, Pai", uma expressão que revela intimidade e proximidade com Ele (Romanos 8:15; Gálatas 4:6). Como filhos de Deus, os crentes também se tornam co-herdeiros com Cristo, compartilhando a promessa da glória futura.

Entretanto, esse privilégio só é possível através de Jesus Cristo, pois Ele declarou: "Ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6). Somente através da fé em Cristo o ser humano pode desfrutar de um relacionamento verdadeiro com Deus, experimentando Sua presença, amor e herança eterna. Diante dessa realidade, a única resposta apropriada é louvor e gratidão, reconhecendo o imenso privilégio de sermos chamados filhos de Deus. João expressa essa verdade de forma profunda: "Vejam que grande amor o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus!" (1 João 3:1).

Embora já desfrutemos da filiação divina, a plenitude dessa realidade ainda não foi completamente revelada. Mas a promessa é certa: quando Cristo retornar, seremos transformados à Sua imagem, refletindo Sua santidade e glória. Como bem escreveu João: "Agora já somos filhos de Deus, mas ainda não foi revelado plenamente o que haveremos de ser. No entanto, sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, pois O veremos como Ele realmente é" (1 João 3:2, NVI).

Essa verdade nos convida a viver com expectativa e fé, confiantes de que um dia veremos o Senhor face a face e seremos plenamente renovados em Sua presença. Nossa identidade como filhos de Deus deve refletir-se em nossa vida diária, em nossa forma de agir, amar e servir. Se somos filhos do Pai Celestial, devemos viver como tais, demonstrando Seu caráter ao mundo.

Diante de tão grande privilégio, só nos resta exaltar o nosso Pai e viver de modo digno da vocação que recebemos. "A Ele seja a glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém!" (Judas 25).

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

14_sex_fev_25

 

O DEUS JUSTO

"Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justos. Deus é fiel, que não comete erros; justo e reto ele é" (Deuteronômio 32:4, NVI).

A justiça de Deus é um dos atributos mais essenciais do Seu caráter, fundamentado na verdade, retidão e bondade. Diferente da justiça humana, que pode ser falha e parcial, a justiça divina é perfeita e infalível. Todas as Suas decisões e julgamentos são corretos e imutáveis, pois Ele é a fonte suprema da verdade e age conforme Sua santidade. Como declara a Escritura: "O Senhor é justo em todos os seus caminhos e fiel em todas as suas obras" (Salmo 145:17, NVI).

Essa justiça não é um princípio abstrato, mas uma realidade que governa a criação e a nossa história. Deus julga com equidade e perfeição, garantindo que toda ação seja tratada de forma justa. Para aqueles que confiam n’Ele, essa verdade traz segurança e esperança, pois sabem que o Senhor é um Juiz que não se corrompe. Para os que rejeitam Sua autoridade, no entanto, Sua justiça se torna um motivo de temor, pois ninguém escapará do julgamento divino.

Embora muitas vezes associemos a justiça ao juízo, ela também se manifesta na misericórdia. Deus não apenas pune o pecado, mas oferece graça e perdão àqueles que se arrependem. Ele disciplina os que ama, corrigindo-os para que voltem ao caminho certo, como um pai amoroso que corrige seu filho. Como declara a Palavra: "Pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho" (Hebreus 12:6, NVI).

Essa combinação entre justiça e misericórdia pode ser vista ao longo da história de Israel. O povo de Deus frequentemente enfrentava juízo por sua rebeldia, mas sempre que se arrependia, encontrava perdão e restauração. Quando os salmistas clamavam diante da prosperidade dos ímpios e do sofrimento dos justos, Deus os lembrava de que Seu julgamento viria no tempo certo: "Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabelece-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações" (Salmo 7:9, NVI).

Em certos momentos, o povo de Deus questionou Sua justiça, especialmente quando sofriam disciplina ou viam outras nações prosperando. Esse sentimento foi expresso pelo profeta Ezequiel quando o povo acusava Deus de ser injusto: "Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?" (Ezequiel 18:25, NVI).

Deus responde que o verdadeiro problema não está n’Ele, mas na corrupção e na incredulidade do povo. Sua justiça sempre é reta, e Ele age com perfeição em todos os Seus caminhos. Muitas vezes, quando Deus parece "demorado" para agir, Ele está, na verdade, dando tempo para o arrependimento. Como Pedro escreve: "O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pedro 3:9, NVI).

A manifestação suprema da justiça divina aconteceu na cruz de Cristo. O pecado exige condenação, pois Deus não pode ignorar a iniquidade. No entanto, por amor, Ele enviou Seu Filho para receber em Si mesmo o castigo que nós merecíamos. A cruz é o lugar onde a justiça e o amor de Deus se encontram. Paulo expressa isso ao dizer: "Sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando sua justiça" (Romanos 3:24-25, NVI).

Cristo satisfez plenamente a justiça divina, permitindo que os pecadores fossem perdoados sem que a santidade de Deus fosse comprometida. Dessa forma, a cruz não apenas revela a gravidade do pecado, mas também exalta a grandeza da graça divina.

A justiça de Deus será plenamente manifestada no futuro, quando Cristo retornar para julgar os ímpios e redimir os justos. Como diz Apocalipse 15:3 (NVI): "Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações!" Essa verdade nos chama à santidade, confiando que Deus recompensa os que O buscam e julga os que rejeitam Sua graça. Saber que Ele é justo nos motiva a agir com retidão e confiar em Seus propósitos.

Diante dessa realidade, como devemos responder? Primeiro, devemos confiar na justiça de Deus e descansar em Sua soberania, sabendo que Ele age com perfeição em todas as situações. Segundo, somos chamados a refletir essa justiça em nossa vida diária, tratando as pessoas com retidão, integridade e compaixão. Como diz Miquéias: "Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom. E o que o Senhor exige de você? Que pratique a justiça, ame a misericórdia e ande humildemente com o seu Deus" (Miquéias 6:8, NVI).

Por fim, devemos viver com esperança, aguardando o dia em que a justiça de Deus será plenamente estabelecida. Em Cristo, temos a garantia de que o mal não prevalecerá e que o Reino de Deus será marcado por perfeita justiça e paz.

Diante disso, nossa resposta deve ser temor, confiança e gratidão. Que possamos buscar a Deus com um coração reto, confiando que Ele é justo, Ele é fiel e Ele é bom.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

13_qui_fev_25

 

O DEUS DE AMOR

"Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor" (1 João 4:8, NVI).

O amor de Deus é um dos atributos mais maravilhosos do Senhor, inseparável de Sua bondade e justiça. A Bíblia nos ensina que Deus não apenas age com amor, mas Ele é amor. Esse amor se manifesta na criação, no cuidado com a humanidade e, acima de tudo, na salvação oferecida por meio de Jesus Cristo. Ele é a fonte de toda bondade e nunca muda, conforme Tiago declara: "Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação" (Tiago 1:17, NVI).

Para conhecer verdadeiramente a Deus, precisamos experimentar e compreender Seu amor. Esse amor não é apenas uma emoção ou um sentimento passageiro, mas uma essência que define Suas ações e Seu relacionamento conosco. Quanto mais nos aprofundamos nesse amor, mais refletimos Sua presença em nossa vida e no mundo ao nosso redor.

A bondade e o amor de Deus são evidentes na criação, na manutenção da vida e na provisão de tudo o que nos é necessário. Ele governa com justiça, sustenta o universo e concede bênçãos tanto aos justos quanto aos injustos (Mateus 5:45). No entanto, Seu amor se revela de forma ainda mais profunda na maneira como Ele se relaciona com Seu povo. Desde o Antigo Testamento, Deus demonstrou fidelidade e cuidado ao libertar Israel da escravidão e renovar Sua aliança com eles. O povo de Deus louvava o Senhor por Seu amor eterno: "Dêem graças ao Senhor, porque Ele é bom; o seu amor dura para sempre" (1 Crônicas 16:34, NVI).

Mesmo quando Israel se afastava, Deus permanecia fiel, chamando-os ao arrependimento e oferecendo perdão. O maior exemplo desse amor é a promessa de salvação, cumprida em Cristo. A Bíblia afirma que Deus nos amou primeiro, antes mesmo de O buscarmos: "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16, NVI). Esse amor é imerecido, pois Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores (Romanos 5:8).

Se existimos, é porque Deus nos ama. Se respiramos, é porque Seu amor nos sustenta. Se despertamos para um novo dia, é porque Sua graça nos alcançou mais uma vez. A vida que desfrutamos é prova do Seu cuidado e fidelidade, pois "Nele vivemos, nos movemos e existimos" (Atos 17:28, NVI). Seu amor não é baseado em mérito, mas na Sua própria natureza.

Que amor é esse? Um amor que não espera perfeição, que se entrega antes mesmo de sermos dignos, que busca restaurar e salvar. É o amor que escolheu a cruz, que nos encontra na nossa pior condição e nos transforma pela Sua graça. Como afirma a Escritura: "Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como sacrifício pelos nossos pecados" (1 João 4:10, NVI).

Além da salvação, Deus continua a demonstrar Seu amor dando-nos o Espírito Santo, que nos permite viver em comunhão com Ele. Seu amor se expressa na provisão diária, na orientação e até mesmo na disciplina: "O Senhor disciplina a quem ama" (Hebreus 12:6, NVI). Essa correção não é castigo, mas um cuidado paternal que molda nosso caráter para nos tornar mais parecidos com Cristo.

Nada pode nos separar desse amor. Paulo declara com convicção: "Nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro... nada poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Romanos 8:38-39, NVI). Esse amor nos dá segurança e esperança, sustentando-nos em qualquer circunstância.

O amor de Deus ultrapassa todo entendimento humano, mas é real e acessível a todos que O buscam. Ele nos escolheu para sermos Seus filhos, adotando-nos em Cristo e nos chamando à vida eterna. "Vejam que grande amor o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus!" (1 João 3:1, NVI).

Diante dessa verdade, nossa resposta deve ser gratidão, entrega e uma vida que reflita o amor de Deus ao mundo. Se fomos amados de forma tão extraordinária, como poderíamos não compartilhar esse amor com os outros?

Que nossa fé se traduza em ações, demonstrando o amor divino em cada atitude e palavra. Assim, seremos reflexo da luz de Cristo e testemunhas vivas do Deus de amor.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

12_qua_fev_25

 

O DEUS PESSOAL

"Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração." (Jeremias 29:13, NVI).

Quando afirmamos que Deus é um ser pessoal, destacamos que Ele não é uma força impessoal ou distante, mas um Deus vivo, acessível e que se relaciona conosco. Ele pensa, sente, se comunica e deseja um relacionamento genuíno com o seu povo, interagindo de forma íntima e transformadora.

Embora a Bíblia não use explicitamente a palavra "pessoal" para descrevê-Lo, Sua autoexistência e autoconsciência demonstram que Ele possui liberdade, vontade e propósitos. Diferente das concepções abstratas que O reduzem a uma energia ou força impessoal, a Escritura O revela como um Deus que ama, fala, dirige e cuida de Seus filhos. Essa verdade nos convida a buscá-Lo com profundidade, não apenas por meio de regras ou rituais, mas na certeza de que Ele nos conhece, nos ama e deseja caminhar ao nosso lado.

Desde a antiguidade, Deus se revelou como um ser que interage pessoalmente com Seu povo. Abraão foi chamado por Ele para uma jornada de fé, e Deus estabeleceu com ele uma aliança, prometendo-lhe descendência e terra (Gênesis 12:1-3). Moisés falava com Deus "face a face, como quem fala com um amigo" (Êxodo 33:11, NVI). Davi expressava sua confiança em Deus como um Pastor que guia, protege e provê: "O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta" (Salmo 23:1, NVI). Esses exemplos mostram que, desde o início, Deus sempre desejou proximidade com aqueles que O buscam de coração sincero.

A Bíblia confirma que Deus não apenas governa sobre todas as coisas, mas também Se agrada daqueles que O temem e confiam em Seu amor constante. O salmista declara: "O Senhor se agrada dos que o temem, dos que colocam a esperança no seu amor leal" (Salmo 147:11, NVI), mostrando que Deus valoriza o relacionamento com Seu povo. Esse vínculo se expressa na maneira como Ele dirige aqueles que escolheu, conduzindo-os segundo Seu propósito: "E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que ele estabeleceu em Cristo" (Efésios 1:9, NVI). Essa escolha reflete Seu amor e cuidado, demonstrando que Ele deseja um relacionamento genuíno com aqueles que O seguem.

A pessoalidade de Deus se revela de maneira mais clara na relação entre Pai, Filho e Espírito Santo. A Trindade expressa essa comunhão perfeita, demonstrando que Deus não é solitário, mas relacional em Sua própria essência. Ele Se apresenta como Pai para aqueles que vivem por Ele: "Para nós há um só Deus, o Pai, de quem vêm todas as coisas e para quem vivemos" (1 Coríntios 8:6, NVI). Esse conceito reforça a proximidade de Deus e a possibilidade de um relacionamento íntimo e amoroso com Ele.

A maior prova de que Deus é pessoal se dá na revelação de Cristo. Jesus é a expressão do amor de Deus ao mundo, evidenciando Seu desejo de se relacionar diretamente com a humanidade. João 3:16 destaca esse amor inigualável: "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (NVI). O relacionamento entre Cristo e o Pai revela essa unidade perfeita, pois Jesus cumpre a vontade do Pai e proclama Suas palavras. Ele mesmo afirma: "Assim como o Pai me amou, eu os amei; permaneçam no meu amor" (João 15:9, NVI), mostrando que a relação entre Deus e Seu povo é fundamentada no amor.

A concepção bíblica de Deus contrasta fortemente com ideias filosóficas que tentam reduzi-Lo a uma força impessoal ou distante. O deísmo, por exemplo, defende que Deus criou o mundo, mas não interage com ele. O panteísmo, por outro lado, identifica Deus com a própria natureza, diluindo Sua identidade pessoal. No entanto, a Escritura nos apresenta um Deus vivo, que não apenas criou todas as coisas, mas continua sustentando e guiando o universo. Como Paulo declara: "Pois nele vivemos, nos movemos e existimos" (Atos 17:28, NVI).

Dessa forma, Deus não é um conceito abstrato ou uma força impessoal, mas um ser vivo que ama, guia e se envolve com Sua criação. A Escritura apresenta um Deus acessível, que deseja se relacionar com aqueles que O buscam de coração sincero. Essa verdade nos convida a responder com fé, confiando que o Criador do universo não é distante, mas próximo, ouvindo nossas orações, guiando nossos passos e nos sustentando em Seu amor eterno. O salmista nos encoraja a confiar nessa proximidade ao declarar: "Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam com sinceridade" (Salmo 145:18, NVI).

Diante dessa revelação, nossa resposta deve ser a entrega total a esse Deus pessoal, que nos conhece profundamente e deseja caminhar conosco. Ele nos convida a um relacionamento real, onde podemos experimentar Seu amor, ouvir Sua voz e ser transformados por Sua presença.

Que possamos viver confiantes nessa verdade, buscando-O com um coração sincero e nos rendendo à Sua vontade perfeita.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

11_ter_fev_25

 

O DEUS CRIADOR

"Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e por tua vontade elas existem e foram criadas."  (Apocalipse 4:11, NVI).

Deus é a fonte de toda a existência, trazendo à vida todas as coisas pelo poder de Sua palavra. Diferente das concepções humanas que tentam explicar a origem do universo por meios naturais, a Bíblia declara que Ele criou tudo a partir do nada, sem depender de nada fora de Si mesmo. Sua autoexistência significa que Ele não foi criado, não tem princípio nem fim e sustenta todas as coisas. Como declarou a Moisés: "Eu Sou o que Sou" (Êxodo 3:14, NVI), revelando Sua natureza imutável e eterna. Tudo o que existe deriva Dele, e Nele encontramos a fonte da vida e da luz.

Desde o início das Escrituras, Deus é apresentado como o Criador soberano. Gênesis 1 descreve Seu ato criador, onde Ele ordena e tudo se forma, afirmando repetidamente que Sua obra é boa. Essa passagem não apenas destaca Seu poder, mas também Seu propósito e perfeição na criação. O salmista confirma essa verdade ao declarar: "Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos" (Salmo 19:1, NVI). A harmonia e a complexidade do universo são reflexos da sabedoria e soberania do Senhor, demonstrando que nada foi feito ao acaso.

Além de Criador, Deus é o sustentador de tudo o que fez. Ele não apenas trouxe o universo à existência, mas continua a mantê-lo em ordem pelo Seu poder. Como está escrito: "Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste" (Colossenses 1:17, NVI). Isso significa que cada detalhe da criação segue o Seu propósito e que Ele governa sobre todas as coisas, desde a regularidade das estações até o cuidado diário com todas as criaturas. Jeremias declara: "Pois ele é o Criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome" (Jeremias 10:16, NVI), enfatizando que Deus não apenas formou o mundo, mas continua ativo na história e em nossa vida.

Entre todas as Suas criaturas, o ser humano ocupa um lugar especial na criação. Diferente dos outros seres vivos, foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:26), possuindo não apenas vida física, mas também uma alma imortal e a capacidade de se relacionar com o Criador. Deus concedeu ao homem domínio sobre a criação, chamando-o a administrá-la com responsabilidade e gratidão. Isso nos lembra que toda a existência pertence ao Senhor e deve ser vivida para a Sua glória. No entanto, no jardim, quando o homem e a mulher pecaram, afetaram toda a criação trazendo o distanciamento de Deus. Mesmo assim, Ele não abandonou Sua obra, mas desde o princípio preparou um plano para redimir e restaurar todas as coisas.

A maior expressão da obra de Deus, portanto, não está apenas na criação material, mas na redenção da humanidade. O mesmo Deus que formou os céus e a terra também providenciou salvação para os pecadores. O Novo Testamento revela que Cristo, a Palavra Eterna, estava com Deus na criação e que tudo foi feito por meio Dele. João escreve: "No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele" (João 1:1-3, NVI). Aquele que trouxe o mundo à existência também se fez carne para resgatar a criação do pecado e restaurar todas as coisas.

A Bíblia nos ensina que Deus não apenas criou o mundo, mas também o dirige e cumpre Seus propósitos eternos. Pedro adverte sobre aqueles que ignoram essa verdade, dizendo: "De propósito esquecem que há muito tempo, pela palavra de Deus, existiam os céus e a terra" (2 Pedro 3:5, NVI). Isso nos lembra que reconhecer Deus como Criador não é apenas uma questão intelectual, mas um chamado à fé e à submissão à Sua soberania. O apóstolo Paulo reforça essa verdade ao afirmar: "Pois nele vivemos, nos movemos e existimos" (Atos 17:28, NVI), destacando que nossa existência está completamente ligada a Deus e que nossa vida só encontra sentido Nele.

Diante dessa realidade, a única resposta apropriada é a adoração e a obediência. O Senhor não apenas nos criou, mas nos sustenta, nos chama para um relacionamento com Ele e nos oferece vida eterna por meio de Cristo. Saber que fomos criados pelo Deus eterno e sustentados por Seu poder deve nos levar a uma vida de gratidão, reverência e compromisso com Sua vontade. Como Paulo bem expressa em sua adoração: "Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém" (Romanos 11:36, NVI).

Esse entendimento nos convida a viver para a glória de Deus, reconhecendo-O como o Senhor soberano sobre todas as coisas e confiando plenamente em Seu governo perfeito.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

10_seg_fev_25

 

O DEUS ÚNICO

"Eu sou o Senhor, e não há nenhum outro; além de mim não há Deus. Eu o fortalecerei, ainda que você não tenha me admitido" (Isaías 45:5, NVI).

A Bíblia parte do princípio da existência de Deus sem oferecer argumentos filosóficos ou científicos para prová-la, pois Ele Se revela diretamente em Suas páginas. Diferente do pensamento humano, que busca evidências racionais, a Escritura afirma a realidade de Deus como um fato absoluto. Somente os insensatos e rebeldes ousam negar Sua existência, como declara o salmista: "Diz o tolo em seu coração: 'Deus não existe" (Salmo 14:1, NVI). Essa negação não é uma questão meramente intelectual, mas um reflexo da corrupção do coração humano.

Desde os tempos antigos, Deus Se revelou como o único e verdadeiro Senhor, diferenciando-Se dos falsos deuses das nações. Enquanto as culturas vizinhas adoravam múltiplas divindades, o Senhor afirmou: "Ouve, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor" (Deuteronômio 6:4, NVI). Essa verdade deveria ser um testemunho ao mundo, mostrando Seu domínio absoluto sobre a criação e a história. Ele declara: "Eu sou o único, eu mesmo. Não há outro Deus além de mim" (Deuteronômio 32:39, NVI).

A idolatria não era apenas um equívoco arrastado pela cultura, mas uma rejeição deliberada da revelação de Deus. Enquanto os ídolos eram meras criações humanas, incapazes de agir ou responder, o Senhor é o Deus vivo e verdadeiro: "Mas o Senhor é o Deus verdadeiro; ele é o Deus vivo, o Rei eterno" (Jeremias 10:10, NVI). Paulo adverte que a idolatria não se trata apenas de superstição, mas de envolvimento com forças malignas: "Não quero que vocês tenham comunhão com os demônios" (1 Coríntios 10:20, NVI). Dessa forma, a adoração a ídolos não apenas afastava as pessoas de Deus, mas as conduzia ao engano e à perdição.

A Bíblia apresenta Deus como Aquele que existe por Si mesmo, sem princípio nem fim. Esse conceito de autoexistência é revelado quando o Senhor declara a Moisés: "Eu Sou o que Sou" (Êxodo 3:14, NVI), destacando Sua eternidade e imutabilidade. O salmista reafirma: "Antes que os montes nascessem e que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus" (Salmo 90:2, NVI). Diferente de tudo o que foi criado, Ele não está sujeito ao tempo nem a limitações, sendo a fonte de toda a realidade e sustentando todas as coisas com Seu poder.

No Novo Testamento, essa mesma verdade é reafirmada e aprofundada, especialmente em relação a Cristo. João inicia seu Evangelho descrevendo a eternidade e a divindade de Jesus: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez" (João 1:1-3, NVI). Essa passagem não apenas reforça a existência de Deus, mas revela que Cristo, como o Verbo eterno, participou ativamente da criação.

Além disso, a própria criação dá testemunho da existência de Deus. Paulo ensina que os atributos invisíveis do Senhor podem ser percebidos na ordem e na beleza do universo: "Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de modo que tais pessoas são indesculpáveis" (Romanos 1:20, NVI). Essa evidência da criação elimina qualquer desculpa para a incredulidade. O apóstolo também declara que toda a vida depende de Deus: "Pois nele vivemos, nos movemos e existimos" (Atos 17:28, NVI). Sem a presença e o sustento divino, nada poderia continuar a existir.

Cristo, como Deus encarnado, também é descrito como eterno e soberano. Colossenses 1:15 apresenta Jesus como "a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação", destacando Sua preexistência e autoridade sobre todas as coisas. No Apocalipse, Ele Se revela como "o Alfa e o Ômega, aquele que é, que era e que há de vir" (Apocalipse 1:8, NVI), reafirmando Sua eternidade. O autor de Hebreus acrescenta: "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre" (Hebreus 13:8, NVI). Essas passagens mostram que a natureza divina de Cristo é inseparável da eternidade de Deus.

A revelação de Deus como eterno e autoexistente se conecta diretamente ao Seu papel como Criador e Sustentador do universo. Ele não apenas trouxe todas as coisas à existência, mas continua governando e preservando Sua criação. Como está escrito: "Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus" (Salmo 90:2, NVI). Saber que Deus é eterno e soberano nos dá confiança para depositar nossa fé Nele e viver para Sua glória.

Diante dessa realidade, a única resposta adequada é a adoração e a entrega total ao Senhor. O apóstolo Paulo expressa essa verdade ao declarar: "Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém" (Romanos 11:36, NVI).

Reconhecer a existência e a supremacia de Deus nos convida a abandonar toda idolatria e confiar plenamente Naquele que é, que era e que há de vir. Ele é o único Deus verdadeiro, digno de toda honra, louvor e submissão.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

09_dom_fev_25

 

CONHECENDO A DEUS: DO CRIADOR AO SALVADOR

"Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém." (Romanos 11:36, NVI)

Nos próximos dias, exploraremos oito textos que revelam os atributos de Deus, destacando Sua existência única, Seu papel como Criador, Sua natureza pessoal, Seu amor incondicional, Sua justiça perfeita, Sua paternidade cuidadosa, Sua providência soberana e Sua obra salvadora. Cada tema nos permitirá compreender melhor o caráter divino conforme apresentado nas Escrituras, aprofundando nossa visão sobre quem Deus é e como Ele Se relaciona com Seu povo. Que essa jornada nos leve a um conhecimento mais profundo e fiel do Senhor, à luz da Sua Palavra.

Iniciaremos falando sobre Deus como Criador, Aquele que trouxe todas as coisas à existência pelo poder de Sua palavra. Ele é o fundamento da vida e do universo, sustentando tudo com perfeição e propósito. "No princípio Deus criou os céus e a terra" (Gênesis 1:1, NVI).

No segundo dia, refletiremos sobre a existência do único Deus, aquele que não é criação humana, mas o Senhor verdadeiro, eterno e soberano sobre toda a criação. Ele é distinto dos ídolos e falsos deuses, pois é real, imutável e absoluto. "Eu sou o Senhor, e não há nenhum outro; além de mim não há Deus" (Isaías 45:5, NVI).

No terceiro dia, abordaremos Deus como um ser pessoal, que não é uma força abstrata ou distante, mas um Deus vivo e relacional. Ele se comunica, se importa e deseja um relacionamento genuíno com aqueles que O buscam de coração sincero. "O Senhor se agrada dos que o temem, dos que colocam a esperança no seu amor leal" (Salmo 147:11, NVI).

Em seguida, refletiremos sobre Deus como justo, Aquele que governa com retidão e verdade. Sua justiça não falha e Ele julga o mundo com equidade, garantindo que o bem triunfará sobre o mal. "Porque o Senhor é justo e ama a justiça; os retos verão a sua face" (Salmo 11:7, NVI).

Falaremos também sobre Deus de amor, pois Ele não apenas ama, mas é a própria essência do amor. Seu amor se revelou plenamente em Cristo, que deu Sua vida para nos salvar, e continua se manifestando no cuidado e na graça que nos cercam. "Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor" (1 João 4:8, NVI).

Depois, veremos Deus como Pai, Aquele que cuida, guia e protege Seus filhos. Como um Pai perfeito, Ele nos disciplina com sabedoria, nos ensina com paciência e nos acolhe com amor incondicional. "E eu serei para vocês um Pai, e vocês serão meus filhos e minhas filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso" (2 Coríntios 6:18, NVI).

Abordaremos ainda Deus providencial, que age soberanamente em todas as coisas. Nada foge ao Seu controle, e Ele conduz a história segundo Seu plano perfeito, cuidando de cada detalhe de nossa vida. "Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito" (Romanos 8:28, NVI).

Por fim, falaremos sobre Deus Salvador, aquele que não apenas criou e governa, mas também resgata a humanidade do pecado. Em Cristo, Ele nos oferece perdão, reconciliação e vida eterna, chamando-nos a viver em comunhão com Ele. "Pois na cidade de Davi, hoje, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lucas 2:11, NVI).

Ao longo desta jornada de reflexões, mergulharemos na grandiosidade do único Deus revelado nas Escrituras. Convidamos você a acompanhar cada tema e a aprofundar seu entendimento sobre quem Deus é e como Ele Se manifesta em nossa vida. Afinal, Ele é tudo para nós! Permita que essa sequência fortaleça sua fé e que Deus fale profundamente ao seu coração.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

08_sab_fev_25

 

O PRECONCEITO NA ÓTICA DIVINA

“..._se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo arguidos pela lei como transgressores” (Tiago 2:9, ARA).

O preconceito é uma atitude ou julgamento formado antecipadamente, sem conhecimento suficiente, baseado em suposições, estereótipos ou generalizações. Ele geralmente se manifesta como discriminação ou tratamento desigual de pessoas ou grupos devido a características como raça, gênero, aparência, condição econômica, deficiência ou idade.

No contexto cristão, o preconceito é um pecado, pois fere o mandamento de amar ao próximo como a nós mesmos e contraria a verdade de que Deus não faz acepção de pessoas. Essa prática nos distancia do propósito divino de enxergar todos como iguais perante Deus e dignos de amor e respeito.

A Palavra de Deus é clara ao nos instruir a não fazermos acepção de pessoas. Tiago 2:1 nos ensina: "Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com favoritismo." Na igreja de Jerusalém, essa prática era evidente, especialmente entre ricos e pobres, como vemos em Tiago 2:2.

O mesmo ainda acontece em nossos dias, quando julgamos e tratamos as pessoas de forma diferenciada com base em aparência, condição social ou outros critérios superficiais. Contudo, Deus nos chama a viver de forma diferente, pois, como está escrito em Deuteronômio 10:17-18: "Pois o Senhor, o seu Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o grande Deus, poderoso e temível, que não age com parcialidade nem aceita suborno. Ele defende a causa do órfão e da viúva, e ama o estrangeiro, dando-lhe alimento e roupa." Essa passagem não apenas reforça que Deus abomina a parcialidade, mas também que Ele é um Deus de justiça e compaixão.

O preconceito é uma afronta ao caráter de Deus porque, ao fazermos acepção de pessoas, assumimos o papel de juiz, algo que pertence somente a Ele. Tiago 2:8 nos lembra da "lei régia", que é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Essa lei está acima de todas as outras, pois cumpre a essência do caráter divino. Quando quebramos esse mandamento, nos tornamos culpados de transgredir toda a lei. O amor é o alicerce da nossa fé, e é por meio dele que demonstramos a transformação que Deus opera em nossos corações. Fazer diferença entre as pessoas por qualquer motivo nos distancia dessa verdade e nos impede de viver plenamente o propósito de Deus para nossa vida.

O preconceito não é apenas um comportamento externo, mas uma falha de nossa natureza pecaminosa que precisa ser transformada por Deus. Queremos reformar o mundo, mas antes precisamos que Deus reforme o nosso coração. Nossas atitudes e palavras refletem o que está em nosso interior, como Jesus nos ensina em Mateus 12:34: "Pois a boca fala do que está cheio o coração."

Devemos tomar cuidado especial com nossas ações e palavras, inclusive nos comentários feitos em redes sociais, onde o preconceito pode se manifestar de forma sutil, mas igualmente prejudicial. Além disso, a acepção de pessoas pode ocorrer em situações mais íntimas, como na criação de filhos. Precisamos evitar favoritismos que possam causar mágoas ou divisões, pois amar sem distinção reflete o caráter de Deus em nós.

Tiago 2:12 nos lembra de que seremos julgados pela "lei da liberdade". Embora sejamos salvos pela graça de Deus, nossas obras serão cobradas, especialmente no que diz respeito à maneira como tratamos o próximo. Essa "lei da liberdade" não é apenas um conceito abstrato, mas a atuação do Espírito Santo em nós, nos ensinando a viver de acordo com os princípios de Cristo. Quando permitimos que o Espírito Santo transforme nosso coração, passamos a refletir a misericórdia de Deus em nossas ações. Como Tiago 2:13 declara, "a misericórdia triunfa sobre o juízo". Esse é o chamado para todo cristão: agir com compaixão, sem favoritismos, e tratar todas as pessoas como iguais perante Deus.

Ao examinarmos o preconceito sob a luz das Escrituras, percebemos que ele não apenas fere o próximo, mas também desafia diretamente os ensinamentos de Deus. A acepção de pessoas é uma atitude que precisa ser eliminada de nossa vida, pois nos impede de refletir o caráter de Cristo.

Em vez disso, somos chamados a viver pelo amor, a demonstrar misericórdia e a buscar justiça, pois é assim que revelamos ao mundo que fomos transformados pelo Espírito de Deus. Que possamos, pela graça de Deus, reformar nosso coração e viver de maneira que glorifique ao Senhor em tudo o que fazemos. Somente assim seremos testemunhas fiéis de Seu amor e alcançaremos o propósito divino de sermos luz em meio às trevas.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

07_sex_fev_25

 

A CRUZ, O PONTO DE ENCONTRO ENTRE O CÉU E A TERRA

"Quanto a mim, que eu nunca me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo" (Gálatas 6:14, NVI).

A Cruz, de J.C. Ryle, é um livro que li recentemente e que recomendo a todos. Com impressionante clareza, Ryle revela a essência do evangelho, desafiando-nos a refletir sobre a centralidade da cruz na fé cristã e em nossa vida. Para ele, a cruz não é apenas um símbolo religioso ou um evento histórico, mas o coração pulsante do cristianismo. Ele nos convida a compreender profundamente seu significado e a viver em conformidade com suas implicações práticas e espirituais.

A obra oferece uma visão prática de como a cruz transforma a vida de cada cristão. Nela, somos chamados à humildade e gratidão pela salvação recebida, enquanto enfrentamos o desafio da fidelidade e do compromisso em seguir a Cristo. A cruz, como o maior símbolo do amor de Deus, é apresentada como o ponto de encontro entre o céu e a terra. É por meio dela que Deus nos reconcilia consigo, oferecendo a única esperança verdadeira para os que creem. A cruz não é algo a ser apenas admirado, mas uma realidade que molda atitudes, decisões e a essência de nossa fé.

Ryle argumenta que a cruz é indispensável porque revela a urgência da salvação. A humanidade, em sua natureza pecaminosa, está separada de Deus, e nenhum esforço humano pode preencher esse abismo. Nesse contexto, a cruz surge como a única solução, onde justiça e misericórdia se encontram. A justiça divina é satisfeita porque o pecado é devidamente punido, enquanto a misericórdia é oferecida no sacrifício de Cristo, que tomou sobre si o peso do pecado. Assim, a cruz se torna a maior demonstração do amor divino e o único caminho para a reconciliação com Deus. Como Paulo escreveu: "Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça" (Romanos 3:23-25a, NVI).

Outro aspecto crucial destacado por Ryle é o caráter substitutivo do sacrifício de Cristo. Ele não foi apenas um exemplo moral ou mártir, mas o Salvador que morreu em lugar dos pecadores, suportando a penalidade que deveria recair sobre cada um de nós. Essa doutrina da substituição é o núcleo da mensagem da expiação e deve ser proclamada continuamente. A cruz não é um detalhe secundário, mas o fundamento sobre o qual toda a mensagem cristã está firmada. Como profetizado em Isaías: "Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados" (Isaías 53:5, NVI).

Ryle nos desafia a viver à luz da cruz, aceitando o chamado de Cristo para segui-Lo em obediência e submissão. Jesus disse: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa a encontrará" (Mateus 16:24-25, NVI). Esse chamado exige coragem, pois seguir a Cristo significa negar a si mesmo, resistir às tentações do mundo e enfrentar dificuldades com fé. Esse caminho é desafiador, mas é o único que conduz à verdadeira comunhão com Deus.

O autor também alerta sobre o perigo de negligenciar a cruz. Ele observa que, ao longo da história, igrejas e líderes muitas vezes se afastaram dessa mensagem central, substituindo-a por moralismos ou tradições vazias. No entanto, sem a cruz, não há cristianismo verdadeiro. Paulo nos lembra: "Certifico-vos, irmãos, que, quando estive entre vocês, não me propus saber coisa alguma, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado" (1 Coríntios 2:2, NVI). É essencial que a cruz ocupe o centro da proclamação do evangelho e da prática cristã.

Por fim, Ryle ressalta o consolo que a mensagem da cruz traz para os crentes. Ela é uma fonte de conforto e esperança, especialmente em tempos de sofrimento e incerteza. A cruz nos lembra da fidelidade de Deus e da certeza de que Seu amor nunca falha. A obra redentora de Cristo nos assegura vitória sobre o pecado e a morte, além da promessa da vida eterna. Jesus nos convida: "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei descanso a vocês" (Mateus 11:28, NVI).

Meditar sobre o sacrifício de Cristo não é apenas um exercício teológico, mas uma prática que transforma a vida cristã. É um chamado à gratidão, à obediência e à proclamação fiel do evangelho. Ryle nos desafia a colocar a cruz no centro de nossa vida e a permitir que sua mensagem continue a impactar o mundo. Afinal, a cruz não é apenas uma doutrina a ser crida, mas uma realidade a ser vivida.

"Sim, eu amo a mensagem da cruz, té morrer eu a vou proclamar; levarei eu também minha cruz, té por uma coroa trocar." (George Bennard, 1912)

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

06_qui_fev_25

 

TER O ESPÍRITO SANTO E ESTAR CHEIO DO ESPÍRITO SANTO

"Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra" (Atos 1:8, NVI).

O Espírito Santo é a fonte do poder divino prometido por Jesus, conforme registrado em Atos 1:8. Essa promessa revela que o Espírito Santo não é uma força impessoal, mas a própria presença divina que transforma e capacita os servos de Deus. Ele concede coragem, discernimento e força, permitindo-nos proclamar a verdade não com base em nossas habilidades humanas, mas pelo poder sobrenatural que emana de Deus. Essa capacitação especial nos molda como instrumentos eficazes em Suas mãos, plenamente preparados para cumprir a missão de sermos testemunhas fiéis de Cristo no mundo.

Além de ser a fonte do poder, o Espírito Santo é uma pessoa divina, o outro Consolador enviado por Jesus, conforme João 14:16: "E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Consolador para estar com vocês para sempre." Ele compartilha a mesma essência, substância e natureza de Cristo, sendo eterno, santo e perfeitamente unido à vontade do Pai. Sua missão é continuar a obra de Cristo em nós, guiando-nos à verdade, fortalecendo-nos em nossas fraquezas e revelando o próprio Deus em nossa caminhada de fé. Receber o Espírito Santo significa receber a presença de uma pessoa divina que transforma nossas vidas para refletir a glória de Cristo.

Chamado de "Espírito da Verdade" em João 14:17, Ele é aquele que nos garante um selo divino, confirmando que pertencemos a Deus. Essa garantia não é apenas um sinal de pertencimento, mas também a certeza de que somos conduzidos pela verdade divina. Ele nos capacita a discernir entre o certo e o errado e nos dá a mente de Cristo, conforme 1 Coríntios 2:16. Isso nos permite compreender a vontade de Deus e viver de maneira que glorifique o Seu nome. A presença do Espírito Santo em nossa vida é essencial para nos levar a uma caminhada marcada por sabedoria, integridade e fidelidade.

O Espírito Santo também é nossa garantia de salvação, como descrito em Efésios 1:13-14: "Nele, quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança." Ele nos distingue como filhos de Deus e nos identifica como pertencentes a Jesus, como reforça Romanos 8:9. Além disso, somos chamados a viver como templos do Espírito Santo, conforme 1 Coríntios 6:19-20: "Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo, que habita em vocês...?" Essa verdade nos convoca a uma vida de santidade, reverência e comprometimento, refletindo a transformação que Ele opera em nós.

Há, no entanto, uma diferença significativa entre ter o Espírito Santo e ser cheio do Espírito Santo. Todo crente tem o Espírito Santo ao ser selado por Ele, mas ser cheio d’Ele representa uma experiência mais profunda e transformadora. Em Efésios 3:19, Paulo faz uma oração poderosa, pedindo que sejamos "tomados de toda a plenitude de Deus." Isso significa viver uma vida completamente entregue, permitindo que o Espírito Santo governe cada área da nossa existência. Essa plenitude nos conduz a um relacionamento mais íntimo com Deus, transforma nosso caráter, renova nossa mente e nos capacita a refletir a glória divina em tudo o que fazemos.

O propósito do poder do Espírito Santo é claro: Ele não nos é dado apenas para benefício pessoal, mas para que sejamos testemunhas de Cristo no mundo. A palavra "testemunhas", no original grego (martírio), implica disposição para viver e, se necessário, morrer proclamando que pertencemos a Deus. Pedro e João exemplificaram essa entrega total. Mesmo sob ameaças, oraram pedindo ousadia e continuaram a pregar com poder, conforme Atos 4:29-31. Esse poder nos sustenta em nossa missão, nos capacitando a proclamar a verdade com coragem e fidelidade, independentemente das circunstâncias.

Esse poder pleno do Espírito Santo é alcançado por meio da oração constante e da busca sincera por Ele, como Jesus ensina em Lucas 11:13: "Quanto mais o Pai que está nos céus dará o Espírito Santo a quem o pedir!" É pelo Espírito Santo que somos capacitados a mortificar o velho homem e vencer o pecado (Romanos 8:13), mesmo convivendo com sua presença no mundo. Uma igreja cheia do Espírito Santo será marcada por santidade, testemunho ousado e transformação radical, refletindo o poder sobrenatural de Deus em todas as áreas da vida.

O Espírito Santo não é apenas uma promessa, mas uma realidade viva em nossa vida. No entanto, não basta simplesmente tê-Lo; é indispensável buscar a plenitude de Seu poder para vivermos como testemunhas fiéis e impactarmos o mundo com o amor e a verdade de Cristo.

Que possamos clamar incessantemente em oração para sermos cheios do Espírito Santo, guiados por Sua verdade, saturados de Seu poder e transformados para a glória de Deus. Somente assim cumpriremos nosso propósito como Seu povo e faremos a diferença no mundo.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

05_qua_fev_25

 

QUEM DIRIGE A TUA IGREJA?

"Eu plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fez crescer. De modo que nem o que planta nem o que rega são alguma coisa, mas unicamente Deus, que efetua o crescimento" 1 Coríntios 3:6-7 (NVI):

A igreja de Deus foi confiada a seres humanos. É nossa a responsabilidade de levar a Palavra de Deus ao mundo. “Ide” é uma ordem de Jesus, e Ele espera que, mesmo em nossa imperfeição, sejamos fiéis no cumprimento dessa missão. Apesar de nossas limitações, o Senhor conta conosco para sermos instrumentos de Sua graça e verdade, capacitando-nos pelo poder do Espírito Santo. No entanto, a forma como conduzimos essa missão faz toda a diferença. Alguns não têm compreendido essa missão e têm se colocado à frente, pensando que a igreja é sua e dela podem fazer o que querem. Essa postura egoísta e equivocada desvia o propósito divino, transformando a igreja em algo centrado nos homens e não em Deus.

Uma igreja dirigida pelo Espírito Santo é aquela que se submete completamente à vontade de Deus, guiada pela verdade das Escrituras e pelo discernimento espiritual. Como descrito em Atos 1:8, é o Espírito Santo quem capacita a igreja a ser testemunha no mundo, conduzindo-a a um crescimento saudável e genuíno. Nesse ambiente, os frutos do Espírito são evidentes, como amor, alegria, paz e bondade (Gálatas 5:22-23), e a unidade entre os membros reflete o vínculo de paz que só Ele pode oferecer (Efésios 4:3-4). Esse modelo de igreja vive para a glória de Deus e impacta vidas de maneira eterna, crescendo de acordo com a vontade do Senhor, como em Atos 2:47: "E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos."

Por outro lado, quando uma igreja é dirigida por homens, ela frequentemente perde o propósito espiritual e se prende a interesses pessoais ou institucionais. Como diz Jeremias 17:5, "maldito é o homem que confia nos homens." A ausência do Espírito Santo resulta em divisões, dissensões e crescimento superficial, muitas vezes sustentado por estratégias humanas que não glorificam a Deus. Mateus 23:15 alerta sobre os perigos de um crescimento artificial, que pode produzir discípulos que se desviam ainda mais da verdade. Além disso, igrejas dirigidas por homens frequentemente distorcem a Palavra de Deus para agradar a seus próprios interesses, conforme advertido em 2 Timóteo 4:3-4.

Os cultos dirigidos pelo Espírito Santo são marcados pela verdade e pela fidelidade à Palavra de Deus. Neles, ouvimos aquilo que precisamos ouvir, e não o que queremos ouvir, porque o Espírito trabalha para nos confrontar, corrigir e transformar à imagem de Cristo. Como afirma 2 Timóteo 4:2, a pregação deve "corrigir, repreender e encorajar com toda a paciência e doutrina", mesmo que, às vezes, seja desconfortável para nossa carne. Diferentemente das mensagens que agradam aos ouvidos e massageiam o ego, as mensagens guiadas pelo Espírito visam a edificação, o arrependimento e o crescimento espiritual, apontando sempre para a santidade e a vontade soberana de Deus em nossa vida. É nesses momentos que a verdadeira mudança acontece, pois conhecer a verdade nos liberta, como ensina João 8:32.

As consequências de uma igreja dirigida por homens são devastadoras. O propósito de ser sal e luz no mundo é perdido, e aqueles que deveriam encontrar refúgio e direção espiritual se afastam desanimados. A glória humana substitui a soberania de Deus, e o resultado é um ambiente espiritualmente tóxico, marcado por escândalos e conflitos que ferem profundamente o corpo de Cristo.

Diante disso, precisamos nos lembrar de Zacarias 4:6: "‘Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito’, diz o Senhor dos Exércitos." Somente uma igreja dirigida pelo Espírito Santo pode cumprir sua missão com integridade, gerar frutos que glorifiquem a Deus e transformar vidas para a eternidade. É urgente que cada líder, cada membro e cada igreja se rendam à direção do Espírito Santo. Não há espaço para a glória humana na Obra de Deus.

Que possamos refletir profundamente sobre quem está no comando de nossas igrejas. A igreja não pertence a homens, ela é o Corpo de Cristo (Efésios 1:22-23) e deve ser pastoreada e conduzida por Ele, que é a cabeça. Quando o Espírito Santo não está no comando, estamos caminhando para um fracasso espiritual. O homem precisa se anular, e Cristo deve prevalecer em tudo, pois a glória e o propósito da igreja são d’Ele e para Ele.

Hoje, mais do que nunca, precisamos nos arrepender, nos humilhar diante de Deus e clamar: "Espírito Santo, venha e nos dirija, para que em tudo o Teu nome seja glorificado." O futuro da igreja e a salvação de muitas almas dependem de nossa fidelidade a esse chamado e da centralidade de Cristo em todas as coisas.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

04_ter_fev_25

 

O PRIMEIRO AMOR

"Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor" (Apocalipse 2:4, NVI).

No livro de Apocalipse, Jesus elogia a igreja de Éfeso por sua perseverança, trabalho árduo e discernimento ao rejeitar falsos mestres. Contudo, Ele a admoesta a retornar ao primeiro amor. Esse chamado revela o desafio constante de manter o fervor espiritual em meio às pressões culturais e religiosas de uma sociedade dominada pela idolatria. O abandono desse amor não era apenas uma negligência espiritual, mas um sinal de que o zelo pela verdade havia superado o amor genuíno por Deus e pelo próximo.

Apesar de sua dedicação à Obra do Senhor, a igreja de Éfeso deixou de viver o amor sacrificial e incondicional que Paulo descreveu: “Vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus” (Efésios 5:2, NVI). Esse amor deveria ser a base da unidade da igreja, unindo dons e ministérios para um único propósito: refletir a glória de Deus. Sem esse amor, até o maior zelo religioso se torna vazio.

Com o tempo, Éfeso se tornou zelosa na doutrina, mas fria no amor. Identificava erros alheios, mas ignorava sua própria frieza espiritual. Estava tão focada em se separar do mundo que se afastou da verdadeira adoração a Deus. Embora demonstrasse zelo doutrinário, faltava-lhe o amor que dá sentido a tudo. Jesus a corrige: “Conheço as suas obras, o seu trabalho árduo e a sua perseverança. Sei que você não pode tolerar pessoas más e que pôs à prova os que se dizem apóstolos, mas não são, e descobriu que eles eram impostores” (Apocalipse 2:2, NVI), lembrando que o amor é a base do relacionamento com Deus e com os irmãos.

O conselho de Jesus foi direto e restaurador: “Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio” (Apocalipse 2:5, NVI). Ele os chama a refletir sobre onde perderam o caminho, arrepender-se e voltar à prática do amor genuíno e do fervor inicial. Essa exortação é atemporal, pois muitos cristãos hoje enfrentam o mesmo perigo: substituir o amor por obras, regras ou religiosidade vazia.

Ao mesmo tempo, Jesus ensina que o amor nunca deve ser uma desculpa para tolerar o erro. Deus é amor, mas também é justo, e Sua correção sempre visa restaurar aqueles a quem Ele ama. O profeta Naum declara: “O Senhor é Deus zeloso e vingador; o Senhor toma vingança e se enche de ira. O Senhor se vinga dos seus adversários e reserva sua ira para os seus inimigos. O Senhor é muito paciente, mas o seu poder é imenso; o Senhor não deixará impune o culpado” (Naum 1:2-3, NVI). Diferentemente da mentalidade descartável do mundo, Deus valoriza cada um de nós e nos chama ao arrependimento, pois somos preciosos aos Seus olhos: "Visto que você é precioso e honrado aos meus olhos, e porque eu o amo, darei homens em seu lugar, e nações em troca de sua vida” (Isaías 43:4, NVI).

O primeiro amor é puro e genuíno, uma entrega total ao Senhor. Quem ama dessa forma está disposto a renunciar sua própria vontade para que Cristo cresça nele. Esse amor nos molda à imagem de Jesus e nos enche do Espírito Santo, permitindo que vejamos o próximo com compaixão, prontos para ajudar e restaurar. Como Pedro ensina: "Agora que vocês purificaram as suas vidas pela obediência à verdade, visando ao amor fraternal não fingido, amem sinceramente uns aos outros, de todo o coração” (1 Pedro 1:22, NVI).

John Wesley disse: "Deixai que o amor encha o vosso coração, e isso é o suficiente!". Essa frase ecoa a essência do primeiro amor: um amor transformador que reflete Cristo em nossas atitudes. Quando esse amor habita em nós, ele transcende palavras, se manifesta em ações e cumpre o maior mandamento: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. [...] E o segundo é semelhante a ele: 'Ame o seu próximo como a si mesmo’” (Mateus 22:37,39, NVI).

Nem todos estão prontos para viver esse amor, pois ele exige renúncia, entrega e um coração rendido a Deus. Mas, se você permitir que o amor de Cristo encha sua vida e transborde sobre todos, mesmo sem receber amor em troca, ainda assim amará com intensidade, refletindo o próprio coração de Jesus.

Esse amor incondicional é o reflexo mais puro de Cristo em nós, capaz de transformar vidas e iluminar até os lugares mais sombrios. O apóstolo João declara: “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro” (1 João 4:19, NVI).

Voltar ao primeiro amor não é apenas um conselho, mas um chamado urgente à essência da fé cristã: uma vida rendida a Deus, guiada pelo amor e sustentada pela graça. Não permita que o zelo religioso, as ocupações ou as lutas da vida sufoquem seu amor por Cristo.

Hoje, Deus nos chama de volta ao primeiro amor. Você está pronto para responder a esse chamado?

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

03_seg_fev_25

 

CONTRADIZENDO A LÓGICA

"Mas Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes" (1 Coríntios 1:27, NVI).

Um paradoxo é uma ideia ou situação que parece contraditória à primeira vista, mas que, ao ser analisada melhor, revela uma verdade inesperada. Paradoxos desafiam nossas expectativas e compreensões habituais, abrindo espaço para novas reflexões e interpretações profundas. No contexto da fé cristã, os paradoxos não são meras contradições, mas expressões da sabedoria divina que transcende a lógica humana.

Um exemplo claro disso está em Romanos 11:33, onde o apóstolo Paulo exalta: “Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos!” Esse paradoxo destaca a grandeza insondável de Deus e, ao mesmo tempo, a possibilidade de conhecê-Lo parcialmente. Embora Sua sabedoria esteja muito além de nossa capacidade de entendimento, Deus escolhe se revelar de forma suficiente para que possamos amá-Lo, segui-Lo e confiar n’Ele. Esse mistério reflete a beleza da fé cristã: um Deus que está acima de tudo, mas também perto de nós, caminhando conosco em amor.

A Palavra de Deus está repleta de paradoxos que desafiam a lógica humana. Jesus afirmou: “Quem acha a sua vida a perderá, e quem perde a sua vida por minha causa a encontrará” (Mateus 10:39, NVI). Para o senso comum, perder a vida soa como derrota, mas no Reino de Deus, essa entrega nos conduz à verdadeira vida. Viver para satisfazer apenas nossos desejos resulta em vazio, enquanto a renúncia a esses desejos, em favor da vontade de Deus, nos conduz à vida eterna. Aqui, o que parece contradição à razão humana é, na verdade, sabedoria divina em ação.

A vida cristã, em sua essência, é sustentada por paradoxos que revelam as verdades profundas do Reino de Deus. Somos chamados a viver em fraqueza para encontrar força (2 Coríntios 12:10) e a servir para ser verdadeiramente livres (Gálatas 5:13). Esses aparentes contrastes não são opostos, mas complementos que apontam para a lógica superior do Reino. Assim, o cristão é convidado a viver pela fé, mesmo sem enxergar (2 Coríntios 5:7), a se alegrar nas tribulações (Romanos 5:3) e a confiar no invisível como se fosse tangível (Hebreus 11:1).

É por meio desses paradoxos que somos levados a um entendimento mais profundo do nosso relacionamento com Deus. Eles nos desafiam a abandonar a perspectiva humana e abraçar a sabedoria divina, que revela a verdadeira essência da fé, do amor e da graça. Esses contrastes ampliam nossa compreensão de quem Deus é, fortalecem nossa confiança em Sua soberania e nos ensinam a viver segundo os valores do Reino, mesmo que muitas vezes pareçam contrários à lógica terrena.

Pode parecer paradoxal que Deus ame um mundo que se tornou Seu inimigo, mas é justamente essa verdade que revela a profundidade de Sua graça: “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores” (Romanos 5:8, NVI). Da mesma forma, é intrigante que Jesus, sendo plenamente Deus, tenha escolhido viver em carne, sujeitando-se às limitações humanas. Ele experimentou fome, sede, dor e até a morte para cumprir o plano redentor e se identificar conosco em nossas fraquezas. Esses paradoxos não apenas desafiam nossa lógica, mas também revelam o amor incompreensível de Deus.

Portanto, não somos um paradoxo; somos o reflexo perfeito da vontade de Deus, criados à Sua imagem e resgatados por Seu amor. Se você se sente fraco, agradeça, pois em Cristo encontra a verdadeira força, como está escrito: "A minha graça é o que basta para você, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza." De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo”  (2 Coríntios 12:9, NAA).

Cada desafio que enfrentamos é mais do que uma prova de nossa fé; é uma oportunidade de nos alinharmos à vontade de Deus e sermos moldados por Sua graça transformadora. Nesse processo, aprendemos a confiar mais n’Ele, a viver segundo os valores do Reino e a refletir, em nossas vidas, o amor e a sabedoria de um Deus que opera além de toda lógica humana.

Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.

Pr. Décio Fonseca

02_dom_fev_25

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